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Breno Moroni, o Mascarado Adonay de "A Viagem", revive trajetória e fala sobre vida artística em MS

Breno Moroni, o Mascarado Adonay de "A Viagem", revive trajetória e fala sobre vida artística em MS
Ator que interpretou o icônico personagem na novela de 1994 relembra bastidores, carreira internacional e projetos atuais no estado. O Mascarado Adonay. Interpretado por Breno Moroni.
Reprodução
Com a volta da novela A Viagem (1994) à programação da TV Globo nesta segunda-feira (12), um personagem misterioso retorna à cena e à memória do público: o Mascarado Adonay. Interpretado por Breno Moroni, o artista que deu vida ao enigmático mímico vive atualmente em Mato Grosso do Sul, onde segue uma carreira ativa no teatro e no cinema.
O papel surgiu quase por acaso — e com desafio dobrado. “Me chamaram numa sexta-feira para gravar na segunda. Era um monólogo enorme, mas o som abafado da máscara não funcionava. Transformei tudo em mímica”, relembra o ator.
A limitação técnica acabou dando origem à principal característica do personagem. A trama escrita por Ivani Ribeiro, com colaboração de Solange Castro Neves, é uma releitura da novela exibida originalmente em 1975, na extinta TV Tupi. Para construir a narrativa de A Viagem, Ivani se inspirou em obras do espiritismo. A autora baseou-se nos livros Nosso Lar e E a Vida Continua, ambos psicografados por Chico Xavier (1910–2002) e atribuídos ao espírito André Luiz.
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Adonay começou como um papel pequeno, mas acabou conquistando o público. “Soube que outros atores não quiseram por esconder o rosto. Eu encarei. Enquanto alguns querem aparecer, eu preferi o desafio”, diz Breno, que viria a atuar em outras novelas como Vira-Lata, O Clone e Kubanacan.
A trajetória de Breno Moroni é marcada pela linguagem do corpo. Natural de Petrópolis (RJ) e formado na Escola de Teatro da FEFIERJ, no Rio de Janeiro, ele expandiu seus estudos para técnicas circenses na Inglaterra, usando habilidades como acrobacia e expressão corporal para enriquecer suas performances. Sua arte já percorreu mais de 15 países.
“O Mascarado exigia muita preparação física e criatividade. Se eu soubesse Libras na época, teria feito melhor ainda. Anos depois, aprendi ao trabalhar com uma companhia de surdos”, afirma.
Durante as gravações de A Viagem, o mistério ia além das cenas. Para preservar o suspense, Breno evitava mostrar o rosto inclusive nos bastidores. “Prendia o cabelo, não tirava a máscara. Até inventamos uma foto falsa com uma paparazzo pra despistar a imprensa”, brinca.
Apesar de ter feito outras participações marcantes na televisão, foi Adonay que se tornou inesquecível. “Não imaginava que marcaria tanto. É o papel que ficou”.
Hoje, aos 71 anos, Breno mora em Mato Grosso do Sul.
Reprodução
Hoje, aos 71 anos, Breno mora em Mato Grosso do Sul. Chegou ao estado para visitar a filha e acabou sendo inserido no grupo Circo do Mato, em Campo Grande. Desde então, passou a atuar em produções locais e nacionais, com agenda cheia. Esteve em cartaz em festivais como o Boca de Cena e outros e, no momento, grava um longa-metragem em Corumbá.
Também participa de um documentário com a cineasta Thaís Umar, ao lado de artistas indígenas, além de ter atuado nos filmes Les Garçons e A Verdade Não Existe.
Sobre a nova exibição da novela, Breno celebra. “A Viagem trouxe uma abordagem espiritual e sensível que fugia do óbvio. Tocou muita gente. Foi uma obra bonita e transformadora”.
o Mascarado Adonay, em A Viagem (1994).
Reprodução
E se reencontrasse hoje o Mascarado Adonay? Ele responde com leveza: “Não falaria nada. Só em mímica mesmo. Mas deixaria meus parabéns à equipe”.
A reprise de A Viagem vai ao ar de segunda a sexta, no Vale a Pena Ver de Novo, na TV Globo.
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