Moto furtada em 2018 foi recuperada pela polícia, mas acaba leiloada pelo Detro sem o dono saber

Segundo o eletricista Márcio Freiras, em 2021 o equipamento foi vendido como sucata. O homem diz que só soube da recuperação e do leilão no ano passado. Justiça quer explicações do Estado do RJ. Moto furtada em 2018 foi recuperada, mas leiloada sem o dono saber
Um morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, briga na justiça para ser indenizado pelo estado do RJ, por causa de uma moto que foi leiloada depois de ter sido furtada e recuperada.
Márcio Freitas diz que perdeu a moto duas vezes. A primeira quando foi furtada, em 2018, em Nova Iguaçu, onde mora. O eletricista registrou o caso na delegacia da cidade, para que fosse encontrada, o que aconteceu. O problema, segundo o homem, é que ele jamais foi informado.
"A Polícia Civil quando recuperou minha moto não me ligou, não mandou e-mail, não mandou carta registrada", conta o eletricista.
Em 2021, Márcio perdeu a moto novamente. Desta vez, leiloada pelo Dentro.
"Algo surreal que aconteceu. Eu descobri no ano passado, quando baixei a carteira digital, que a minha moto tinha sido recuperada e tentaram por uma vez transferi-la. Eles conseguiram transferir. Fui na 56ª DP (Comendador Soares) e quando cheguei, me deparei com algo incrível. No computador o documento estava que a moto foi recuperada, levada para a Cidade da Polícia, e ali entregue a uma pessoa que se passou por mim", disse Márcio Freitas.
Justiça do RJ determinou que estado explique leilão
Reprodução/TV Globo
Leiloada como sucata
Avaliada em R$ 7,6 mil foi arrematada por um morador de Cabo Frio, na Região dos Lagos, por R$ 675.
"O mais incrível que eles colocaram minha moto no leilão, como sucata irreversível. Fui ao Detro para conseguir a documentação, fui à Cidade da Polícia, fiquei peregrinando [e nada]", completa o eletricista.
Cansado de procurar a polícia sem sucesso, Freitas procurou à justiça.
Em um ofício, a Defensoria Pública pediu ao Detran e à polícia todos os documentos referentes ao veículo. No final do ano passado, a justiça determinou a entrega dos processos internos dos órgãos responsáveis pelo caso, para esclarecer como a moto acabou leiloada. A intimação só chegou 4 meses depois.
"Estou indignado porque só agora que o estado foi intimado, e ainda tem um prazo para responder e até agora o estado não enviou documentação nenhuma. E juiz já multou estado por dia em R$ 100 reais", diz o homem.
Sete anos depois do início de toda a confusão, Márcio só quer o que é de direito.
Moto foi furtada em 2018 e leiloada em 2021
Reprodução/TV Globo
"Eu quero a indenização, porque sofri danos na época. Eu trabalhava com a moto, e quando eles recuperaram a moto, um ano depois, em 2019, não me comunicaram por meio nenhum", completa.
O outro lado
A Polícia Civil disse que a responsabilidade de comunicar a vítima sobre a recuperação de veículos furtados é da empresa terceirizada contratada pelo Detro.
Já o Detro diz que a atribuição recaía, à época, sobre a polícia e que a moto foi levada a leilão depois de três tentativas de notificação ao proprietário – em 13, 16 e 21 de novembro de 2020 – no endereço que consta na base da Secretaria Nacional de Trânsito. Segundo o Detro, Márcio não foi encontrado em nenhum dos três contatos via telegrama nestes endereços.
Sobre a decisão judicial, o Detro afirma que todos os documentos relativos ao leilão já foram entregues à Procuradoria Geral do Estado para que sejam apresentados nos autos e que está à disposição para esclarecer outras dúvidas.
O Detran do Rio informou que libera o agendamento da vistoria a quem arrematou o veículo, depois da retirada da restrição por roubo ou furto pela Polícia Civil e o lançamento do extrato de leilão no sistema pelo Detro.
Um morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, briga na justiça para ser indenizado pelo estado do RJ, por causa de uma moto que foi leiloada depois de ter sido furtada e recuperada.
Márcio Freitas diz que perdeu a moto duas vezes. A primeira quando foi furtada, em 2018, em Nova Iguaçu, onde mora. O eletricista registrou o caso na delegacia da cidade, para que fosse encontrada, o que aconteceu. O problema, segundo o homem, é que ele jamais foi informado.
"A Polícia Civil quando recuperou minha moto não me ligou, não mandou e-mail, não mandou carta registrada", conta o eletricista.
Em 2021, Márcio perdeu a moto novamente. Desta vez, leiloada pelo Dentro.
"Algo surreal que aconteceu. Eu descobri no ano passado, quando baixei a carteira digital, que a minha moto tinha sido recuperada e tentaram por uma vez transferi-la. Eles conseguiram transferir. Fui na 56ª DP (Comendador Soares) e quando cheguei, me deparei com algo incrível. No computador o documento estava que a moto foi recuperada, levada para a Cidade da Polícia, e ali entregue a uma pessoa que se passou por mim", disse Márcio Freitas.
Justiça do RJ determinou que estado explique leilão
Reprodução/TV Globo
Leiloada como sucata
Avaliada em R$ 7,6 mil foi arrematada por um morador de Cabo Frio, na Região dos Lagos, por R$ 675.
"O mais incrível que eles colocaram minha moto no leilão, como sucata irreversível. Fui ao Detro para conseguir a documentação, fui à Cidade da Polícia, fiquei peregrinando [e nada]", completa o eletricista.
Cansado de procurar a polícia sem sucesso, Freitas procurou à justiça.
Em um ofício, a Defensoria Pública pediu ao Detran e à polícia todos os documentos referentes ao veículo. No final do ano passado, a justiça determinou a entrega dos processos internos dos órgãos responsáveis pelo caso, para esclarecer como a moto acabou leiloada. A intimação só chegou 4 meses depois.
"Estou indignado porque só agora que o estado foi intimado, e ainda tem um prazo para responder e até agora o estado não enviou documentação nenhuma. E juiz já multou estado por dia em R$ 100 reais", diz o homem.
Sete anos depois do início de toda a confusão, Márcio só quer o que é de direito.
Moto foi furtada em 2018 e leiloada em 2021
Reprodução/TV Globo
"Eu quero a indenização, porque sofri danos na época. Eu trabalhava com a moto, e quando eles recuperaram a moto, um ano depois, em 2019, não me comunicaram por meio nenhum", completa.
O outro lado
A Polícia Civil disse que a responsabilidade de comunicar a vítima sobre a recuperação de veículos furtados é da empresa terceirizada contratada pelo Detro.
Já o Detro diz que a atribuição recaía, à época, sobre a polícia e que a moto foi levada a leilão depois de três tentativas de notificação ao proprietário – em 13, 16 e 21 de novembro de 2020 – no endereço que consta na base da Secretaria Nacional de Trânsito. Segundo o Detro, Márcio não foi encontrado em nenhum dos três contatos via telegrama nestes endereços.
Sobre a decisão judicial, o Detro afirma que todos os documentos relativos ao leilão já foram entregues à Procuradoria Geral do Estado para que sejam apresentados nos autos e que está à disposição para esclarecer outras dúvidas.
O Detran do Rio informou que libera o agendamento da vistoria a quem arrematou o veículo, depois da retirada da restrição por roubo ou furto pela Polícia Civil e o lançamento do extrato de leilão no sistema pelo Detro.
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