Trump diz que 'sem dúvida nenhuma' atacaria novamente o Irã caso regime continue enriquecendo urânio

Presidente dos EUA voltou a fazer ameaças contra o regime iraniano, e garantiu que o país não vai querer mais mexer com energia nuclear. EUA fizeram ataque contra instalações nucleares iranianas durante conflito entre Israel e Irã neste mês, que está com cessar-fogo em vigor desde terça (24). Presidente dos EUA, Donald Trump, diz que 'sem dúvida nenhuma' voltaria a atacar o Irã caso o país continue enriquecendo urânio, durante coletiva na Casa Branca em 27 de junho de 2025.
REUTERS/Ken Cedeno
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (27) que "sem dúvida nenhuma" voltaria a bombardear o Irã caso haja indícios de que o país do Oriente Médio continue enriquecendo urânio.
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Em coletiva na Casa Branca, Trump voltou a dizer que os EUA tiveram uma grande vitória na guerra, travada entre o Israel e Irã durante 12 dias e com um bombardeio americano a instalações nucleares iranianas. O republicano insistiu que os iranianos não vão mais ter programa nuclear, e quando perguntado sobre a possibilidade de voltar a atacar o Irã caso Teerã continue enriquecendo urânio, ele disse "sem dúvida nenhuma, com certeza".
"A guerra foi uma tremenda vitória. Vínhamos falando por 30 anos que o Irã se tornaria um país [com arma] nuclear, e finalmente atacamos. Assim que as bombas foram lançadas, a guerra acabou", afirmou Trump.
O presidente americano também disse que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mentiu a seu povo ao ter reivindicado vitória no conflito, e que "responderá" à fala do iraniano, mas não deu mais detalhes sobre o que quis dizer.
"Você tem que dizer a verdade, você foi batido. Israel também ficou abatida [com o conflito], mas você sofreu um forte golpe, e última coisa que está pensando agora é sobre armas nucleares", afirmou Trump a Khamenei. O republicano disse ter salvado o líder do Irã de uma morte "feia e humilhante".
Trump também insistiu que o Irã "quer se encontrar" para negociar sobre seu programa nuclear de Teerã, algo que autoridades iranianas repetidamente negaram nesta semana.
O Irã também nega encerrar seu programa nuclear, que afirma ter fins exclusivamente pacíficos, e afirma ter legítimo direito de enriquecer urânio. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU de supervisão nuclear, relatou urânio enriquecido acima dos níveis permitidos por acordos internacionais no Irã —mesmo que não tenha encontrado nenhuma evidência de bomba nuclear.
Durante a coletiva, Trump disse que gostaria de ver inspetores da AIEA ou de outra fonte confiável inspecionando as instalações nucleares iranianas atingidas pelos bombardeios americanos no fim de semana passado —Natanz, Fordow e Isfahan, as três principais do Irã.
A AIEA pediu diversas vezes desde o início do cessar-fogo acesso às instalações nucleares do Irã para inspecionar danos causados pelos 12 dias de ataques e os níveis de radiação em cada um dos locais, porém o governo iraniano tem resistido e nesta sexta-feira chamou o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, de "inconveniente, até mal-intencionado". O Irã suspendeu a cooperação com a AIEA após a guerra.
Em primeiro pronunciamento após ataque americano, líder do Irã canta vitória sobre Israel
Ataques foram 'apenas uma prévia', diz Israel
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta sexta-feira (27) que os ataques ao Irã durante a guerra de 12 dias foram "apenas uma prévia", e que pediu ao Exército a criação de um "plano de dissuasão contínuo" contra o regime iraniano de Ali Khamenei.
"Instruí as Forças de Defesa de Israel a preparar um plano de dissuasão contra o Irã (...) e atuaremos continuamente para neutralizar ameaças iranianas. Sugiro que o chefe [Khamenei] da serpente, já sem dentes, em Teerã, entenda e tome cuidado: a 'Operação Leão em Ascensão' [nome dado ao conflito contra Irã] foi apenas a prévia de uma nova política israelense — após o 7 de outubro, a imunidade acabou", afirmou Katz em publicação na rede social X.
Katz disse ainda que o plano inclui ações como manter a superioridade aérea israelense no Oriente Médio, impedir o avanço dos programas nuclear e de mísseis iranianos, e reagir contra o rival pelo que chamou de "apoio a atividades terroristas contra" Israel, mas não deu mais detalhes.
Apesar das ameaças, um cessar-fogo está em vigor entre Israel e Irã desde a madrugada de terça-feira. A trégua é considerada frágil, mas está sendo mantida após primeiras horas turbulentas, o que gerou uma "bronca" do presidente dos EUA, Donald Trump, aos dois países.
O Irã não reagiu à fala de Katz até a última atualização desta reportagem. No entanto, o governo iraniano tem dito desde o início do cessar-fogo que qualquer novo ataque de Israel ao país será respondido.
A imprensa israelense afirmou que o Mossad, a agência secreta de Israel, emitiu nesta sexta-feira uma mensagem direcionada à população iraniana. No texto, escrito em Farsi, a agência pediu que as pessoas fiquem longe de instalações e membros da Guarda Revolucionária do Irã —especialmente se ouvirem "som parecido com o de um cortador de grama vindo do céu", em alusão a um ataque de míssil.
O comandante das Forças Aéreas israelenses, o general Tomer Bar, afirmou que o país tem atualmente a habilidade de "ter aeronaves sobre Teerã (capital iraniana) sempre que escolhermos", algo que considerou ser um "fator decisivo". Durante o conflito, os bombardeios israelenses também destruíram defesas aéreas do rival, o que fez o premiê Benjamin Netanyahu e Trump reivindicarem "total controle" sobre o espaço aéreo do Irã.
Israel Katz, ministro da Defesa israelense.
REUTERS/Ronen Zvulun
REUTERS/Ken Cedeno
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (27) que "sem dúvida nenhuma" voltaria a bombardear o Irã caso haja indícios de que o país do Oriente Médio continue enriquecendo urânio.
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Em coletiva na Casa Branca, Trump voltou a dizer que os EUA tiveram uma grande vitória na guerra, travada entre o Israel e Irã durante 12 dias e com um bombardeio americano a instalações nucleares iranianas. O republicano insistiu que os iranianos não vão mais ter programa nuclear, e quando perguntado sobre a possibilidade de voltar a atacar o Irã caso Teerã continue enriquecendo urânio, ele disse "sem dúvida nenhuma, com certeza".
"A guerra foi uma tremenda vitória. Vínhamos falando por 30 anos que o Irã se tornaria um país [com arma] nuclear, e finalmente atacamos. Assim que as bombas foram lançadas, a guerra acabou", afirmou Trump.
O presidente americano também disse que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mentiu a seu povo ao ter reivindicado vitória no conflito, e que "responderá" à fala do iraniano, mas não deu mais detalhes sobre o que quis dizer.
"Você tem que dizer a verdade, você foi batido. Israel também ficou abatida [com o conflito], mas você sofreu um forte golpe, e última coisa que está pensando agora é sobre armas nucleares", afirmou Trump a Khamenei. O republicano disse ter salvado o líder do Irã de uma morte "feia e humilhante".
Trump também insistiu que o Irã "quer se encontrar" para negociar sobre seu programa nuclear de Teerã, algo que autoridades iranianas repetidamente negaram nesta semana.
O Irã também nega encerrar seu programa nuclear, que afirma ter fins exclusivamente pacíficos, e afirma ter legítimo direito de enriquecer urânio. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU de supervisão nuclear, relatou urânio enriquecido acima dos níveis permitidos por acordos internacionais no Irã —mesmo que não tenha encontrado nenhuma evidência de bomba nuclear.
Durante a coletiva, Trump disse que gostaria de ver inspetores da AIEA ou de outra fonte confiável inspecionando as instalações nucleares iranianas atingidas pelos bombardeios americanos no fim de semana passado —Natanz, Fordow e Isfahan, as três principais do Irã.
A AIEA pediu diversas vezes desde o início do cessar-fogo acesso às instalações nucleares do Irã para inspecionar danos causados pelos 12 dias de ataques e os níveis de radiação em cada um dos locais, porém o governo iraniano tem resistido e nesta sexta-feira chamou o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, de "inconveniente, até mal-intencionado". O Irã suspendeu a cooperação com a AIEA após a guerra.
Em primeiro pronunciamento após ataque americano, líder do Irã canta vitória sobre Israel
Ataques foram 'apenas uma prévia', diz Israel
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta sexta-feira (27) que os ataques ao Irã durante a guerra de 12 dias foram "apenas uma prévia", e que pediu ao Exército a criação de um "plano de dissuasão contínuo" contra o regime iraniano de Ali Khamenei.
"Instruí as Forças de Defesa de Israel a preparar um plano de dissuasão contra o Irã (...) e atuaremos continuamente para neutralizar ameaças iranianas. Sugiro que o chefe [Khamenei] da serpente, já sem dentes, em Teerã, entenda e tome cuidado: a 'Operação Leão em Ascensão' [nome dado ao conflito contra Irã] foi apenas a prévia de uma nova política israelense — após o 7 de outubro, a imunidade acabou", afirmou Katz em publicação na rede social X.
Katz disse ainda que o plano inclui ações como manter a superioridade aérea israelense no Oriente Médio, impedir o avanço dos programas nuclear e de mísseis iranianos, e reagir contra o rival pelo que chamou de "apoio a atividades terroristas contra" Israel, mas não deu mais detalhes.
Apesar das ameaças, um cessar-fogo está em vigor entre Israel e Irã desde a madrugada de terça-feira. A trégua é considerada frágil, mas está sendo mantida após primeiras horas turbulentas, o que gerou uma "bronca" do presidente dos EUA, Donald Trump, aos dois países.
O Irã não reagiu à fala de Katz até a última atualização desta reportagem. No entanto, o governo iraniano tem dito desde o início do cessar-fogo que qualquer novo ataque de Israel ao país será respondido.
A imprensa israelense afirmou que o Mossad, a agência secreta de Israel, emitiu nesta sexta-feira uma mensagem direcionada à população iraniana. No texto, escrito em Farsi, a agência pediu que as pessoas fiquem longe de instalações e membros da Guarda Revolucionária do Irã —especialmente se ouvirem "som parecido com o de um cortador de grama vindo do céu", em alusão a um ataque de míssil.
O comandante das Forças Aéreas israelenses, o general Tomer Bar, afirmou que o país tem atualmente a habilidade de "ter aeronaves sobre Teerã (capital iraniana) sempre que escolhermos", algo que considerou ser um "fator decisivo". Durante o conflito, os bombardeios israelenses também destruíram defesas aéreas do rival, o que fez o premiê Benjamin Netanyahu e Trump reivindicarem "total controle" sobre o espaço aéreo do Irã.
Israel Katz, ministro da Defesa israelense.
REUTERS/Ronen Zvulun
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