'Errado', 'arriscado' e 'profunda preocupação': nova expansão da guerra em Gaza é criticada dentro e fora de Israel

Benjamin Netanyahu
Jornal Nacional/ Reprodução
O governo israelense de Benjamin Netanyahu está sendo criticado dentro e fora de Israel nesta sexta-feira (8) pelo novo plano de tomar o controle de toda a Faixa de Gaza, confirmado pelo premiê e aprovado por seu gabinete na quinta.
O gabinete de segurança e assuntos políticos de Israel anunciou ter aprovado um plano para ocupar a Cidade de Gaza, na região central do território palestino, que abriga cerca de um milhão de pessoas. Apesar de afirmar que a operação expandida incluirá o fornecimento de ajuda humanitária, há preocupações por um novo deslocamento em massa de palestinos. (Leia mais abaixo)
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O governo do Reino Unido chamou a decisão israelense de "errada" e pediu para que Israel reconsidere imediatamente a decisão. A ONU afirmou nesta sexta-feira que o novo plano de Israel precisa ser "imediatamente interrompido". Já a China expressou "profunda preocupação".
"A decisão do governo israelense de intensificar ainda mais sua ofensiva em Gaza está errada, e pedimos que reconsidere imediatamente. A cada dia, a crise humanitária em Gaza piora e os reféns capturados pelo Hamas continuam sendo mantidos em condições terríveis e desumanas. Precisamos de um cessar-fogo agora", afirmou o premiê britânico, Keir Starmer.
A Turquia "condenou fortemente" a expansão do conflito e disse que Israel precisa interromper seus planos de guerra, e aceitar um cessar-fogo e negociar a Solução de Dois Estados.
Em Israel, famílias de reféns e outros israelenses protestaram contra a nova medida e pediram o retorno imediato dos reféns que ainda estão sob poder do grupo terrorista Hamas em Gaza. Os protestos foram dispersados pela polícia israelense com balas de borracha e bombas de efeito moral.
Parentes de reféns e outros israelenses protestam por um cessar-fogo imediato em Gaza com libertação dos reféns, em Tel Aviv, em 7 de agosto de 2025.
REUTERS/Ammar Awad
Ainda há cerca de 50 reféns israelenses no poder do Hamas, dos quais Israel estima que cerca de 20 estejam vivos.
O novo plano também gerou certa controvérsia dentro da alta cúpula do governo de Israel. Altos oficiais do Exército consideram a ofensiva expandida arriscada e temem que resulte em muitas mortes e riscos para as tropas.
O comandante das Forças Armadas, Eyal Zamir, disse se opor ao plano por representar um risco às vidas dos reféns israelenses em poder do Hamas. Segundo Zamir, as tropas estão exaustas e há o perigo de que elas podem ficar "presas" dentro do território palestino com a nova operação. Em resposta, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o Exército "cumprirá" todas as diretrizes que forem enviadas pelo governo.
Expansão da ocupação em Gaza
Netanyahu confirmou na quinta-feira, em entrevista à TV americana "Fox News" planos de ocupar a totalidade da Faixa de Gaza ao final da guerra, mas disse não ter a intenção de anexar o território, e sim estabelecer um "perímetro de segurança".
Segundo a mídia israelense, a nova investida terá duração prevista de quatro a cinco meses e terá como foco conquistar "novas e vastas" áreas da Cidade de Gaza, com ordens de evacuação à população local e, em seguida, operações militares com tanques de guerra em busca do grupo terrorista Hamas, em locais incluindo campos de tendas de refugiados pela guerra.
A expansão da ofensiva contra o Hamas em Gaza, que já conta com uma operação terrestre robusta desde outubro de 2023 e que se intensificou ao longo do tempo, ocorre após a divulgação de vídeos de reféns israelenses em estado esquelético, o que enfureceu o governo israelense. Um dos reféns afirmou em vídeo "estar à beira da morte", e outro apareceu cavando sua própria cova.
Em comunicado, o gabinete de Benjamin Netanyahu afirmou ter aprovado os planos do primeiro-ministro porque "a maioria absoluta dos ministros do Gabinete acreditava que o plano alternativo apresentado não alcançaria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns".
Segundo as informações divulgadas pelo governo israelense, foram aprovados também cinco princípios para o fim da guerra:
Desarmamento do Hamas;
Retorno de todos os reféns sequestrados — tanto vivos quanto mortos;
Desmilitarização da Faixa de Gaza;
Controle de segurança israelense sobre a Faixa de Gaza;
Estabelecimento de um governo civil alternativo que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.
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Jornal Nacional/ Reprodução
O governo israelense de Benjamin Netanyahu está sendo criticado dentro e fora de Israel nesta sexta-feira (8) pelo novo plano de tomar o controle de toda a Faixa de Gaza, confirmado pelo premiê e aprovado por seu gabinete na quinta.
O gabinete de segurança e assuntos políticos de Israel anunciou ter aprovado um plano para ocupar a Cidade de Gaza, na região central do território palestino, que abriga cerca de um milhão de pessoas. Apesar de afirmar que a operação expandida incluirá o fornecimento de ajuda humanitária, há preocupações por um novo deslocamento em massa de palestinos. (Leia mais abaixo)
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O governo do Reino Unido chamou a decisão israelense de "errada" e pediu para que Israel reconsidere imediatamente a decisão. A ONU afirmou nesta sexta-feira que o novo plano de Israel precisa ser "imediatamente interrompido". Já a China expressou "profunda preocupação".
"A decisão do governo israelense de intensificar ainda mais sua ofensiva em Gaza está errada, e pedimos que reconsidere imediatamente. A cada dia, a crise humanitária em Gaza piora e os reféns capturados pelo Hamas continuam sendo mantidos em condições terríveis e desumanas. Precisamos de um cessar-fogo agora", afirmou o premiê britânico, Keir Starmer.
A Turquia "condenou fortemente" a expansão do conflito e disse que Israel precisa interromper seus planos de guerra, e aceitar um cessar-fogo e negociar a Solução de Dois Estados.
Em Israel, famílias de reféns e outros israelenses protestaram contra a nova medida e pediram o retorno imediato dos reféns que ainda estão sob poder do grupo terrorista Hamas em Gaza. Os protestos foram dispersados pela polícia israelense com balas de borracha e bombas de efeito moral.
Parentes de reféns e outros israelenses protestam por um cessar-fogo imediato em Gaza com libertação dos reféns, em Tel Aviv, em 7 de agosto de 2025.
REUTERS/Ammar Awad
Ainda há cerca de 50 reféns israelenses no poder do Hamas, dos quais Israel estima que cerca de 20 estejam vivos.
O novo plano também gerou certa controvérsia dentro da alta cúpula do governo de Israel. Altos oficiais do Exército consideram a ofensiva expandida arriscada e temem que resulte em muitas mortes e riscos para as tropas.
O comandante das Forças Armadas, Eyal Zamir, disse se opor ao plano por representar um risco às vidas dos reféns israelenses em poder do Hamas. Segundo Zamir, as tropas estão exaustas e há o perigo de que elas podem ficar "presas" dentro do território palestino com a nova operação. Em resposta, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o Exército "cumprirá" todas as diretrizes que forem enviadas pelo governo.
Expansão da ocupação em Gaza
Netanyahu confirmou na quinta-feira, em entrevista à TV americana "Fox News" planos de ocupar a totalidade da Faixa de Gaza ao final da guerra, mas disse não ter a intenção de anexar o território, e sim estabelecer um "perímetro de segurança".
Segundo a mídia israelense, a nova investida terá duração prevista de quatro a cinco meses e terá como foco conquistar "novas e vastas" áreas da Cidade de Gaza, com ordens de evacuação à população local e, em seguida, operações militares com tanques de guerra em busca do grupo terrorista Hamas, em locais incluindo campos de tendas de refugiados pela guerra.
A expansão da ofensiva contra o Hamas em Gaza, que já conta com uma operação terrestre robusta desde outubro de 2023 e que se intensificou ao longo do tempo, ocorre após a divulgação de vídeos de reféns israelenses em estado esquelético, o que enfureceu o governo israelense. Um dos reféns afirmou em vídeo "estar à beira da morte", e outro apareceu cavando sua própria cova.
Em comunicado, o gabinete de Benjamin Netanyahu afirmou ter aprovado os planos do primeiro-ministro porque "a maioria absoluta dos ministros do Gabinete acreditava que o plano alternativo apresentado não alcançaria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns".
Segundo as informações divulgadas pelo governo israelense, foram aprovados também cinco princípios para o fim da guerra:
Desarmamento do Hamas;
Retorno de todos os reféns sequestrados — tanto vivos quanto mortos;
Desmilitarização da Faixa de Gaza;
Controle de segurança israelense sobre a Faixa de Gaza;
Estabelecimento de um governo civil alternativo que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.
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