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Pesquisa mostra que Marte foi úmido há bilhões de anos e reforça indícios de que pode ter sido habitável; veja imagens

Pesquisa mostra que Marte foi úmido há bilhões de anos e reforça indícios de que pode ter sido habitável; veja imagens
Pesquisa traz pistas de que planeta pode ter sido muito mais úmido — e possivelmente habitável — do que se imaginava. Cientistas podem ter a resposta sobre a cor vermelha de Marte
Uma nova pesquisa apresentada nesta quinta-feira (11) revela que Marte pode ter sido muito mais úmido e possivelmente habitável do que se imaginava. Cientistas identificaram vestígios de antigos rios na superfície do planeta, abrindo caminho para novas teorias sobre seu passado climático e geológico.
As estruturas analisadas são chamadas de cristas fluviais sinuosas, ou canais invertidos, que indicam que rios fluíam por ali há bilhões de anos. (Veja a imagem abaixo)
Imagem colorida de uma crista fluvial sinuosa (CFS) de topo plano e fortemente erodida em Marte
Universidade do Arizona
Elas foram encontradas em Noachis Terra, uma região montanhosa no sul de Marte que até então era pouco explorada por não ter tantas redes de vales, características mais comuns nas pesquisas anteriores sobre água no planeta vermelho.
? O que os cientistas descobriram:
A pesquisa foi liderada por Adam Losekoot, estudante de doutorado da Open University, no Reino Unido, e financiada pela Agência Espacial do país. Os resultados foram apresentados nesta quinta-feira na Reunião Nacional de Astronomia de 2025, da Royal Astronomical Society, em Durham.
No estudo, eles descobriram:
Cristas fluviais extensas e interconectadas, que indicam a presença de água corrente no passado;
Evidências de que a água veio da precipitação, e não só do derretimento de gelo;
Indícios de que o clima foi quente e úmido por um período geologicamente significativo.
Estes preservam uma área onde um rio se dividiu e depois se reuniu
Universidade do Arizona
? Como foi feito o estudo
Para a análise, os pesquisadores usaram três instrumentos orbitais para capturar os dados. Com eles, mapearam a localização e a forma dos sistemas de cristas.
Na análise, descobriram que essas estruturas se estendiam por centenas de quilômetros e se elevam dezenas de metros acima do terreno.
Para os pesquisadores, a forma e a distribuição das cristas apontam para um cenário em que a água da superfície era estável durante a transição entre os períodos Noachiano e Hesperiano, há cerca de 3,7 bilhões de anos.
“Estudar uma região como Noachis Terra é como ter acesso a uma cápsula do tempo. É um ambiente praticamente intocado por bilhões de anos”, explicou Adam Losekoot, líder da pesquisa.
O topo pontiagudo pode indicar que esta RSF foi fortemente erodida por um longo período, restando apenas um pico estreito
Universidade do Arizona
O que isso significa?
O achado desafia a visão mais aceita até então de que Marte era um planeta frio e seco, com raros momentos de aquecimento. Nessas condições, seria difícil que houvesse vida humana em algum momento.
Agora, os cientistas têm mais uma evidência de que o planeta pode ter tido um passado habitável — com água estável e condições favoráveis por um longo período.
Em fevereiro, uma outra pesquisa trouxe indícios de que o planeta poderia ter tido água em algum momento. Um estudo publicado na revista Nature Communications apontou que o planeta é vermelho por efeito da a ferrugem da reação de um composto com água e oxigênio.
➡️ Antes, pesquisas sugeriam que a cor avermelhada era causada por um mineral seco e semelhante à ferrugem, chamado hematita. Ou seja, a reação teria ocorrido sem a presença de umidade — um fator crucial para determinar se Marte já foi habitável.
➡️ A ferrihidrita é um mineral de óxido de ferro que se forma em ambientes ricos em água. Esse novo contexto sugere que Marte pode ter tido um ambiente capaz de sustentar água líquida, um ingrediente essencial para a vida, antes de fazer a transição para o ambiente seco que conhecemos hoje.
No entanto, nas últimas décadas o planeta recebeu várias missões espaciais que permitiram análises do material coletado. Com base nesses dados, pesquisadores sugerem uma nova explicação: o mineral de ferro rico em água, chamado ferrihidrita, pode ser o principal responsável pela poeira avermelhada de Marte.
? ATENÇÃO: as pesquisas não são capazes de confirmar se houve ou não vida em Marte, mas fornecem indícios de que o planeta já teve condições favoráveis à habitação e abre novos caminhos para a pesquisa.

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