Antes de morrer, Mujica disse que queria ser enterrado na chácara onde morava, ao lado da cachorra

Seu novo lar espera por você na zona sul
Essa charmosa casa de condomínio está disponível para locação na Zona Sul
Ambar Patrocinado

Ex-presidente uruguaio revelou desejo de ser sepultado ao lado de sua fiel companheira, que morreu em 2018. Mujica vivia em chácara nos arredores de Montevidéu. Mujica diz que sua cadela de estimação, Manuela, foi "integrante mais fiel" do governo
BBC
Antes de morrer, o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica afirmou que gostaria de ser sepultado na chácara onde morava, nos arredores de Montevidéu ao lado de Manuela, sua cadela de três patas que morreu em 2018.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Mujica morreu aos 89 anos nesta terça-feira (13). Ele tratava um um tumor no esôfago desde 2024 e havia dito que o órgão estava "muito comprometido". Nesta semana, a esposa de Mujica afirmou que o ex-presidente estava recebendo cuidados paliativos.
Em janeiro deste ano, durante entrevista ao jornal Búsqueda, Mujica falou sobre o tratamento contra o câncer e revelou que a doença havia se espalhado. Na ocasião, ele disse já ter começado a se despedir dos amigos.
"Meu ciclo acabou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso", afirmou.
Na mesma entrevista, Mujica contou que estava organizando os detalhes de seu sepultamento e reafirmou seu desejo de ser enterrado onde morava, ao lado de Manuela.
"Vou morrer aqui. Há uma grande sequoia lá fora. Manuela está enterrada lá. Estou preenchendo a papelada para que possam me enterrar lá também. E é isso", afirmou.
Manuela ganhou notoriedade durante o governo de Mujica, entre 2010 e 2015, por acompanhar o ex-presidente em entrevistas, eventos oficiais e atos protocolares. A cadela, que tinha três patas, se tornou um símbolo do estilo de vida simples de Mujica.
Manuela morreu em junho de 2018, aos 22 anos.
LEIA TAMBÉM
Manuela: relembre a história da cadela de três patas que virou símbolo do estilo de vida simples de Mujica
Clandestinidade, simplicidade e presidência do Uruguai: conheça a trajetória de José 'Pepe' Mujica
Aborto, maconha e casamento LGBT: como Mujica levou o Uruguai ao topo da agenda progressista na América Latina
Morte de Mujica
Quem foi Pepe Mujica
A morte de Mujica foi confirmada pelo atual presidente uruguaio, Yamandú Orsi, visto como um dos herdeiros de Mujica.
"É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso colega Pepe Mujica. Presidente, ativista, líder e líder. Sentiremos muita falta de você, querido velho. Obrigado por tudo o que você nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo", escreveu Orsi.
A trajetória do ex-presidente do Uruguai
Mujica foi ícone pop da esquerda e referência de vida simples; conheça trajetória
José Alberto Mujica Cordano nasceu em Montevidéu, em 20 de maio de 1935.
Nos anos 1960, tornou-se membro da guerrilha Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros. O grupo ficou conhecido por assaltar bancos e distribuir comida e dinheiro aos pobres, antes da instalação da ditadura militar, em 1973.
Durante sua atuação na clandestinidade, Mujica foi ferido quatro vezes em confrontos com a polícia. Escapou duas vezes da prisão até ser recapturado em 1972.
Seu período na prisão ao longo da ditadura foi marcado por torturas e condições precárias, sendo mantido por longos períodos na solitária.
Ele era considerado um dos presos “sequestrados” pelo regime e poderia ser executado sem julgamento caso os Tupamaros retomassem atividades armadas.
Foi libertado em 1985, após um decreto de anistia.
Logo depois, ingressou na política institucional, ajudando a fundar o Movimento de Participação Popular (MPP).
Foi eleito deputado em 1994, chegou ao Senado em 1999 e, em 2005, assumiu o Ministério da Agricultura no governo de Tabaré Vázquez.
Presidência com foco no social
Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Secretaria de Comunicação do Uruguai
Mujica foi eleito sucessor de Vázquez e assumiu a Presidência em 2010, governando até 2015. Em sua gestão, o gasto social saltou de 60,9% para 75,5% do total do gasto público.
Em conformidade com sua visão política, o salário mínimo teve um aumento de 250%. Em 2012, ele propôs a legalização do consumo e da venda da maconha, que acabou se concretizando no país.
Ao lado da mulher, Lucía Topolansky, Mujica chamou atenção como um chefe de Estado de vida simples: morava em um sítio nos arredores da capital e dirigia diariamente seu próprio Fusca, ano 1987, até a sede do Executivo.
Após deixar a Presidência, voltou ao Senado, cargo que ocupou até 2020, quando renunciou por motivos de saúde, em meio à pandemia de Covid-19.
Mujica passou os últimos anos de sua vida cuidando de sua horta. Acredita-se que doava 90% do salário como ex-presidente para projetos de combate à pobreza.
Durante a maior parte da vida, declarou-se ateu. Em uma entrevista de 2012, sintetizou sua crença: “Não tenho religião, mas sou quase panteísta: admiro a natureza”.
VÍDEOS: mais assistidos do g1
BBC
Antes de morrer, o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica afirmou que gostaria de ser sepultado na chácara onde morava, nos arredores de Montevidéu ao lado de Manuela, sua cadela de três patas que morreu em 2018.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Mujica morreu aos 89 anos nesta terça-feira (13). Ele tratava um um tumor no esôfago desde 2024 e havia dito que o órgão estava "muito comprometido". Nesta semana, a esposa de Mujica afirmou que o ex-presidente estava recebendo cuidados paliativos.
Em janeiro deste ano, durante entrevista ao jornal Búsqueda, Mujica falou sobre o tratamento contra o câncer e revelou que a doença havia se espalhado. Na ocasião, ele disse já ter começado a se despedir dos amigos.
"Meu ciclo acabou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso", afirmou.
Na mesma entrevista, Mujica contou que estava organizando os detalhes de seu sepultamento e reafirmou seu desejo de ser enterrado onde morava, ao lado de Manuela.
"Vou morrer aqui. Há uma grande sequoia lá fora. Manuela está enterrada lá. Estou preenchendo a papelada para que possam me enterrar lá também. E é isso", afirmou.
Manuela ganhou notoriedade durante o governo de Mujica, entre 2010 e 2015, por acompanhar o ex-presidente em entrevistas, eventos oficiais e atos protocolares. A cadela, que tinha três patas, se tornou um símbolo do estilo de vida simples de Mujica.
Manuela morreu em junho de 2018, aos 22 anos.
LEIA TAMBÉM
Manuela: relembre a história da cadela de três patas que virou símbolo do estilo de vida simples de Mujica
Clandestinidade, simplicidade e presidência do Uruguai: conheça a trajetória de José 'Pepe' Mujica
Aborto, maconha e casamento LGBT: como Mujica levou o Uruguai ao topo da agenda progressista na América Latina
Morte de Mujica
Quem foi Pepe Mujica
A morte de Mujica foi confirmada pelo atual presidente uruguaio, Yamandú Orsi, visto como um dos herdeiros de Mujica.
"É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso colega Pepe Mujica. Presidente, ativista, líder e líder. Sentiremos muita falta de você, querido velho. Obrigado por tudo o que você nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo", escreveu Orsi.
A trajetória do ex-presidente do Uruguai
Mujica foi ícone pop da esquerda e referência de vida simples; conheça trajetória
José Alberto Mujica Cordano nasceu em Montevidéu, em 20 de maio de 1935.
Nos anos 1960, tornou-se membro da guerrilha Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros. O grupo ficou conhecido por assaltar bancos e distribuir comida e dinheiro aos pobres, antes da instalação da ditadura militar, em 1973.
Durante sua atuação na clandestinidade, Mujica foi ferido quatro vezes em confrontos com a polícia. Escapou duas vezes da prisão até ser recapturado em 1972.
Seu período na prisão ao longo da ditadura foi marcado por torturas e condições precárias, sendo mantido por longos períodos na solitária.
Ele era considerado um dos presos “sequestrados” pelo regime e poderia ser executado sem julgamento caso os Tupamaros retomassem atividades armadas.
Foi libertado em 1985, após um decreto de anistia.
Logo depois, ingressou na política institucional, ajudando a fundar o Movimento de Participação Popular (MPP).
Foi eleito deputado em 1994, chegou ao Senado em 1999 e, em 2005, assumiu o Ministério da Agricultura no governo de Tabaré Vázquez.
Presidência com foco no social
Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Secretaria de Comunicação do Uruguai
Mujica foi eleito sucessor de Vázquez e assumiu a Presidência em 2010, governando até 2015. Em sua gestão, o gasto social saltou de 60,9% para 75,5% do total do gasto público.
Em conformidade com sua visão política, o salário mínimo teve um aumento de 250%. Em 2012, ele propôs a legalização do consumo e da venda da maconha, que acabou se concretizando no país.
Ao lado da mulher, Lucía Topolansky, Mujica chamou atenção como um chefe de Estado de vida simples: morava em um sítio nos arredores da capital e dirigia diariamente seu próprio Fusca, ano 1987, até a sede do Executivo.
Após deixar a Presidência, voltou ao Senado, cargo que ocupou até 2020, quando renunciou por motivos de saúde, em meio à pandemia de Covid-19.
Mujica passou os últimos anos de sua vida cuidando de sua horta. Acredita-se que doava 90% do salário como ex-presidente para projetos de combate à pobreza.
Durante a maior parte da vida, declarou-se ateu. Em uma entrevista de 2012, sintetizou sua crença: “Não tenho religião, mas sou quase panteísta: admiro a natureza”.
VÍDEOS: mais assistidos do g1
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
1 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0