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Homem confessa ter ateado fogo em companheira no Paraná, diz estar arrependido e pergunta a juiz: 'Ela está bem?'

Homem confessa ter ateado fogo em companheira no Paraná, diz estar arrependido e pergunta a juiz: 'Ela está bem?'
Em depoimento à polícia, José Rodrigo Bandura, negou o crime, mas mudou a versão durante audiência de custódia. Ele segue preso preventivamente. Mulher teve 30% do corpo queimado e segue internada em ala especializada. Em audiência de custódia, homem confessa e diz que se arrepende de atear fogo em mulher
José Rodrigo Bandura, de 39 anos, confessou ter ateado fogo na companheira em Maringá, no norte do Paraná. Ele está sendo investigado por tentativa de feminicídio.
Em depoimento à Polícia Civil (PC-PR), ele negou ter cometido o crime. Mas na audiência de custódia realizada na última sexta-feira (6), diante de um juiz, ele afirmou que agiu por impulso, disse estar arrependido e perguntou se a mulher está bem. Assista acima.
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A vítima, de 47 anos, ficou com 30% do corpo queimado. Ela foi levada em estado grave ao Hospital Universitário de Maringá e foi transferida na sexta-feira para uma ala especializada em queimaduras do Hospital Universitário de Londrina, onde continua internada.
O caso foi registrado na noite desta quarta-feira (4), no bairro Jardim Oriental e foi registrado por câmeras de segurança. José foi preso em flagrante no dia da ocorrência e, após a audiência de custódia, a Justiça decidiu que ele deve permanecer preso preventivamente.
Nas imagens da audiência, José é questionado pelo advogado e afirma ter prestado os primeiros socorros à mulher. Em seguida, ele confirma não ter tido a intenção de atear fogo na vítima e diz estar arrependido.
Após as instruções e a determinação da prisão preventiva, José pede para fazer uma pergunta e questiona se o juiz sabe se a mulher está bem. Em resposta, o magistrado afirma que não sabe.
José confessou ter ateado fogo na mulher e disse estar arrependido.
Reprodução
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Na última sexta-feira, o advogado Marcelo Jacomossi, que atua na defesa de José Rodrigo Bandura, enviou uma nota ao g1 dizendo está auxiliando a autoridade policial na apuração do caso, a fim de entender se o representado ateou ou não fogo na vítima. Disse também que "neste momento busca evitar conclusões precipitadas".
A defesa foi procurada nesta segunda-feira (9) para um novo posicionamento, mas ainda não se manifestou.
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Em depoimento, José negou ter colocado fogo na mulher
Em depoimento, suspeito negou ter ateado fogo em mulher.
No depoimento feito à Polícia Civil no dia do crime, José disse que a mulher estava brigando com ele e "do nada, surtou". Ele ainda alegou que tinha isqueiros em casa, pois costuma fumar cigarros e tem uma churrasqueira.
Questionado pela delegada sobre como a mulher se queimou, o homem não foi claro. Disse que tentou ajudar a vítima e que a verdade seria esclarecida no vídeo registrado por uma câmera de segurança.
Ele ainda cita que, em determinado momento, a mulher começou a jogar ovos em si mesma.
Em entrevista à RPC, a tenente da Polícia Militar (PM-PR), Letícia Martins Donadelo, disse que, durante o atendimento da ocorrência, a mulher contou que foi o companheiro quem jogou álcool no corpo dela e depois ateou fogo com o auxílio de um isqueiro.
A tenente ainda informou que José estava com sinais de embriaguez e não conseguiu declarar o que fez.
Câmeras de segurança flagraram a mulher em chamas
Mulher é filmada 'em chamas' dentro de casa, no Paraná
A mulher foi filmada por câmeras de segurança com o corpo em chamas dentro de casa. O companheiro dela também aparece nas imagens. Assista ao vídeo acima.
Na gravação, o casal aparece junto. Em dado momento, a mulher abaixou a cabeça e o fogo começou.
Em seguida, ela correu para o quintal da casa e se abaixou em um tanque. O homem foi para o mesmo lugar, segurou a cintura dela e os dois se desequilibraram. Logo depois, ambos correm até a piscina da casa, onde as chamas foram apagadas. O homem continuou perto da vítima, até que ela saiu da água.
Homem tem outros registros por violência doméstica
A RPC teve acesso ao boletim de ocorrência de violência doméstica, registrado pela mesma vítima em dezembro de 2024. No documento, ela disse aos policiais que José tinha chegado alterado em casa, estando possivelmente alcoolizado e sob o efeito de drogas. Com medo, ela acionou a polícia via 190 e José foi embora da casa.
Em consultas ao sistema da Secretaria de Segurança Pública, a tenente da PM disse que também foi possível encontrar outras passagens dele por agressão a mulheres.
"Há inclusive algumas passagens por lesão contra a mulher, contra suas companheiras. Desde 2019, há pelo menos três registros. Ainda consta que em 2024 a vítima fez um boletim de violência doméstica contra ele", informou a tenente.
Em outro boletim de ocorrência ao qual a RPC teve acesso, a Polícia Militar foi acionada para conter José, que estava colocando fogo na casa da antiga companheira. O caso aconteceu em novembro de 2019, em Ivatuba, no norte do Paraná.
Os policiais registraram no documento que encontraram José armado. A mulher disse aos agentes que os dois tinham brigado e que foi ofendida e agredida por ele, ficando com hematomas no braço esquerdo.
Em seguida, segundo o boletim, ele ingeriu bebida alcóolica, se feriu na barriga com uma faca e ateou fogo na casa, onde a vítima estava.
O documento ainda cita que, quando os policiais chegaram ao local, havia caminhões-pipa e "um grande número de pessoas aglomeradas e com ânimos alterados", e que houve uma "briga generalizada de pessoas que diziam estar inconformadas". Para tentar conter a confusão, um dos policiais deu um tiro para o alto.
Em seguida, José foi levado para um hospital na cidade de Doutor Camargo e depois foi preso.
Conforme dito no depoimento dele à polícia, realizado na quarta--feira, ele ainda tinha um mandado de prisão em aberto devido ao processo deste caso registrado em Ivatuba.
Mulher teve 30% do corpo queimado e está em estado grave.
Reprodução/RPC Maringá
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