Obra de ginásio que desabou em Vitória não tinha alvará nem licença ambiental

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Segundo o secretário de Esportes, demolição estava prevista no cronograma de reforma do espaço. Prazo para conclusão da obra foi apontado para janeiro de 2026 e orçamento está mantido. Secretário de Esportes do ES fala sobre desabamento de ginásio em obras
A obra de reforma do Ginásio Jones dos Santos Neves, em Vitória, que desabou no último sábado (17), era realizada sem alvará e sem licença ambiental, segundo informações da Prefeitura de Vitória.
O secretário estadual de Esportes e Lazer, José Carlos Nunes, confirmou que a empresa responsável, Engix Construções, não havia solicitado os documentos exigidos. Nunes fez as declarações em entrevista ao Bom Dia ES.
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“A informação que tínhamos era de que toda a documentação estava em ordem. Só no domingo, após notificação da prefeitura, soubemos que faltavam a licença ambiental e o alvará de execução”, disse o secretário.
Apesar da irregularidade, o governo estadual afirma que não pretende, neste momento, rescindir o contrato com a empresa.
"Ainda não há indícios de que o desabamento tenha ocorrido por erro da empresa. Se for comprovado, vamos tomar as providências cabíveis", completou Nunes.
Demolição já era prevista no projeto, diz governo
Crea interdita antiga sede do Diário Oficial do ES após desabamento de ginásio em Vitória
Reprodução/TV Gazeta
Segundo o secretário, a reforma previa a demolição de grande parte da estrutura do ginásio, que apresentava falhas e risco estrutural. A ordem de serviço foi dada em 20 de março e os trabalhos começaram logo depois.
"A ideia era tirar toda a estrutura e começar do zero. Já estava tudo previsto no projeto, inclusive a retirada do telhado, que era de madeira e apresentava sinais de corrosão. No sábado (17), uma parte do telhado que ainda não havia sido removida caiu após uma possível rajada de vento. Por sorte, os trabalhadores já haviam deixado o local. Não houve feridos", disse Nunes.
Alguns veículos estacionados ao lado da obra foram atingidos pelos destroços. A empresa responsável pela obra, segundo o secretário, já entrou em contato com os proprietários dos carros e se responsabilizou pelos prejuízos, por meio do seguro da obra.
Apesar do episódio e das irregularidades apontadas, o governo afirma que o cronograma e o valor da obra não serão alterados. O investimento é de mais de R$ 29 e a previsão de entrega é de 10 meses, com conclusão até janeiro de 2026.
Fiscalização
Ginásio em obras desaba e atinge carros em Vitória
Redes Sociais
Após o incidente, técnicos da Defesa Civil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) realizaram vistorias no local, na noite de sábado (17) e na manhã de domingo (18), respectivamente.
O prédio que funcionava como sede da Imprensa Oficial do Espírito Santo, responsável pelo Diário Oficial do Estado (DIO/ES) foi interditado pelo Crea-ES. O local fica ao lado do Ginásio Jones dos Santos Neves.
"Nós interditamos porque parte das paredes foram afetadas. Já em relação à parte estrutural, vamos fazer o levantamento nesta segunda-feira (19), para verificar se o embargo continua ou não", afirmou o presidente do Crea-ES, Jorge Silva.
O presidente disse ainda que a antiga sede do DIO/ES também passava por uma obra que está paralisada desde março.
"Detectamos de ontem para hoje, documentalmente, que é uma obra do governo do estado, de manutenção e ampliação, que estava sendo executada por uma empresa da Bahia. O governo, unilateralmente, acabou com o contrato, era uma obra grande, de R$ 8 milhões, e nós vamos investigar a causa da paralisação", falou o Jorge Silva.
A Prefeitura de Vitória afirmou que vai acompanhar a regularização da obra. A empresa responsável já deu entrada no processo para obter as licenças necessárias.
Crea interdita antiga sede do Diário Oficial após desabamento de ginásio em Vitória
Paredão de 20 metros precisa ser retirado
Apesar de não haver mais riscos para pedestres, carros e imóveis do entorno, o presidente do Crea-ES, apontou que há um risco interno, para os trabalhadores, de uma grande parede, de cerca de 20 metros.
"Um paredão está prestes a cair e vai ser retirado tecnicamente. Pela altura dele, que chega a quase 20 metros, isso vai ter que ser providenciado entre esta segunda-feira (19) e amanhã (20)", alertou.
A obra e o desabamento
A obra do ginásio, iniciada em março deste ano, é executada pela empresa Engix Construções e Serviços Ltda, de Brasília. A reforma tem como objetivo modernizar e ampliar a estrutura do DED, com previsão de conclusão até o primeiro semestre de 2026.
Crea interdita antiga sede do Diário Oficial do ES após desabamento de ginásio em Vitória
Reprodução/TV Gazeta
No momento do acidente, parte das telhas do telhado antigo havia sido removida, e uma das hipóteses apontadas pela Defesa Civil é que uma rajada de vento possa ter desestabilizado as estruturas remanescentes.
O Crea-ES destacou que a construção original do ginásio data da década de 1950 e não havia passado por manutenções preventivas significativas desde então. “Até o concreto estava comprometido, com ferragens corroídas. Tudo isso pode ter contribuído para o colapso da estrutura”, disse Santos.
O Ginásio Jones dos Santos Neves, conhecido como DED, é um dos centros esportivos mais tradicionais da Grande Vitória, e passa por um processo de reforma e ampliação do espaço a partir de uma assinatura de ordem de serviço que ocorreu em março.
Com a reforma, de responsabilidade do Governo do Espírito Santo, o espaço poderá sediar competições nacionais e internacionais, além de jogos das seleções brasileiras de basquete e vôlei. A obra tem previsão de ser entregue no primeiro semestre de 2026.
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Com um investimento de R$ 29 milhões, a capacidade do ginásio será quase triplicada, passando de 400 para 1.100 lugares.
Além disso, o projeto também visa melhorias no piso esportivo, nas arquibancadas e em toda a infraestrutura do espaço, tanto para torcedores quanto para os atletas e delegações que irão usufruir do espaço.
O Ginásio Jones dos Santos Neves foi inaugurado como Casa do Estudante Capixaba, no dia 15 de novembro de 1950. Após um período de 16 anos sob administração municipal, o equipamento voltou a ser gerido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport), em 2022.
Ginásio Jones dos Santos Neves, conhecido como DED, passava por reformas. Fachada antiga no Espírito Santo
Vitor Jubini/A Gazeta
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A obra de reforma do Ginásio Jones dos Santos Neves, em Vitória, que desabou no último sábado (17), era realizada sem alvará e sem licença ambiental, segundo informações da Prefeitura de Vitória.
O secretário estadual de Esportes e Lazer, José Carlos Nunes, confirmou que a empresa responsável, Engix Construções, não havia solicitado os documentos exigidos. Nunes fez as declarações em entrevista ao Bom Dia ES.
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“A informação que tínhamos era de que toda a documentação estava em ordem. Só no domingo, após notificação da prefeitura, soubemos que faltavam a licença ambiental e o alvará de execução”, disse o secretário.
Apesar da irregularidade, o governo estadual afirma que não pretende, neste momento, rescindir o contrato com a empresa.
"Ainda não há indícios de que o desabamento tenha ocorrido por erro da empresa. Se for comprovado, vamos tomar as providências cabíveis", completou Nunes.
Demolição já era prevista no projeto, diz governo
Crea interdita antiga sede do Diário Oficial do ES após desabamento de ginásio em Vitória
Reprodução/TV Gazeta
Segundo o secretário, a reforma previa a demolição de grande parte da estrutura do ginásio, que apresentava falhas e risco estrutural. A ordem de serviço foi dada em 20 de março e os trabalhos começaram logo depois.
"A ideia era tirar toda a estrutura e começar do zero. Já estava tudo previsto no projeto, inclusive a retirada do telhado, que era de madeira e apresentava sinais de corrosão. No sábado (17), uma parte do telhado que ainda não havia sido removida caiu após uma possível rajada de vento. Por sorte, os trabalhadores já haviam deixado o local. Não houve feridos", disse Nunes.
Alguns veículos estacionados ao lado da obra foram atingidos pelos destroços. A empresa responsável pela obra, segundo o secretário, já entrou em contato com os proprietários dos carros e se responsabilizou pelos prejuízos, por meio do seguro da obra.
Apesar do episódio e das irregularidades apontadas, o governo afirma que o cronograma e o valor da obra não serão alterados. O investimento é de mais de R$ 29 e a previsão de entrega é de 10 meses, com conclusão até janeiro de 2026.
Fiscalização
Ginásio em obras desaba e atinge carros em Vitória
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Após o incidente, técnicos da Defesa Civil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) realizaram vistorias no local, na noite de sábado (17) e na manhã de domingo (18), respectivamente.
O prédio que funcionava como sede da Imprensa Oficial do Espírito Santo, responsável pelo Diário Oficial do Estado (DIO/ES) foi interditado pelo Crea-ES. O local fica ao lado do Ginásio Jones dos Santos Neves.
"Nós interditamos porque parte das paredes foram afetadas. Já em relação à parte estrutural, vamos fazer o levantamento nesta segunda-feira (19), para verificar se o embargo continua ou não", afirmou o presidente do Crea-ES, Jorge Silva.
O presidente disse ainda que a antiga sede do DIO/ES também passava por uma obra que está paralisada desde março.
"Detectamos de ontem para hoje, documentalmente, que é uma obra do governo do estado, de manutenção e ampliação, que estava sendo executada por uma empresa da Bahia. O governo, unilateralmente, acabou com o contrato, era uma obra grande, de R$ 8 milhões, e nós vamos investigar a causa da paralisação", falou o Jorge Silva.
A Prefeitura de Vitória afirmou que vai acompanhar a regularização da obra. A empresa responsável já deu entrada no processo para obter as licenças necessárias.
Crea interdita antiga sede do Diário Oficial após desabamento de ginásio em Vitória
Paredão de 20 metros precisa ser retirado
Apesar de não haver mais riscos para pedestres, carros e imóveis do entorno, o presidente do Crea-ES, apontou que há um risco interno, para os trabalhadores, de uma grande parede, de cerca de 20 metros.
"Um paredão está prestes a cair e vai ser retirado tecnicamente. Pela altura dele, que chega a quase 20 metros, isso vai ter que ser providenciado entre esta segunda-feira (19) e amanhã (20)", alertou.
A obra e o desabamento
A obra do ginásio, iniciada em março deste ano, é executada pela empresa Engix Construções e Serviços Ltda, de Brasília. A reforma tem como objetivo modernizar e ampliar a estrutura do DED, com previsão de conclusão até o primeiro semestre de 2026.
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Reprodução/TV Gazeta
No momento do acidente, parte das telhas do telhado antigo havia sido removida, e uma das hipóteses apontadas pela Defesa Civil é que uma rajada de vento possa ter desestabilizado as estruturas remanescentes.
O Crea-ES destacou que a construção original do ginásio data da década de 1950 e não havia passado por manutenções preventivas significativas desde então. “Até o concreto estava comprometido, com ferragens corroídas. Tudo isso pode ter contribuído para o colapso da estrutura”, disse Santos.
O Ginásio Jones dos Santos Neves, conhecido como DED, é um dos centros esportivos mais tradicionais da Grande Vitória, e passa por um processo de reforma e ampliação do espaço a partir de uma assinatura de ordem de serviço que ocorreu em março.
Com a reforma, de responsabilidade do Governo do Espírito Santo, o espaço poderá sediar competições nacionais e internacionais, além de jogos das seleções brasileiras de basquete e vôlei. A obra tem previsão de ser entregue no primeiro semestre de 2026.
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Com um investimento de R$ 29 milhões, a capacidade do ginásio será quase triplicada, passando de 400 para 1.100 lugares.
Além disso, o projeto também visa melhorias no piso esportivo, nas arquibancadas e em toda a infraestrutura do espaço, tanto para torcedores quanto para os atletas e delegações que irão usufruir do espaço.
O Ginásio Jones dos Santos Neves foi inaugurado como Casa do Estudante Capixaba, no dia 15 de novembro de 1950. Após um período de 16 anos sob administração municipal, o equipamento voltou a ser gerido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport), em 2022.
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