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Suspeito de matar pajé confessou que crime ocorreu após familiares morrerem em suposto feitiço

Suspeito de matar pajé confessou que crime ocorreu após familiares morrerem em suposto feitiço
Beda Kulina, principal suspeito do crime, foi preso nesta quinta-feira (22) e alegou que pajé fez feitiço para matar os familiares dele. Pajé Hurui Kulina, de 49 anos, foi morto a golpes de madeira em 2023. Beda Kulina, segundo suspeito de envolvimento na morte do indígena foi preso nesta quinta (22)
Asscom/PCAC
As investigações da morte do pajé Hurui Kulina, de 49 anos, ganharam um novo capítulo com a conclusão do inquérito policial nesta quinta-feira (22). A Polícia Civil divulgou que o crime foi motivado por vingança e uma desavença que havia entre os dois suspeitos e a vítima.
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Beda Kulina, o principal suspeito do crime, foi preso nesta quinta e disse em depoimento que o pajé teria 'lançado' um feitiço contra a família dele, que resultou na morte de seus dois filhos e da avó. Ainda segundo a polícia, os dois indígenas presos e quatro testemunhas confirmaram a versão apresentada em depoimento.
A Polícia Civil informou que as crianças e a idosa foram enterradas na terra indígena e não passaram por exames cadavéricos para saber a causa dos óbitos.
De acordo com a polícia, os suspeitos alegaram que a vítima usou um tipo de encantamento ou maldição conhecida como 'durin' contra os indígenas. Beda Kulina foi preso em Manoel Urbano, interior do Acre, dois dias após a prisão do primeiro suspeito.
Hurui Kulina, de 49 anos, foi assassinado a golpes de ripa em outubro de 2023, também em Manoel Urbano. À época, a polícia informou que quando chegou ao local encontrou a vítima já desacordada e caída no chão. Ao lado tinha um pedaço de madeira sujo de sangue e uma garrafa de vidro quebrada.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas ao chegar no local o pajé já estava sem vida. Testemunhas relataram à polícia que a vítima estava bebendo com familiares e amigos desde cedo em frente à feira livre e terminou descendo o porto com duas pessoas.
O trio iniciou uma discussão e o indígena acabou sendo atingido com uma garrafa de vidro e depois com a golpes de ripa. Todos são da etnia Kulina.
"Os familiares adoeciam e morreram com cerca de um a dois dias. Segundo o que foi apurado, o pajé lançou uma espécie de feitiço em dois filhos e familiares de um dos investigados. O inquérito será enviado para o Poder Judiciário com cópia para o Ministério Público", explicou o delegado responsável pelo caso, Thiago Parente.
Ainda segundo o delegado, os envolvidos tinham uma rixa antiga. Com a prisão dos dois suspeitos, o delegado confirmou que encerrou o caso e não há outros suspeitos foragidos.
Suspeito foi preso em Manoel Urbano, no interior do Acre
Polícia Civil
Primeiro suspeito
As prisões aconteceram mais de um ano após o crime. A polícia disse que o primeiro suspeito preso na última terça-feira (20) circulava pela cidade quando foi detido.
Ainda segundo a polícia, os envolvidos na morte se esconderam em aldeias no município de Santa Rosa do Purus, o que dificultou a investigação.
Os investigadores também explicaram que os suspeitos alternavam estadias entre as terras indígenas e áreas urbanas, e, durante um desses deslocamentos, conseguiram prender um dos criminosos. Ele não teve a identidade divulgada.
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