Mulher faz preenchimento em olheiras e fica com olhos inchados e roxos: 'Desejo de melhorar autoestima virou um problema'

Marina Marques, de 29 anos, teve uma infecção após fazer um preenchimento com ácido hialurônico nas olheiras em Unaí, interior de MG. Ela está na terceira sessão para retirada do produto. Fotos mostram momento da aplicação e como Marina ficou no dia seguinte
Arquivo pessoal
O desejo de uma mãe em fazer um procedimento para melhorar a autoestima, acabou se tornando um problema. Marina Marques, de 29 anos, teve uma infecção após fazer um preenchimento com ácido hialurônico nas olheiras em Unaí, interior de Minas Gerais. Ele está na terceira sessão para retirada do produto.
“A pigmentação nas olheiras já incomodava e ficou pior depois da gestação, por isso decidi confiar na indicação de uma colega e fiz o preenchimento. Quando acordei no dia seguinte, meus olhos estavam muito inchados e roxos.”
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De acordo com Marina a aplicação foi feita na noite do dia 6 de junho. A profissional responsável se apresentou como biomédica e vinha de Brasília (DF) para realizar procedimentos em Unaí, onde alugava uma sala.
“Eu cheguei no espaço e ela me falou que ia ficar muito bom, que o resultado ia ser ótimo, que ia diminuir também a profundidade das olheiras, me passou toda a segurança. Eu fiz e achei que estava tudo certo.”
Como Marina já tinha usado o ácido hialurônico anteriormente com outro profissional, ela estranhou a forma como seus olhos ficaram no dia seguinte.
“Eu achei muito estranho e como também tenho o hábito de compartilhar minha rotina nas redes sociais, comecei a receber muitos comentários de pessoas dizendo que aquilo não era normal. Procurei pela moça que me atendeu e ela dizia que estava dentro do esperado, que era uma reação do corpo e que tínhamos que esperar o tempo do produto.”
Retirada do ácido
Com o passar dos dias, os olhos de Marina pioraram ainda mais. Ao continuar postando vídeos com os olhos inchados na internet, ela recebeu a oferta de ajuda de um biomédico de Unaí.
“Quando ele me avaliou, constatou uma infecção, com presença de pus, fizemos duas ordenhas para retirar toda a secreção. Ele me disse que o ácido foi aplicado em excesso e na camada errada da pele.”
Marina ficou com os olhos inchados após o procedimento
Arquivo pessoal
Marina conta que até esse momento ainda tinha contato com a profissional que fez a aplicação, ela chegou a ajudá-la a pagar pelo antibiótico usado para combater a infecção.
“Eu cheguei a falar para ela que queria retirar o ácido, mas ela disse que eu teria que pagar pelo produto usado para fazer isso e que teria que pagar também metade do combustível para ela se deslocar até Unaí.”
Por conta da infecção, Marina conta que teve que passar por uma consulta médica e precisou fazer mais exames, além de tomar outros medicamentos. Nesse momento, ao procurar pela ajuda da responsável pela aplicação, não teve mais resposta.
“Ela sumiu, desativou as redes sociais, não me responde mais. Eu registrei um boletim de ocorrência e procurei um advogado, nós descobrimos que nem biomédica era ela”, fala.
O mesmo biomédico que ofereceu ajuda ao ver a situação dos olhos de Marina é o que está fazendo a retirada do ácido hialurônico. Até o momento, três sessões já foram realizadas.
“Meu desejo de melhorar minha autoestima acabou se tornando um grande problema. Por sorte, a infecção não se espalhou pelo corpo, eu poderia ter tido danos muitos piores.”
Agora, Marina diz que pretende acionar a justiça por conta da falta de assistência e também pelo fato da profissional não ser biomédica. Depois de enfrentar o problema com o preenchimento, ela descobriu que é possível verificar se o profissional é realmente habilitado pela internet.
"Confiei nela e a na pessoa que fez a indicação, jamais iria imaginar que estava sendo atendida por alguém que se apresentava como biomédica e não era."
Sobre o preenchimento com ácido hialurônico
A dermatologista Juliana Caldeira destaca que o preenchimento de olheiras com uso de ácido hialurônico é comum nos consultórios. O procedimento traz bons resultados, melhorando, por exemplo, a profundidade e a coloração dessa área.
“Apesar de ser um procedimento usual, temos visto também um crescente número de complicações principalmente por mal uso de produto e por técnica inadequada”, destaca a médica que atua na área da dermatologia há 15 anos.
A especialista ressalta ainda que entre as complicações estão as infecções, como no caso de Marina. Mas uma situação ainda mais grave pode acontecer: a obstrução dos vasos arteriais com comprometimento da irrigação da área ocular, o que pode levar à cegueira.
“É preciso buscar por um ambiente seguro, tenha ao seu lado uma pessoa capacitada para agir em caso de complicações. Muitas vezes, a escolha do profissional está voltada para um antes e depois que a pessoa viu e achou bonito, mas esse profissional precisa oferecer muito além disso, precisa estar habilitado para lidar com as complicações que podem ocorrer”, alerta a dermatologista.
Dermatologista alerta que as pessoas precisam ter uma profissional que saiba lidar com as complicações
Arquivo pessoal
VEJA TAMBÉM:
Nutricionista de João Pessoa sofreu reação alérgica após preenchimento labial
Vídeos do Norte, Centro e Noroeste de MG
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Arquivo pessoal
O desejo de uma mãe em fazer um procedimento para melhorar a autoestima, acabou se tornando um problema. Marina Marques, de 29 anos, teve uma infecção após fazer um preenchimento com ácido hialurônico nas olheiras em Unaí, interior de Minas Gerais. Ele está na terceira sessão para retirada do produto.
“A pigmentação nas olheiras já incomodava e ficou pior depois da gestação, por isso decidi confiar na indicação de uma colega e fiz o preenchimento. Quando acordei no dia seguinte, meus olhos estavam muito inchados e roxos.”
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De acordo com Marina a aplicação foi feita na noite do dia 6 de junho. A profissional responsável se apresentou como biomédica e vinha de Brasília (DF) para realizar procedimentos em Unaí, onde alugava uma sala.
“Eu cheguei no espaço e ela me falou que ia ficar muito bom, que o resultado ia ser ótimo, que ia diminuir também a profundidade das olheiras, me passou toda a segurança. Eu fiz e achei que estava tudo certo.”
Como Marina já tinha usado o ácido hialurônico anteriormente com outro profissional, ela estranhou a forma como seus olhos ficaram no dia seguinte.
“Eu achei muito estranho e como também tenho o hábito de compartilhar minha rotina nas redes sociais, comecei a receber muitos comentários de pessoas dizendo que aquilo não era normal. Procurei pela moça que me atendeu e ela dizia que estava dentro do esperado, que era uma reação do corpo e que tínhamos que esperar o tempo do produto.”
Retirada do ácido
Com o passar dos dias, os olhos de Marina pioraram ainda mais. Ao continuar postando vídeos com os olhos inchados na internet, ela recebeu a oferta de ajuda de um biomédico de Unaí.
“Quando ele me avaliou, constatou uma infecção, com presença de pus, fizemos duas ordenhas para retirar toda a secreção. Ele me disse que o ácido foi aplicado em excesso e na camada errada da pele.”
Marina ficou com os olhos inchados após o procedimento
Arquivo pessoal
Marina conta que até esse momento ainda tinha contato com a profissional que fez a aplicação, ela chegou a ajudá-la a pagar pelo antibiótico usado para combater a infecção.
“Eu cheguei a falar para ela que queria retirar o ácido, mas ela disse que eu teria que pagar pelo produto usado para fazer isso e que teria que pagar também metade do combustível para ela se deslocar até Unaí.”
Por conta da infecção, Marina conta que teve que passar por uma consulta médica e precisou fazer mais exames, além de tomar outros medicamentos. Nesse momento, ao procurar pela ajuda da responsável pela aplicação, não teve mais resposta.
“Ela sumiu, desativou as redes sociais, não me responde mais. Eu registrei um boletim de ocorrência e procurei um advogado, nós descobrimos que nem biomédica era ela”, fala.
O mesmo biomédico que ofereceu ajuda ao ver a situação dos olhos de Marina é o que está fazendo a retirada do ácido hialurônico. Até o momento, três sessões já foram realizadas.
“Meu desejo de melhorar minha autoestima acabou se tornando um grande problema. Por sorte, a infecção não se espalhou pelo corpo, eu poderia ter tido danos muitos piores.”
Agora, Marina diz que pretende acionar a justiça por conta da falta de assistência e também pelo fato da profissional não ser biomédica. Depois de enfrentar o problema com o preenchimento, ela descobriu que é possível verificar se o profissional é realmente habilitado pela internet.
"Confiei nela e a na pessoa que fez a indicação, jamais iria imaginar que estava sendo atendida por alguém que se apresentava como biomédica e não era."
Sobre o preenchimento com ácido hialurônico
A dermatologista Juliana Caldeira destaca que o preenchimento de olheiras com uso de ácido hialurônico é comum nos consultórios. O procedimento traz bons resultados, melhorando, por exemplo, a profundidade e a coloração dessa área.
“Apesar de ser um procedimento usual, temos visto também um crescente número de complicações principalmente por mal uso de produto e por técnica inadequada”, destaca a médica que atua na área da dermatologia há 15 anos.
A especialista ressalta ainda que entre as complicações estão as infecções, como no caso de Marina. Mas uma situação ainda mais grave pode acontecer: a obstrução dos vasos arteriais com comprometimento da irrigação da área ocular, o que pode levar à cegueira.
“É preciso buscar por um ambiente seguro, tenha ao seu lado uma pessoa capacitada para agir em caso de complicações. Muitas vezes, a escolha do profissional está voltada para um antes e depois que a pessoa viu e achou bonito, mas esse profissional precisa oferecer muito além disso, precisa estar habilitado para lidar com as complicações que podem ocorrer”, alerta a dermatologista.
Dermatologista alerta que as pessoas precisam ter uma profissional que saiba lidar com as complicações
Arquivo pessoal
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