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Gasolina acumula redução, mas preços para o consumidor final crescem desde 2022 em Campinas; entenda

Gasolina acumula redução, mas preços para o consumidor final crescem desde 2022 em Campinas; entenda
Dados da ANP mostram que preços na metrópole ficaram acima de R$ 6 de janeiro a maio de 2025, patamar que não era atingido desde junho de 2022. Impostos e demora no repasse podem explicar diferenças nos valores. Gasolina acumula redução, mas preços para o consumidor final crescem desde 2022 em Campinas
Reprodução/EPTV
A Petrobras anunciou a redução de R$ 0,17, o equivalente a 5,6%, no preço da gasolina a partir desta terça-feira (3), e, com o novo reajuste, a empresa acumula diminuição de R$ 0,22 por litro do combustível desde dezembro de 2022.
Porém, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que os preços em Campinas ficaram acima dos R$ 6 de janeiro a maio deste ano, patamar que não era atingido desde junho de 2022. Entenda abaixo.
O economista Pedro de Miranda Costa, do Observatório PUC-Campinas, aponta que, com o reajuste, os preços da Refinaria de Paulínia (Replan) se aproximam dos praticados em outubro de 2023. Com isso, a expectativa seria de que o valor nos postos se aproximasse ao da mesma época, ou seja, cerca de R$ 5,6.
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Reajuste
Com o anúncio feito pela Petrobras, o preço médio da gasolina A vendida às distribuidoras passa a ser de R$ 2,85 por litro — uma redução de R$ 0,17, o equivalente a 5,6%. Os preços dos demais combustíveis permanecem inalterados.
"Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08/litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C", diz a nota da empresa.
Ainda segundo a empresa, com o novo reajuste, a Petrobras acumula uma redução de R$ 0,22 por litro no preço da gasolina para as distribuidoras desde dezembro de 2022, o que representa uma queda de 7,3%.
Repasses inferiores
Apesar da redução acumulada, dados da ANP mostram que os preços da gasolina comum revendida nos postos de combustíveis de Campinas ficaram acima dos R$ 6, de janeiro a maio deste ano. Esse patamar não era atingido desde junho de 2022. Confira abaixo.

Preços na bomba
De acordo com o presidente da Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da metrópole (Recap), Emilio Martins, um dos fatores que pode explicar a diferença entre os preços da Petrobras e os praticados na revenda é a demora no repasse da redução por parte das distribuidoras.
"Toda vez que mexe no preço da Petrobras, a revenda sofre na mão das distribuidoras. Quando sobe o produto, elas imediatamente sobem, muitas vezes, a mais do que deveria. Quando desce, o problema é inverso. Ele demora pra descer", afirma.
Ainda segundo Martins, a redução só chega às bombas quando os postos de combustíveis têm acesso a valores menores. "Então, uma redução que deveria girar em torno de 10 a 12 centavos, tem revendedor que recebeu 4. Como é que faz? É um problema isso 'pra' nós", diz o presidente do sindicato.
Além disso, segundo a Petrobras, os preços praticados pela empresa representam apenas cerca de um terço do valor final pago pelos consumidores.
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A petroleira explica que o preço da gasolina nas bombas é composto por diversos fatores. São eles:
Custos e margem de lucro de distribuidoras e revendedores;
Custo do etanol anidro, que é misturado à gasolina A para formar a gasolina C;
Impostos federais, como Cide, PIS/Pasep e Cofins;
Imposto estadual (ICMS), cuja alíquota varia conforme a unidade da federação.
"O ICMS aumentou, o PIS, o Cofins aumentaram. E não é só o preço da gasolina da bomba, também tem um outro ingrediente que não é desprezível, que é o anidro. Quando o anidro sobe, ele influencia no preço também", avalia Martins.
Em 2025 e 2024, o ICMS sobre a gasolina sofreu aumentos de R$ 0,10 por litro e de R$ 0,15 por litro, respectivamente. Em 2023, a mudança na cobrança do imposto já gerava a expectativa de aumento de 5% no combustível no Estado de São Paulo.
De acordo com o economista Pedro de Miranda Costa, do Observatório PUC-Campinas, com o novo reajuste, os preços da Refinaria de Paulínia (Replan) se aproximam dos praticados em outubro de 2023.
"Seria razoável supor que a gente almejasse chegar para esse nível de preço, nas distribuidoras e na revenda, o que na revenda fica próximo de R$ 5,6", avalia o economista.
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