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Escolas do DF têm água imprópria e banheiros precários, aponta auditoria do Tribunal de Contas

Escolas do DF têm água imprópria e banheiros precários, aponta auditoria do Tribunal de Contas
Mais de 11 mil alunos estudam em escolas com problemas estruturais que colocam a saúde em risco. Só 32,6% das falhas antigas foram resolvidas; a maioria ainda não teve solução. Fiscalização do Tribunal de Contas aponta que algumas escolas do DF têm água imprópria para consumo e banheiros inadequados
Uma inspeção do Tribunal de Contas do Distrito Federal identificou irregularidades no abastecimento de água, na infraestrutura sanitária e na segurança de 17 escolas públicas do DF. As unidades atendem mais de 11 mil alunos.
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A fiscalização revelou um cenário preocupante: quase metade das escolas visitadas não tinha água potável no momento da inspeção.
➡️Em uma unidade, o certificado de potabilidade indicava que a água era imprópria para consumo.
➡️Em outra, a caixa d’água não era limpa há mais de seis meses devido a problemas estruturais. Além disso, seis das 17 escolas não apresentaram comprovante recente de limpeza.
Piores avaliações
A Escola Classe 59 de Ceilândia foi considerada a unidade em pior estado dentre as avaliadas. Foram encontrados banheiros sem forro e sem energia elétrica, mictórios inutilizáveis, salas com infiltrações e estruturas bastante deterioradas.
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Na Escola Classe Cooperbras, no núcleo rural de Tabatinga, em Planaltina, um laudo confirma que a água é imprópria para consumo.
Funcionários e membros da comunidade relatam que alunos frequentemente passam mal após beberem a água da escola.
Já a Escola Classe EC Kanegae, localizada na Chácara 9 do Riacho Fundo, não possui nenhum sistema de tratamento de esgoto.
Segundo a gestora da escola, a Escola Classe EC Kanagae conta com o selo de Escola Guardiã de Água. Sobre a ausência de um sistema de esgoto, a justificativa é de que a escola está na zona rural – a gestão diz esvaziar a fossa com antecedência para evitar dano aos usuários.
Fiscalização do TCDF aponta que escolas públicas do DF têm água imprópria para consumo e banheiros inadequados
Reprodução
“Tudo isso afeta a qualidade do ensino e põe em risco a saúde de alunos, professores e outros profissionais da educação”, alertou o presidente do TCDF, Conselheiro Manoel de Andrade.
A fiscalização também identificou nas escolas:
falhas em bebedouros
descargas quebradas ou ausentes
falta de manutenção em caixas d’água
e problemas na coleta de esgoto.
O objetivo principal do projeto é mapear essas irregularidades, propor correções imediatas e sugerir melhorias estruturais.
“O tribunal vai cobrar providências e dar prazo para que o Governo do DF forneça água potável e saneamento básico e, assim, os alunos tenham escolas públicas de qualidade”, afirmou o presidente do TCDF.
O que diz a Secretaria de Educação?
Em nota, a Secretaria de Educação do DF disse que "acompanha com atenção" as auditorias e "reafima seu compromisso com a melhora da infraestrutura das unidades escolares".
"A Pasta esclarece que realiza vistorias técnicas regulares e prioriza, dentro do planejamento orçamentário, a execução de ações que garantam a segurança, a saúde e o bem-estar da comunidade escolar", diz.
Sobre o abastecimento de água, a secretaria afirmou que a responsável pelo fornecimento é a Caesb – mesmo quando a água chega por caminhões-pipa.
"Toda a operação é respaldada por documentação comprobatória, com controle de qualidade da água, higienização dos veículos e laudos técnicos periódicos", diz o governo.
"Sobre as demais estruturas, como banheiros e caixas d’água, a SEEDF mantém contrato específico para serviços de manutenção predial, limpeza e conservação e tem atuado de forma planejada para ampliar os investimentos e acelerar as correções necessárias", completa a secretaria.
Brasil tem 647 mil alunos sem água potável
Segundo levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público, mais de 647 mil estudantes de escolas públicas no Brasil não têm acesso à água potável.
No DF, uma auditoria de 2023 já havia identificado 12 escolas sem certificado de potabilidade da água e várias com sérias deficiências na infraestrutura sanitária.
O monitoramento atual revelou que apenas 32,6% das irregularidades anteriores foram corrigidas. A maioria ainda não foi solucionada.
Houve avanços em itens de segurança, como instalação de câmeras e regularização de extintores. No entanto, questões básicas, como acesso à água potável e manutenção de banheiros, continuam sendo um desafio.
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