Prima de indígena queimado com marca de gado diz que agressão foi considerada como brincadeira por caseiros: 'Tratado como animal'

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Segundo a família da vítima, um vaqueiro teria agredido o jovem enquanto estavam marcando um bezerro. Adolescente foi levado para o hospital e a família pede justiça. Criança indígena é ferida com ferro de marcar gado; saiba mais
Um adolescente indígena de 15 anos teve uma queimadura de segundo grau após ser ferido com um ferro de marcar gado. O jovem estava ajudando a marcar animais quando teria sido agredido por um vaqueiro, segundo a família. A prima da vítima, Koynakaru Karaja, informou que o caso foi tratado como 'brincadeira' pelos caseiros da propriedade rural.
"O pai [do adolescente] foi no retiro perguntar o que aconteceu o vaqueiro já não estava mais lá e os caseiros falaram que foi um ato de brincadeira, que não sabia e que foi uma brincadeira. Que brincadeira de mau gosto. Mas isso não existe, não tem essa possibilidade de ter essa brincadeira. Isso é inaceitável, a gente não pode aceitar, nós estamos muito indignados. Nós querendo justiça. Foi tratado como um animal", disse.
O nome do suspeito não foi divulgado, por isso o g1 não conseguiu contato com a defesa dele.
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O caso aconteceu na segunda-feira (28), próximo da aldeia Barreira Branca, em Sandolândia. Segundo a Polícia Civil, a responsável pela vítima relatou que a agressão teria acontecido de forma repentina, sem qualquer discussão prévia, enquanto o adolescente auxiliava no controle do rebanho. Não foi informado se o gado era dos próprios indígenas.
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Nas imagens cedidas pela família é possível ver a marca do ferro nas costas do adolescente, formando um número 5 de ponta-cabeça. Segundo a prima, os familiares buscam justiça depois a agressão contra o adolescente.
"Foi um ato inaceitável, não teve nenhum momento de brincadeira, não teve abertura para isso e não tem explicação. A família toda está muito indignada, a gente quer justiça, a gente precisa de justiça", contou.
Adolescente indígena é agredido com ferro quente usado para marcar gado na Ilha do Bananal
Divulgação/Arquivo pessoal
Marca de gado em jovem indígena
Conforme a Polícia Civil, a agressão aconteceu em uma propriedade localizada no Retiro Moita Verde, na Ilha do Bananal. A tia da vítima, Ana Fatima Mahiru Karaja, informou que o pai do jovem tinha saído e pediu para que o filho fosse receber um gado na propriedade. O adolescente iria apenas para ajudar a marcar o animal.
"Meu sobrinho foi lá para ajudar a marcar esse gado. E o meu sobrinho estava segurando uma bezerra, e o tio dele também segurando pelas patas da bezerra. Aí esse cara veio, marcou a bezerra, e quando ele ia saindo com a marca, ele encostou a marca no menino, nas costas dele, marcando o menino. O menino, quando chegou em casa não falou nada para a mãe. Ele só foi falar a tarde, porque estava ardendo e ele pediu para a mãe dar uma olhada, porque o rapaz tinha encostado o ferro quente nele", explicou.
O Instituto dos Caciques e Povos Indígenas da Ilha do Bananal publicou nota de repúdio sobre agressão e afirmou que o jovem "foi covardemente marcado com ferro quente durante uma ação de marcação de gado que ocorria dentro da Terra Indígena". O ICAPIB ainda disse que a forma como o jovem foi tratado se configura como racismo e tortura.
Adolescente indígena é agredido com ferro quente usado para marcar gado na Ilha do Bananal
Divulgação/Arquivo pessoal
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas informou que o jovem está sendo acompanhando por uma equipe médica e psicóloga da Secretaria Especial de Saúde Indígena polo de Sandolândia. Já a Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais informou que "não possui informações sobre novas ocorrências dessa natureza no momento".
As investigações serão realizadas pela 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia, que adotará as providências legais para apuração dos fatos.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
Um adolescente indígena de 15 anos teve uma queimadura de segundo grau após ser ferido com um ferro de marcar gado. O jovem estava ajudando a marcar animais quando teria sido agredido por um vaqueiro, segundo a família. A prima da vítima, Koynakaru Karaja, informou que o caso foi tratado como 'brincadeira' pelos caseiros da propriedade rural.
"O pai [do adolescente] foi no retiro perguntar o que aconteceu o vaqueiro já não estava mais lá e os caseiros falaram que foi um ato de brincadeira, que não sabia e que foi uma brincadeira. Que brincadeira de mau gosto. Mas isso não existe, não tem essa possibilidade de ter essa brincadeira. Isso é inaceitável, a gente não pode aceitar, nós estamos muito indignados. Nós querendo justiça. Foi tratado como um animal", disse.
O nome do suspeito não foi divulgado, por isso o g1 não conseguiu contato com a defesa dele.
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O caso aconteceu na segunda-feira (28), próximo da aldeia Barreira Branca, em Sandolândia. Segundo a Polícia Civil, a responsável pela vítima relatou que a agressão teria acontecido de forma repentina, sem qualquer discussão prévia, enquanto o adolescente auxiliava no controle do rebanho. Não foi informado se o gado era dos próprios indígenas.
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"Foi um ato inaceitável, não teve nenhum momento de brincadeira, não teve abertura para isso e não tem explicação. A família toda está muito indignada, a gente quer justiça, a gente precisa de justiça", contou.
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Divulgação/Arquivo pessoal
Marca de gado em jovem indígena
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"Meu sobrinho foi lá para ajudar a marcar esse gado. E o meu sobrinho estava segurando uma bezerra, e o tio dele também segurando pelas patas da bezerra. Aí esse cara veio, marcou a bezerra, e quando ele ia saindo com a marca, ele encostou a marca no menino, nas costas dele, marcando o menino. O menino, quando chegou em casa não falou nada para a mãe. Ele só foi falar a tarde, porque estava ardendo e ele pediu para a mãe dar uma olhada, porque o rapaz tinha encostado o ferro quente nele", explicou.
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Divulgação/Arquivo pessoal
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As investigações serão realizadas pela 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia, que adotará as providências legais para apuração dos fatos.
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