'O cavalo é o carro que Deus deixou', diz morador de Santa Isabel que usa charrete como meio de transporte

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Messias Caraça, de 69 anos, via o avô e o pai usarem a charrete para fazer compras e visitar parentes. Ele manteve a tradição familiar e ainda utiliza o meio de transporte. Messias Caraça e Foguinho em Santa Isabel
Acervo Pessoal/ Ana Lúcia de Campos
Em tempos de trânsito e buzinas, Messias Caraça de Campos, de 69 anos, mantém a tradição ao utilizar a boa e velha charrete como meio de transporte. Morador do bairro Jaguari, em Santa Isabel, ele não abre mão do transporte que é o símbolo de uma tradição que atravessa gerações em sua família.
“Desde criança via meu pai e meu avô usando. Era assim pra ir na feira, comprar ração, visitar parentes. E eu continuei”, conta Messias.
Atualmente, ele trabalha como caseiro em um sítio em Santa Isabel. Ele corta grama, cuida dos animais e leva ração. Tudo isso com a ajuda do "Foguinho", o cavalo que atrelado a charrete é o companheiro fiel da rotina puxada do campo.
A relação se intensificou quando Caraça casou e foi morar em um sítio. “Precisava de condução pra puxar capim para o gado, visitar a cidade e ir nas casas dos familiares. A charrete foi a solução”, lembra.
Ele usa a charrete apenas em Santa Isabel, pois avalia que é perigoso sair da cidade já que outros motoristas não respeitam. Em casos de viagens mais longas, ele usa a bicicleta ou a motocicleta.
É difícil, tem muito movimento. Alguns motoristas respeitam, outros não. Mas com um cavalo certinho dá tudo certo. Sempre digo: o cavalo é o carro que Deus deixou
? Foguinho: o parceiro de estrada
Messias Caraça e Foguinho em Santa Isabel
Acervo Pessoal/ Ana Lúcia de Campos
Messias cuida com carinho de Foguinho. Segundo ele, a alimentação é reforçada com milho e ração, e as vacinas estão sempre em dia.
“Tem que cuidar bem do bichinho. Ele é quem me leva pra tudo quanto é canto", destacou.
A charrete também precisa de atenção, os pneus precisam estar calibrados, arreios em ordem e madeira firme.
Quando alguma peça quebra, é preciso improvisar. “Amarro com corda até conseguir levar na oficina perto de casa. E se o pneu fura, levo no borracheiro", completou Caraça.
? Tradição nas ruas e na festa
Messias Caraça na 'Entrada dos Palmitos' de Mogi das Cruzes, em maio de 1998
Acervo Pessoal
Além de usar a charrete no dia a dia, Messias também já participou da tradicional 'Entrada dos Palmitos', em Mogi das Cruzes. Foram dois anos seguidos, 1998 e 1999, desfilando com o carro de boi, acompanhado de outros carreiros da cidade.
“A maioria era de Santa Isabel. A gente ia em grupo e o prefeito de Mogi bancava o frete. Era uma alegria só”, diz, com saudade.
Ele conta que chegou a ter juntas de bois, mas acabou vendendo. “Hoje não tenho mais, mas foram tempos bons. Aquilo sim era bonito de ver”.
*Estagiária sob a supervisão de Gladys Peixoto
Entrada dos Palmitos reúne devotos neste sábado em Mogi das Cruzes
Assista a mais notícias do Alto Tietê
Acervo Pessoal/ Ana Lúcia de Campos
Em tempos de trânsito e buzinas, Messias Caraça de Campos, de 69 anos, mantém a tradição ao utilizar a boa e velha charrete como meio de transporte. Morador do bairro Jaguari, em Santa Isabel, ele não abre mão do transporte que é o símbolo de uma tradição que atravessa gerações em sua família.
“Desde criança via meu pai e meu avô usando. Era assim pra ir na feira, comprar ração, visitar parentes. E eu continuei”, conta Messias.
Atualmente, ele trabalha como caseiro em um sítio em Santa Isabel. Ele corta grama, cuida dos animais e leva ração. Tudo isso com a ajuda do "Foguinho", o cavalo que atrelado a charrete é o companheiro fiel da rotina puxada do campo.
A relação se intensificou quando Caraça casou e foi morar em um sítio. “Precisava de condução pra puxar capim para o gado, visitar a cidade e ir nas casas dos familiares. A charrete foi a solução”, lembra.
Ele usa a charrete apenas em Santa Isabel, pois avalia que é perigoso sair da cidade já que outros motoristas não respeitam. Em casos de viagens mais longas, ele usa a bicicleta ou a motocicleta.
É difícil, tem muito movimento. Alguns motoristas respeitam, outros não. Mas com um cavalo certinho dá tudo certo. Sempre digo: o cavalo é o carro que Deus deixou
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Messias Caraça e Foguinho em Santa Isabel
Acervo Pessoal/ Ana Lúcia de Campos
Messias cuida com carinho de Foguinho. Segundo ele, a alimentação é reforçada com milho e ração, e as vacinas estão sempre em dia.
“Tem que cuidar bem do bichinho. Ele é quem me leva pra tudo quanto é canto", destacou.
A charrete também precisa de atenção, os pneus precisam estar calibrados, arreios em ordem e madeira firme.
Quando alguma peça quebra, é preciso improvisar. “Amarro com corda até conseguir levar na oficina perto de casa. E se o pneu fura, levo no borracheiro", completou Caraça.
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Messias Caraça na 'Entrada dos Palmitos' de Mogi das Cruzes, em maio de 1998
Acervo Pessoal
Além de usar a charrete no dia a dia, Messias também já participou da tradicional 'Entrada dos Palmitos', em Mogi das Cruzes. Foram dois anos seguidos, 1998 e 1999, desfilando com o carro de boi, acompanhado de outros carreiros da cidade.
“A maioria era de Santa Isabel. A gente ia em grupo e o prefeito de Mogi bancava o frete. Era uma alegria só”, diz, com saudade.
Ele conta que chegou a ter juntas de bois, mas acabou vendendo. “Hoje não tenho mais, mas foram tempos bons. Aquilo sim era bonito de ver”.
*Estagiária sob a supervisão de Gladys Peixoto
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