Mancha de diesel com extensão de 10 km em rio preocupa comunidades pesqueiras no Pará
Embarcação com cerca de 20 mil litros de diesel tombou na segunda-feira, 5. Mancha de óleo pode ameaçar espécies marinhas. Mancha de diesel alcança 10 KM no rio Caeté no Pará
O rastro de óleo na superfície da água do rio Caeté, em Bragança, em Bragança, nordeste do Pará, preocupa moradores da região. A mancha de óleo que vazou de um barco tem 10 quilômetros de extensão no rio e chegou a uma reserva extrativista, ameaçando espécies marinhas locais.
O incidente ocorreu na segunda-feira (5) e na terça (6) um gabinete de crise foi criado pela Secretaria de Meio Ambiente de Bragança, Governo do Estado, Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Mais de 24 depois do barco virar, as autoridades ainda não se sabem a quantidade total de óleo que vazou, os reais impactos e ainda não começaram a remover o óleo nas áreas já afetadas.
O óleo era do tanque do barco de pesca que virou quando era abastecido com gelo e estava atracado em um trapiche, estrutura de madeira usada para acessar as embarcações. Havia cerca de 20 mil litros de óleo no tanque da embarcação.
As autoridades avaliaram soluções a serem adotadas, como contratação de empresa para conter o óleo e fazer a flutuação do barco, que está, em parte, submerso. A empresa ficou de ser definida para começar os trabalhos nesta quarta-feira (7).
"Enquanto a empresa ainda não estiver em ação, os órgãos públicos atuam até essa chegada da empresa para concluir o trabalho", afirma o secretário de Meio ambiente de Bragança.
Uma das ações emergenciais feitas foi inserir esponja de contenção para "sugar" o óleo da superfície e impedir que ocorra mais vazamento. Mas o óleo que já vazou segue no rio e estava na área da Vila Bacuriteua, distante 10 quilômetros do local onde o barco virou. O rio Caeté desemboca no Oceano Atlântico.
De acordo com Ubiranilson Oliveira, secretário de Meio Ambiente do município, a esponja tem eficácia apenas no local onde é inserida. Também ainda não há como mensurar, segundo ele, a quantidade de óleo vazado, o que só poderá ser feito após o barco ser retirado da água.
"A empresa vai poder atuar na contenção da maior quantidade possível de óleo e poderá fazer isso com mais rapidez, além de verificar a quantidade exata de óleo que foi vazada", explicou o secretário.
A Marinha do Brasil informou que medidas administrativas serão tomadas para responsabilizar o proprietário da embarcação, que poderá ser autuado por crime ambiental.
Ações envolvem visitas a comunidades para analisar ameaças
Na quarta-feira (7), estão previstas ações do Gabinete de Crise para visitar comunidades às margens do rio dentro da extensão do vazamento. O objetivo é verificar se podem ser afetadas com o incidente.
Óleo diesel vaza no Rio Caeté em Bragança, PA
TV Liberal /Reprodução
Além disso, também está prevista uma visita à reserva extrativista afetada para avaliar possíveis danos.
A reserva é a Resex Marinha de Caeté-Taperaçu, que está localizada no município de Bragança, no litoral do estado do Pará. A área da reserva possui aproximadamente 42. mil hectares, e estende-se pelo rio Caeté até a sede da cidade.
Segundo a Cartilha do Plano de Manejo da Resex, cerca de 50% da área preservada é coberta por florestas de mangue, com 40% são água, e o restante corresponde a outras formações, como praias, duas, campos alagados e apicuns.
Bragança é uma cidade portuária tradicional, conhecida pela atividade pesqueira, e o Rio Caeté é um dos principais eixos econômicos e ecológicos da região.
A Região de Integração (RI) Caeté é composta por 15 municípios (Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema, Nova Timboteua, Peixe-Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Tracuateua e Viseu). A formação do território tem origem na aglutinação de municípios das microrregiões Bragantina e Salgado.
De acordo com o secretário, o plano de ação é agilizar as ações emergenciais para amenizar os danos em todas as esferas. "A nossa intenção é conter os danos o quanto antes", afirmou.
O g1 solicitou mais informações ao ICMBio, responsável pela gestão da Resex, mas ainda aguardava resposta até a publicação da reportagem.
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Vazamento de diesel no rio Caeté no Pará.
Reprodução / TV Liberal
Embarcação virou no Rio Caeté, em Bragança
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O rastro de óleo na superfície da água do rio Caeté, em Bragança, em Bragança, nordeste do Pará, preocupa moradores da região. A mancha de óleo que vazou de um barco tem 10 quilômetros de extensão no rio e chegou a uma reserva extrativista, ameaçando espécies marinhas locais.
O incidente ocorreu na segunda-feira (5) e na terça (6) um gabinete de crise foi criado pela Secretaria de Meio Ambiente de Bragança, Governo do Estado, Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Mais de 24 depois do barco virar, as autoridades ainda não se sabem a quantidade total de óleo que vazou, os reais impactos e ainda não começaram a remover o óleo nas áreas já afetadas.
O óleo era do tanque do barco de pesca que virou quando era abastecido com gelo e estava atracado em um trapiche, estrutura de madeira usada para acessar as embarcações. Havia cerca de 20 mil litros de óleo no tanque da embarcação.
As autoridades avaliaram soluções a serem adotadas, como contratação de empresa para conter o óleo e fazer a flutuação do barco, que está, em parte, submerso. A empresa ficou de ser definida para começar os trabalhos nesta quarta-feira (7).
"Enquanto a empresa ainda não estiver em ação, os órgãos públicos atuam até essa chegada da empresa para concluir o trabalho", afirma o secretário de Meio ambiente de Bragança.
Uma das ações emergenciais feitas foi inserir esponja de contenção para "sugar" o óleo da superfície e impedir que ocorra mais vazamento. Mas o óleo que já vazou segue no rio e estava na área da Vila Bacuriteua, distante 10 quilômetros do local onde o barco virou. O rio Caeté desemboca no Oceano Atlântico.
De acordo com Ubiranilson Oliveira, secretário de Meio Ambiente do município, a esponja tem eficácia apenas no local onde é inserida. Também ainda não há como mensurar, segundo ele, a quantidade de óleo vazado, o que só poderá ser feito após o barco ser retirado da água.
"A empresa vai poder atuar na contenção da maior quantidade possível de óleo e poderá fazer isso com mais rapidez, além de verificar a quantidade exata de óleo que foi vazada", explicou o secretário.
A Marinha do Brasil informou que medidas administrativas serão tomadas para responsabilizar o proprietário da embarcação, que poderá ser autuado por crime ambiental.
Ações envolvem visitas a comunidades para analisar ameaças
Na quarta-feira (7), estão previstas ações do Gabinete de Crise para visitar comunidades às margens do rio dentro da extensão do vazamento. O objetivo é verificar se podem ser afetadas com o incidente.
Óleo diesel vaza no Rio Caeté em Bragança, PA
TV Liberal /Reprodução
Além disso, também está prevista uma visita à reserva extrativista afetada para avaliar possíveis danos.
A reserva é a Resex Marinha de Caeté-Taperaçu, que está localizada no município de Bragança, no litoral do estado do Pará. A área da reserva possui aproximadamente 42. mil hectares, e estende-se pelo rio Caeté até a sede da cidade.
Segundo a Cartilha do Plano de Manejo da Resex, cerca de 50% da área preservada é coberta por florestas de mangue, com 40% são água, e o restante corresponde a outras formações, como praias, duas, campos alagados e apicuns.
Bragança é uma cidade portuária tradicional, conhecida pela atividade pesqueira, e o Rio Caeté é um dos principais eixos econômicos e ecológicos da região.
A Região de Integração (RI) Caeté é composta por 15 municípios (Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema, Nova Timboteua, Peixe-Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Tracuateua e Viseu). A formação do território tem origem na aglutinação de municípios das microrregiões Bragantina e Salgado.
De acordo com o secretário, o plano de ação é agilizar as ações emergenciais para amenizar os danos em todas as esferas. "A nossa intenção é conter os danos o quanto antes", afirmou.
O g1 solicitou mais informações ao ICMBio, responsável pela gestão da Resex, mas ainda aguardava resposta até a publicação da reportagem.
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Vazamento de diesel no rio Caeté no Pará.
Reprodução / TV Liberal
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