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Servidora do TJ morre após ser atropelada durante confusão em casa noturna no Acre

Servidora do TJ morre após ser atropelada durante confusão em casa noturna no Acre
Juliana Chaar foi atingida em frente ao bar Dibuteco após uma confusão envolvendo dois grupos. Suspeito não foi localizado e amigo da vítima foi preso por porte ilegal de arma. Juliana Chaar chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu e morreu horas depois no sábado (21), em Rio Branco
Reprodução
A servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, localizada na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 de sábado (21) e ela morreu horas depois no Pronto Socorro da capital. O suspeito, ainda não identificado, fugiu do local.
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A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky Maia da Silva. Ele estava com Juliana e o respectivo grupo de amigos deles no momento da confusão, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e liberado neste domingo (22).
Ao g1, a defesa dele disse que 'não há fotos, vídeos ou relatos (exceto o de um dos investigados), de que Keldheky tenha efetuado tiros'. (Veja o posicionamento completo mais abaixo)
Confusão
Ainda de acordo com a polícia, dois grupos de frequentadores se desentenderam no interior da casa noturna, sendo agravado do lado de fora, evoluindo para briga generalizada. Dhiones Siqueira Passos, um dos envolvidos de um grupo, e Keldheky, de outro, tiveram confronto direto e ambos foram detidos sob efeito de álcool. O motivo exato da confusão não foi revelado nos depoimentos e o g1 não conseguiu localizar a defesa de Dhiones.
Durante a confusão, um homem tentou atropelar Keldheky, amigo de Juliana. Na ocasião, ambos foram atingidos, sendo que ele teve escoriações leves e ela ficou em estado mais grave.
O g1 apurou que, apesar de o suspeito pelo atropelamento ainda não ter sido identificado pela polícia, uma carteira de habilitação (CNH) foi encontrada caída no local da confusão, próxima de onde estava a caminhonete envolvida no atropelamento. Trata-se de Ledo Patrício da Silva Almeida Junior, de 43 anos, que ainda não compareceu para prestar depoimento até este domingo (22). A reportagem tenta contato com ele.
Imagens do inquérito (veja abaixo) mostram o momento da confusão fora do estabelecimento. Ledo foi identificado como o 2º da fotografia. O papel dele dentro da confusão ainda é incerto e segue sob investigação.
Imagens mostram momento em que confusão iniciou, já fora do estabelecimento
Reprodução/Cedida ao g1
À polícia, Dhiones (o 3º da foto), disse que Ledo é seu amigo, mas que não participou dos fatos. O 4º na foto é um dos componentes do grupo de Keldheky, que disse que viu o amigo sendo abordado por três pessoas do outro grupo e tentou ajudar, mas foi agredido junto com sua esposa.
Ao g1, a Polícia Civil se limitou a dizer que investiga o caso.
Segundo depoimento do gerente do Dibuteco à polícia, somente o homem de blusa preta (1º da esquerda para a direita) não tem envolvimento direto com a briga
Cedida ao g1
Servidora morreu horas após atropelamento
Juliana foi atendida pela ambulância 01 de suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com testemunhas à polícia, o atropelamento foi proposital. Horas após ter sido levada ao Pronto-Socorro de Rio Branco, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ela também é ex-servidora da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Acre (OAB-AC). A instituição emitiu uma nota de pesar pela morte da jovem. (Veja no final desta reportagem)
Também por meio de nota, o estabelecimento Dibuteco manifestou solidariedade à família de Juliana e informou ainda que os fatos ocorreram em via pública. (Veja posicionamento completo abaixo)
O que diz a defesa do advogado
Ao g1, a defesa de Keldheky informou que o advogado responde somente por porte ilegal de arma de fogo e que foi requerida a liberdade provisória, acatada pelo Judiciário neste domingo (22) durante audiência de custódia.
"Ele, da mesma forma que Juliana, foi vítima, como todos os vídeos mostram os dois sendo atropelados. Hoje, embora o MP tenha pugnado pela prisão preventiva, a defesa requereu sua liberdade provisória por atender a todos os requisitos que a autorizam: não oferece risco à instrução criminal, nem à ordem pública, tem trabalho lícito e residência fixa", complementou Roraima Rocha, advogado de defesa.
O advogado falou ainda que o cliente está contribuindo com todo o processo investigativo.
"O mesmo não é investigado pelo homicídio, muito pelo contrário, ele prestou apoio à Juliana, com quem tinha relacionamento, foi ele quem telefonou pra PM e pro Samu, e contribuiu com toda investigação. Agora, queremos saber do paradeiro dos verdadeiros assassinos, pois Juliana foi assassinada covardemente e isso não pode ficar impune", finalizou.
Nota de pesar da OAB-AC
É com profundo pesar que a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC) e a Caixa de Assistência dos Advogados manifestam condolências pelo falecimento da servidora do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) e ex-colaboradora da OAB/AC, Juliana Chaar Marçal. Ela era também sobrinha da advogada Maria do Socorro Thomaz Chaar.
Profissional valorosa e dedicada, sempre solícita e atenciosa com todos que buscavam os serviços da Ordem, Juliana Chaar, durante mais de 3 anos trabalhou na Presidência, local onde conquistou o carinho e o respeito dos demais colegas da equipe de colaboradoras e colaboradores da Seccional.
Neste momento de dor, as diretorias da OAB e da Caixa de Assistência do Acre, em nome de todos os advogados e advogadas do Acre, solidarizam-se com os familiares e amigos enlutados. Que Deus os console neste momento de luto e tristeza.
Rio Branco, Acre – 21 de Junho de 2025.
Rodrigo Aiache
Presidente da OAB/AC
Thais Moura
Vice-Presidente da OAB/AC
Ruth Barros
Presidente da CAAAC."
Nota de pesar - Dibuteco
"O Dibuteco manifesta sua solidariedade à familia e aos amigos da jovem advogada Juliana Chaar, neste momento de profunda dor.
Reconhecemos que nenhuma palavra é capaz de aliviar tamanha perda, mas desejamos que Deus, em sua infinita bondade, traga conforto e paz aos corações enlutados.
Aproveitamos para esclarecer que os fatos lamentavelmente ocorreram em via pública, fora das dependências do estabelecimento. O Dibuteco está colaborando plenamente com as autoridades competentes, prestando todos os esclarecimentos necessários.
Reforçamos nosso compromisso com a verdade e, sobretudo, com a vida e a segurança de todos. O Dibuteco repudia qualquer forma de violência, independentemente do local onde ocorra, e seguira atento para que o ambiente que oferecemos continue sendo um acolhedora, espaço de convivência respeitosa, sempre prezando pela vida e a segurança."
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