Gol conclui processo de recuperação judicial nos EUA

A companhia planeja agora ampliar sua frota e lançar novos voos e rotas no Brasil e no exterior, afirma o presidente-executivo, Celso Ferrer. Gol Linhas Aéreas
Divulgação/Gol Linhas Aéreas
A companhia aérea Gol concluiu nesta sexta-feira (6) o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. Segundo o presidente-executivo, Celso Ferrer, a empresa agora planeja ampliar sua frota e lançar novos voos e rotas no Brasil e no exterior.
Em 2024, a Gol foi a segunda companhia aérea brasileira a recorrer à Justiça dos EUA para reestruturar suas finanças, em um procedimento conhecido como Chapter 11 — semelhante à recuperação judicial brasileira. A Latam fez o mesmo em 2020.
A decisão foi motivada por atrasos na entrega de aeronaves e pelos efeitos prolongados da pandemia. No mês passado, a Azul, principal concorrente da Gol, também entrou com um pedido semelhante na Justiça norte-americana.
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Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela Azul, as negociações para uma possível parceria com a Gol continuam em andamento, afirmou Ferrer. No entanto, ele ressaltou que um acordo final "só acontecerá se for para acrescentar resultados, ampliar rotas, impulsionar o crescimento e beneficiar a todos".
As conversas sobre a fusão de negócios, formalizadas por meio de um memorando de entendimento em janeiro, estão sendo lideradas pelo Abra Group, holding que controla a Gol e a colombiana Avianca.
Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
Ambiente difícil
O setor de aviação brasileiro enfrenta uma série de desafios, destacou Ferrer, mencionando os altos custos atrelados ao dólar e o excesso de litígios. Analistas frequentemente apontam a instabilidade econômica do país e o preço do combustível de aviação — mais elevado do que a média global — como os principais fatores que dificultam o crescimento da indústria.
"Estamos saindo super fortes. É um plano de cinco anos que se sustenta. A gente fez esse plano sem contar com a ajuda do governo", disse Ferrer. "Precisamos [o setor aéreo] de uma agenda mais estruturante para resolver a longo prazo esse setor."
"O que eu coloquei no meu plano é um crescimento, sim, mas se a gente olhar para o potencial que tem o Brasil, ele poderia ser muito maior", acrescentou.
A Gol pretende otimizar a utilização de suas aeronaves e manter os custos sob controle para retomar, até 2026, o nível de operação que tinha antes da pandemia, afirmou Ferrer. Os planos de expansão incluem novos voos domésticos e rotas internacionais, com foco especial na faixa que vai do sul da Flórida ao sul da Argentina.
"Nossa meta é atingir a capacidade que tínhamos em 2019 até 2026. Portanto, só depois de sete anos é que retornaremos ao tamanho que tínhamos no mercado doméstico", disse Ferrer. "Durante a crise, tivemos até 30 aeronaves paradas e teremos zero até o primeiro trimestre de 2026."
A companhia aérea possui atualmente cerca de US$ 900 milhões em reservas de caixa e segue com o processo de modernização da frota. A Gol planeja receber cinco aeronaves Boeing 737 MAX ainda este ano e, em 2024, finalizou a revisão de mais de 50 motores.
No entanto, Ferrer afirmou que a empresa está "atenta às oportunidades envolvendo a Embraer". Atualmente, toda a frota da Gol é composta por aviões da Boeing.
Divulgação/Gol Linhas Aéreas
A companhia aérea Gol concluiu nesta sexta-feira (6) o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. Segundo o presidente-executivo, Celso Ferrer, a empresa agora planeja ampliar sua frota e lançar novos voos e rotas no Brasil e no exterior.
Em 2024, a Gol foi a segunda companhia aérea brasileira a recorrer à Justiça dos EUA para reestruturar suas finanças, em um procedimento conhecido como Chapter 11 — semelhante à recuperação judicial brasileira. A Latam fez o mesmo em 2020.
A decisão foi motivada por atrasos na entrega de aeronaves e pelos efeitos prolongados da pandemia. No mês passado, a Azul, principal concorrente da Gol, também entrou com um pedido semelhante na Justiça norte-americana.
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As conversas sobre a fusão de negócios, formalizadas por meio de um memorando de entendimento em janeiro, estão sendo lideradas pelo Abra Group, holding que controla a Gol e a colombiana Avianca.
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"Estamos saindo super fortes. É um plano de cinco anos que se sustenta. A gente fez esse plano sem contar com a ajuda do governo", disse Ferrer. "Precisamos [o setor aéreo] de uma agenda mais estruturante para resolver a longo prazo esse setor."
"O que eu coloquei no meu plano é um crescimento, sim, mas se a gente olhar para o potencial que tem o Brasil, ele poderia ser muito maior", acrescentou.
A Gol pretende otimizar a utilização de suas aeronaves e manter os custos sob controle para retomar, até 2026, o nível de operação que tinha antes da pandemia, afirmou Ferrer. Os planos de expansão incluem novos voos domésticos e rotas internacionais, com foco especial na faixa que vai do sul da Flórida ao sul da Argentina.
"Nossa meta é atingir a capacidade que tínhamos em 2019 até 2026. Portanto, só depois de sete anos é que retornaremos ao tamanho que tínhamos no mercado doméstico", disse Ferrer. "Durante a crise, tivemos até 30 aeronaves paradas e teremos zero até o primeiro trimestre de 2026."
A companhia aérea possui atualmente cerca de US$ 900 milhões em reservas de caixa e segue com o processo de modernização da frota. A Gol planeja receber cinco aeronaves Boeing 737 MAX ainda este ano e, em 2024, finalizou a revisão de mais de 50 motores.
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