‘Musk deve ficar fora da política’, diz secretário do Tesouro dos EUA
Declaração foi feita após Elon Musk anunciar a criação do "America Party", em ruptura com Trump; mercado financeiro já reage e gestora adia lançamento de fundo ligado à Tesla. Bilionário Elon Musk, dono do X, SpaceX e Tesla.
Getty Images via BBC
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou neste domingo (6) que Elon Musk deveria deixar de lado suas ambições políticas e se concentrar na gestão de suas empresas, como a Tesla e a SpaceX.
A declaração foi feita um dia após o bilionário anunciar a criação de um novo partido político, o "America Party", em meio a um racha com o presidente Donald Trump.
"Imagino que os conselhos administrativos da Tesla e da SpaceX não tenham gostado desse anúncio e vão encorajá-lo a focar nos negócios, não na política", disse Bessent durante entrevista ao programa State of the Union, da CNN.
A fala do secretário veio na esteira do anúncio de Musk no sábado (5), em que o empresário declarou estar formando uma nova sigla política para combater parlamentares republicanos que apoiaram um pacote fiscal defendido por Trump.
A proposta, que corta impostos e aumenta gastos com defesa e segurança de fronteira, foi aprovada no Congresso com apoio unânime dos republicanos.
Musk, que por anos foi aliado do presidente e chegou a atuar como conselheiro da Casa Branca, afirmou que o projeto — apelidado por Trump de “o grande e belo projeto” — levará o país à falência.
Como reação, prometeu que o "America Party" [partido americano, em tradução livre] vai tentar derrotar legisladores republicanos nas eleições de meio de mandato de 2026.
Mercado reage
A movimentação política do bilionário já começou a gerar efeitos financeiros. A gestora Azoria Partners, que pretendia lançar nesta semana um fundo de índice (ETF) atrelado à Tesla, anunciou o adiamento do lançamento, citando um "conflito com as obrigações de Musk como CEO".
"Encorajo o conselho da Tesla a se reunir imediatamente para pedir esclarecimentos sobre as ambições políticas de Elon e avaliar se elas são compatíveis com sua função executiva", escreveu o CEO da Azoria, James Fishback, na rede X (antigo Twitter).
Fishback, que declarou apoio a Trump, afirmou no domingo: "Elon não nos deixou outra escolha."
Trump responde e ameaça cortar subsídios
O presidente, que nos últimos anos recebeu apoio financeiro e político de Musk, reagiu com críticas. Segundo Trump, o bilionário estaria “descontente porque o pacote aprovado revoga créditos fiscais para veículos elétricos da Tesla”. O presidente ainda ameaçou retirar bilhões de dólares em subsídios e contratos públicos que hoje beneficiam a Tesla e a SpaceX.
A Casa Branca evitou comentar diretamente o novo partido, mas destacou que o projeto fiscal mostra a força da base republicana. "Como líder do Partido Republicano, o presidente Trump unificou e fortaleceu o partido como nunca vimos", afirmou o porta-voz Harrison Fields.
Racha pode beneficiar democratas
O Partido Democrata reagiu ao embate entre Musk e Trump com otimismo. “O partido MAGA [Torne a América Grande Novamente, em tradução livre] de Trump está se partindo após seu orçamento desastroso", afirmou Abhi Rahman, porta-voz do Comitê Nacional Democrata. "Os republicanos estão percebendo que assinaram sua própria demissão e agora procuram alguém para culpar."
Mesmo com as críticas, aliados de Trump seguem defendendo o projeto aprovado. “Esse grande e belo projeto vai turbinar o crescimento econômico”, disse Stephen Miran, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da presidência, ao canal ABC.
Donald Trump e Elon Musk rompem e trocam acusações
Getty Images via BBC
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou neste domingo (6) que Elon Musk deveria deixar de lado suas ambições políticas e se concentrar na gestão de suas empresas, como a Tesla e a SpaceX.
A declaração foi feita um dia após o bilionário anunciar a criação de um novo partido político, o "America Party", em meio a um racha com o presidente Donald Trump.
"Imagino que os conselhos administrativos da Tesla e da SpaceX não tenham gostado desse anúncio e vão encorajá-lo a focar nos negócios, não na política", disse Bessent durante entrevista ao programa State of the Union, da CNN.
A fala do secretário veio na esteira do anúncio de Musk no sábado (5), em que o empresário declarou estar formando uma nova sigla política para combater parlamentares republicanos que apoiaram um pacote fiscal defendido por Trump.
A proposta, que corta impostos e aumenta gastos com defesa e segurança de fronteira, foi aprovada no Congresso com apoio unânime dos republicanos.
Musk, que por anos foi aliado do presidente e chegou a atuar como conselheiro da Casa Branca, afirmou que o projeto — apelidado por Trump de “o grande e belo projeto” — levará o país à falência.
Como reação, prometeu que o "America Party" [partido americano, em tradução livre] vai tentar derrotar legisladores republicanos nas eleições de meio de mandato de 2026.
Mercado reage
A movimentação política do bilionário já começou a gerar efeitos financeiros. A gestora Azoria Partners, que pretendia lançar nesta semana um fundo de índice (ETF) atrelado à Tesla, anunciou o adiamento do lançamento, citando um "conflito com as obrigações de Musk como CEO".
"Encorajo o conselho da Tesla a se reunir imediatamente para pedir esclarecimentos sobre as ambições políticas de Elon e avaliar se elas são compatíveis com sua função executiva", escreveu o CEO da Azoria, James Fishback, na rede X (antigo Twitter).
Fishback, que declarou apoio a Trump, afirmou no domingo: "Elon não nos deixou outra escolha."
Trump responde e ameaça cortar subsídios
O presidente, que nos últimos anos recebeu apoio financeiro e político de Musk, reagiu com críticas. Segundo Trump, o bilionário estaria “descontente porque o pacote aprovado revoga créditos fiscais para veículos elétricos da Tesla”. O presidente ainda ameaçou retirar bilhões de dólares em subsídios e contratos públicos que hoje beneficiam a Tesla e a SpaceX.
A Casa Branca evitou comentar diretamente o novo partido, mas destacou que o projeto fiscal mostra a força da base republicana. "Como líder do Partido Republicano, o presidente Trump unificou e fortaleceu o partido como nunca vimos", afirmou o porta-voz Harrison Fields.
Racha pode beneficiar democratas
O Partido Democrata reagiu ao embate entre Musk e Trump com otimismo. “O partido MAGA [Torne a América Grande Novamente, em tradução livre] de Trump está se partindo após seu orçamento desastroso", afirmou Abhi Rahman, porta-voz do Comitê Nacional Democrata. "Os republicanos estão percebendo que assinaram sua própria demissão e agora procuram alguém para culpar."
Mesmo com as críticas, aliados de Trump seguem defendendo o projeto aprovado. “Esse grande e belo projeto vai turbinar o crescimento econômico”, disse Stephen Miran, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da presidência, ao canal ABC.
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