Saiba quem é o vereador de São Carlos que perdeu mandato por injúria e difamação ao fazer charges

Leandro Guerreiro (PL) teve o mandato extinto na terça-feira (1º) por injúria e difamação ao fazer charges de figuras públicas com termos pejorativos e de intolerância religiosa. Saiba quem é e o que fez vereador de São Carlos ter mandato cassado
Na terça-feira (1º), o vereador Leandro Guerreiro (PL) de 41 anos, de São Carlos (SP), teve o mandato extinto após anúncio do presidente da Câmara, Lucão Fernandes (PP).
O político, que é divorciado, se autodenomina conservador já se envolveu em polêmicas. No ano passado, foi condenado em segunda instância, a 1 ano e 7 meses de prisão no regime semiaberto por injúria e difamação ao fazer charges de figuras públicas com termos pejorativos e de intolerância religiosa.
O ex-parlamentar foi eleito para o cargo em 2024, pelo PL, com 1.935 votos. Esse era o segundo mandato do político na Câmara de São Carlos. O suplente dele, o ex-vereador Moisés Lazarine (PL), deverá assumir a vaga.
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O político já foi derrotado nas urnas em 2020 e 2022, quando concorreu respectivamente para os cargos de prefeito e deputado federal. Ele foi suplente de vereador nas eleições de 2012 e foi eleito em 2016 pelo PSB e ficou no cargo entre 2017 e 2020.
"Covardia da Justiça"
Em live no Facebook, na noite de quarta-feira (2), Guerreiro disse que não se sente cassado e que é uma “covardia” da Justiça perder o mandado por crime de desenhos de caricatura.
O vereador é ativo nas redes sociais, com 112 seguidores em uma das plataformas.
“Não estão me cassando, estão apenas cumprindo o que está no regimento. Não é culpa do presidente (Lucão) , qualquer presidente que estivesse no cargo teria que fazer cumprir a lei. Não tem nenhum traidor aqui, está tudo certo, dentro do jogo. Quem me deu o mandato foram vocês e eu acho uma covardia do sistema eu perder o mandato por esses crimes e desenhos de caricatura, eu fiz desenhos em 2022 criticando a classe política. Mas é a regra da Constituição”, comentou.
O vereador se envolveu em outras questões ao longo de mandatos em São Carlos, como quando retirou cartazes sobre tolerância sexual e religiosa de uma escola, agrediu jornalista e foi condenado por ofensas a um servidor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). (Veja abaixo)
Leia mais: Vereador Leandro Guerreiro (PL) perde mandato após condenação por charges com ofensas e intolerância religiosa
Entidades repudiam atitude de vereador que retirou trabalho sobre tolerância de mural
Jornalista acusa vereador de agressão em São Carlos
Vereador de São Carlos deve tirar vídeo da internet e pagar R$ 10 mil por ofensas a servidor do Saae
Vereador joga ovos contra manifestantes em visita de Damares a São Carlos
O vereador de São Carlos (SP) Leandro Guerreiro (PL) teve o mandato extinto
Câmara Municipal/Divulgação
Questionamento em live
Durante a live, o ex-vereador questionou a Justiça sobre ainda não estar cumprindo a pena, sendo que foi condenado no dia 11 de junho.
“Se a Justiça pesou a mão na condenação - desde o dia 11 de junho está decretado que estou em trânsito julgado -, então por que eu ainda estou solto? A Justiça me mantém 21 dias solto, já era pra eu estar cumprindo pena. Quanto mais rápido eu cumprir a pena, mais rápido eu zero com a Justiça. O mandato a gente conquista outro se for a vontade do povo”, disse.
Ao g1, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que a defesa do réu recorreu da sentença e o processo esteve tramitando em grau de recurso até 11 de junho de 2025, data da certidão de trânsito em julgado.
"Na mesma data, os autos foram remetidos de volta à Vara de origem, que determinou a expedição de guia de execução para Leandro Augusto do Amaral e a guia foi enviada quinta-feira (3/7). Não houve demora alguma por parte do TJSP", informou.
Vereador Leandro Guerreiro (PP) teve o mandato cassado por injúria e difamação ao fazer charges de figuras públicas em São Carlos
Redes sociais
Mandato extinto
Uma manifestação recebida via Ouvidoria da Câmara questionou a legalidade da permanência do parlamentar no cargo.
“A manifestação do cidadão, registrada em 26 de junho, apontava que Leandro Guerreiro já teria sido condenado em segunda instância, como veiculado por diversos meios de comunicação, e questionava qual o fundamento jurídico para a manutenção do mandato, à luz do artigo 15, inciso III, da Constituição Federal, que prevê a suspensão dos direitos políticos de condenados com sentença definitiva”, afirmou a Casa em nota.
Segundo a Câmara, a extinção do mandato é consequência automática ante a decisão judicial, com acolhida em jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Guerreiro disse que sai de cabeça erguida e mais fortalecido do cargo. Para ele, a hora é de focar em outros projetos e finalizar cursos.
“Vou erguer a cabeça, tenho projetos para fazer e cumprir a pena. Eu vou terminar meu curso de gestão pública. A história não termina por aí, tem mais esse episódio de superação, vou dar a volta por cima, estou muito bem, centrado e focado. Isso não me atinge. O objetivo do adversário era me desmoralizar com o meu eleitor , mas não conseguem fazer eu perder a confiança e carinho da população. Eles acharam que me prender iam me destruir, mas me deixaram mais forte e com mais garra pra lutar”, finalizou.
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Na terça-feira (1º), o vereador Leandro Guerreiro (PL) de 41 anos, de São Carlos (SP), teve o mandato extinto após anúncio do presidente da Câmara, Lucão Fernandes (PP).
O político, que é divorciado, se autodenomina conservador já se envolveu em polêmicas. No ano passado, foi condenado em segunda instância, a 1 ano e 7 meses de prisão no regime semiaberto por injúria e difamação ao fazer charges de figuras públicas com termos pejorativos e de intolerância religiosa.
O ex-parlamentar foi eleito para o cargo em 2024, pelo PL, com 1.935 votos. Esse era o segundo mandato do político na Câmara de São Carlos. O suplente dele, o ex-vereador Moisés Lazarine (PL), deverá assumir a vaga.
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O político já foi derrotado nas urnas em 2020 e 2022, quando concorreu respectivamente para os cargos de prefeito e deputado federal. Ele foi suplente de vereador nas eleições de 2012 e foi eleito em 2016 pelo PSB e ficou no cargo entre 2017 e 2020.
"Covardia da Justiça"
Em live no Facebook, na noite de quarta-feira (2), Guerreiro disse que não se sente cassado e que é uma “covardia” da Justiça perder o mandado por crime de desenhos de caricatura.
O vereador é ativo nas redes sociais, com 112 seguidores em uma das plataformas.
“Não estão me cassando, estão apenas cumprindo o que está no regimento. Não é culpa do presidente (Lucão) , qualquer presidente que estivesse no cargo teria que fazer cumprir a lei. Não tem nenhum traidor aqui, está tudo certo, dentro do jogo. Quem me deu o mandato foram vocês e eu acho uma covardia do sistema eu perder o mandato por esses crimes e desenhos de caricatura, eu fiz desenhos em 2022 criticando a classe política. Mas é a regra da Constituição”, comentou.
O vereador se envolveu em outras questões ao longo de mandatos em São Carlos, como quando retirou cartazes sobre tolerância sexual e religiosa de uma escola, agrediu jornalista e foi condenado por ofensas a um servidor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). (Veja abaixo)
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Vereador joga ovos contra manifestantes em visita de Damares a São Carlos
O vereador de São Carlos (SP) Leandro Guerreiro (PL) teve o mandato extinto
Câmara Municipal/Divulgação
Questionamento em live
Durante a live, o ex-vereador questionou a Justiça sobre ainda não estar cumprindo a pena, sendo que foi condenado no dia 11 de junho.
“Se a Justiça pesou a mão na condenação - desde o dia 11 de junho está decretado que estou em trânsito julgado -, então por que eu ainda estou solto? A Justiça me mantém 21 dias solto, já era pra eu estar cumprindo pena. Quanto mais rápido eu cumprir a pena, mais rápido eu zero com a Justiça. O mandato a gente conquista outro se for a vontade do povo”, disse.
Ao g1, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que a defesa do réu recorreu da sentença e o processo esteve tramitando em grau de recurso até 11 de junho de 2025, data da certidão de trânsito em julgado.
"Na mesma data, os autos foram remetidos de volta à Vara de origem, que determinou a expedição de guia de execução para Leandro Augusto do Amaral e a guia foi enviada quinta-feira (3/7). Não houve demora alguma por parte do TJSP", informou.
Vereador Leandro Guerreiro (PP) teve o mandato cassado por injúria e difamação ao fazer charges de figuras públicas em São Carlos
Redes sociais
Mandato extinto
Uma manifestação recebida via Ouvidoria da Câmara questionou a legalidade da permanência do parlamentar no cargo.
“A manifestação do cidadão, registrada em 26 de junho, apontava que Leandro Guerreiro já teria sido condenado em segunda instância, como veiculado por diversos meios de comunicação, e questionava qual o fundamento jurídico para a manutenção do mandato, à luz do artigo 15, inciso III, da Constituição Federal, que prevê a suspensão dos direitos políticos de condenados com sentença definitiva”, afirmou a Casa em nota.
Segundo a Câmara, a extinção do mandato é consequência automática ante a decisão judicial, com acolhida em jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Guerreiro disse que sai de cabeça erguida e mais fortalecido do cargo. Para ele, a hora é de focar em outros projetos e finalizar cursos.
“Vou erguer a cabeça, tenho projetos para fazer e cumprir a pena. Eu vou terminar meu curso de gestão pública. A história não termina por aí, tem mais esse episódio de superação, vou dar a volta por cima, estou muito bem, centrado e focado. Isso não me atinge. O objetivo do adversário era me desmoralizar com o meu eleitor , mas não conseguem fazer eu perder a confiança e carinho da população. Eles acharam que me prender iam me destruir, mas me deixaram mais forte e com mais garra pra lutar”, finalizou.
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