Museu Nacional abre as portas ao público pela primeira vez desde o incêndio

A partir de quarta-feira (2), visitantes podem reencontrar o meteorito Bendegó, conhecer o esqueleto de um
cachalote, e ver de perto o avanço das ações de restauro. O g1 acompanhou as obras de restauração do Museu Nacional
A partir da quarta-feira (2), o Museu Nacional reabre suas portas ao público pela primeira vez desde 2018, quando um incêndio destruiu o prédio histórico e seu acervo, com mais de 20 milhões de itens.
A programação especial “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional” acontece de terça a domingo, até o dia 31 de agosto, e tem entrada franca, com ingressos disponíveis na plataforma Sympla.
Visitantes poderão testemunhar os avanços no restauro do palácio, reencontrar o icônico meteorito Bendegó e conhecer uma nova peça da instituição: o esqueleto de um cachalote, que tem 15,7 metros de comprimento e está afixado na nova claraboia do edifício. Três ambientes fazem parte da exposição, que articula natureza, patrimônio e arte.
O Bendegó é considerado um dos 'tesouros' do Museu Nacional
Felipe Cohen / PMNV
O trajeto começa na entrada principal, com o meteorito Bendegó, que se tornou um símbolo de resistência da instituição depois de resistir às chamas. A pedra, que pesa 5,6 toneladas, foi achada em 1784 perto de um riacho no interior da Bahia e levou quase um ano para chegar ao Rio. A peça foi levada para o Museu Nacional a mando do Imperador Dom Pedro II, em 1888, e permaneceu no local desde então.
Ele, assim como os outros exemplares da coleção de meteorítica, estão acompanhados das obras de Gustavo Caboco, artista visual wapichana, que ressignificou o meteorito para produzir uma série de trabalhos artísticos em conjunto com sua família.
Uma das novidadesdo acervo, esqueleto de três toneladas pende das novas claraboias do Museu Nacional
Reprodução
Já no pátio da escadaria monumental, o destaque é o esqueleto do cachalote. A preparação da peça envolveu um trabalho especializado de restauro e preparação do material biológico que durou cerca de dois meses, com procedimentos como consolidação óssea, pintura e até reposição de algumas estruturas esqueléticas do cetáceo, além do içamento e da afixação das peças que somam cerca de três toneladas.
O esqueleto é uma das novidades do acervo, que chegou a cerca de 14 mil peças depois de uma extensa campanha de recomposição. E ele ainda não tem um nome. O Museu está lançando uma campanha para que a população batize o exemplar, que é o maior da sua espécie a ser exibido na América do Sul.
A terceira e última sala é dedicada à história do Museu e à reconstrução do palácio. A exposição destaca aspectos arquitetônicos e de restauro e conta com peças do acervo original sobrevivente, como duas esculturas de mármore de Carrara. Ornamentos artísticos, tanto originais quanto réplicas, também estão expostos, assim como uma série de imagens sobre o trabalho na obra.
Estátua de mármore de Carrara é parte do acervo que sobreviveu ao incêncio do Museu Nacional
Reprodução
A exposição foi realizada em parceria com o Projeto Museu Nacional Vive, uma cooperação técnica entre a UFRJ, A UNESCO e o Instituto Cultural Vale.
“É um momento histórico: poder, mesmo que por pouco tempo, abrir uma pequena parte do palácio para visitação! Toda a sociedade está convidada a participar dessa nova fase do Museu!”, disse Alexander Kellner, diretor do museu. Ele também destacou a resiliência dos trabalhadores da instituição, a excelência das ações de restauro que estão em andamento e a relevância científica do seu acervo.
Lucia Basto, gerente executiva do Projeto Museu Nacional Vive conta que “será possível apreciar também alguns elementos artísticos restaurados na sala do Bendegó que, mesmo antes do incêndio, estavam encobertos por camadas de tinta”.
cachalote, e ver de perto o avanço das ações de restauro. O g1 acompanhou as obras de restauração do Museu Nacional
A partir da quarta-feira (2), o Museu Nacional reabre suas portas ao público pela primeira vez desde 2018, quando um incêndio destruiu o prédio histórico e seu acervo, com mais de 20 milhões de itens.
A programação especial “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional” acontece de terça a domingo, até o dia 31 de agosto, e tem entrada franca, com ingressos disponíveis na plataforma Sympla.
Visitantes poderão testemunhar os avanços no restauro do palácio, reencontrar o icônico meteorito Bendegó e conhecer uma nova peça da instituição: o esqueleto de um cachalote, que tem 15,7 metros de comprimento e está afixado na nova claraboia do edifício. Três ambientes fazem parte da exposição, que articula natureza, patrimônio e arte.
O Bendegó é considerado um dos 'tesouros' do Museu Nacional
Felipe Cohen / PMNV
O trajeto começa na entrada principal, com o meteorito Bendegó, que se tornou um símbolo de resistência da instituição depois de resistir às chamas. A pedra, que pesa 5,6 toneladas, foi achada em 1784 perto de um riacho no interior da Bahia e levou quase um ano para chegar ao Rio. A peça foi levada para o Museu Nacional a mando do Imperador Dom Pedro II, em 1888, e permaneceu no local desde então.
Ele, assim como os outros exemplares da coleção de meteorítica, estão acompanhados das obras de Gustavo Caboco, artista visual wapichana, que ressignificou o meteorito para produzir uma série de trabalhos artísticos em conjunto com sua família.
Uma das novidadesdo acervo, esqueleto de três toneladas pende das novas claraboias do Museu Nacional
Reprodução
Já no pátio da escadaria monumental, o destaque é o esqueleto do cachalote. A preparação da peça envolveu um trabalho especializado de restauro e preparação do material biológico que durou cerca de dois meses, com procedimentos como consolidação óssea, pintura e até reposição de algumas estruturas esqueléticas do cetáceo, além do içamento e da afixação das peças que somam cerca de três toneladas.
O esqueleto é uma das novidades do acervo, que chegou a cerca de 14 mil peças depois de uma extensa campanha de recomposição. E ele ainda não tem um nome. O Museu está lançando uma campanha para que a população batize o exemplar, que é o maior da sua espécie a ser exibido na América do Sul.
A terceira e última sala é dedicada à história do Museu e à reconstrução do palácio. A exposição destaca aspectos arquitetônicos e de restauro e conta com peças do acervo original sobrevivente, como duas esculturas de mármore de Carrara. Ornamentos artísticos, tanto originais quanto réplicas, também estão expostos, assim como uma série de imagens sobre o trabalho na obra.
Estátua de mármore de Carrara é parte do acervo que sobreviveu ao incêncio do Museu Nacional
Reprodução
A exposição foi realizada em parceria com o Projeto Museu Nacional Vive, uma cooperação técnica entre a UFRJ, A UNESCO e o Instituto Cultural Vale.
“É um momento histórico: poder, mesmo que por pouco tempo, abrir uma pequena parte do palácio para visitação! Toda a sociedade está convidada a participar dessa nova fase do Museu!”, disse Alexander Kellner, diretor do museu. Ele também destacou a resiliência dos trabalhadores da instituição, a excelência das ações de restauro que estão em andamento e a relevância científica do seu acervo.
Lucia Basto, gerente executiva do Projeto Museu Nacional Vive conta que “será possível apreciar também alguns elementos artísticos restaurados na sala do Bendegó que, mesmo antes do incêndio, estavam encobertos por camadas de tinta”.
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