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Festas juninas e Expoacre são os eventos mais importantes para moradores de Rio Branco, diz pesquisa

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Festas juninas e Expoacre são os eventos mais importantes para moradores de Rio Branco, diz pesquisa
Estudo 'Cultura nas Capitais' foi divulgado nesta terça-feira (3) e mostra ainda que capital acreana também detém o pior índice, entre as capitais, de pessoas que nunca leram um livro na vida: 34%. Festas juninas e Expoacre são os eventos considerados como mais importantes para os moradores de Rio Branco
Reprodução/Secom-AC
Com 28% e 16%, respectivamente, as festas juninas e a Expoacre são os eventos culturais vistos como os mais importantes para a população rio-branquense. Isto é o que aponta a pesquisa Cultura nas Capitais, divulgada nesta terça-feira (3) pela consultoria JLeiva Cultura & Esporte.
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O levantamento, feito pelo Instituto DataFolha, traça o comportamento dos moradores das 26 capitais e do Distrito Federal. Em Rio Branco, 600 pessoas foram entrevistadas em 60 pontos de coleta entre os dias 19 de fevereiro a 17 de maio. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.
O estudo mostra ainda que as festividades carnavalescas vêm em terceiro lugar, com 8% da população local interessada.
No total, 71 eventos foram citados, dentre shows, exposições, eventos religiosos e esportivos, além de aniversários de cidades e busca por parques e locais públicos a céu aberto. Veja mais detalhes abaixo:
A pesquisa revela ainda que parques e praças ocupam um lugar de destaque na vida cultural de Rio Branco, já que são os espaços mais frequentados pelos moradores quando se fala em cultura. Segundo a pesquisa, 36% da população declarou frequentar esses espaços como principal opção cultural. O percentual é mais que o dobro da média das capitais (15%).
"Esse dado sugere que, na ausência de uma oferta mais robusta de equipamentos culturais formais, como teatros e museus, os espaços públicos ao ar livre se consolidam como pontos de encontro, lazer e expressão cultural na cidade, além de refletirem uma dimensão comunitária da cultura local, parques e praças também demonstram seu potencial como locais estratégicos para a realização de atividades culturais acessíveis e democráticas", destacou o estudo.
Nuvem de palavras mostra eventos mais citados por rio-branquenses como importantes para a cidade
Reprodução/Cultura nas Capitais
Outras formas de lazer
Os teatros e museus não chegam a ser os mais procurados pela população de Rio Branco -- pelo menos 48% dos entrevistados disseram não ir a teatros porque não se interessam pelos espaços --, mas os que demostraram interesse à pesquisa e que frequentam estes espaços, argumentam que a busca principal é por conhecimento e aprendizado, e não necessariamente por lazer.
"Além disso, a gratuidade é um fator determinante no acesso: 60% dos que foram ao teatro e 83% dos que visitaram museus ou exposições afirmaram que a última experiência foi gratuita – números bem superiores às médias nacionais", frisou.
No geral, dentre os que dizem ir a estes locais, falam ainda que os motivos envolvem: passear, levar criança/filho, gosto pessoal, ver/valorizar artista, e relaxar/descontrair.
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O acesso a shows musicais vêm com 29%, teatro corresponde a 12% e circo com 8%. Todos estes estão abaixo da média nacional.
"Por outro lado, a pesquisa revela um público potencial expressivo. No teatro, por exemplo, embora apenas 12% tenham ido a alguma apresentação no ano anterior à pesquisa, 29% dos moradores que não foram ao teatro gostariam muito de ter ido — deram notas de 8 a 10 em seu interesse pela área. Isso revela um público potencial significativo, disposto a consumir cultura se houver mais oferta, acessibilidade e incentivo", destacou.
Livros
Em Rio Branco, o percentual de leitores está abaixo da média nacional, que é de 62%, e da região Norte (59%). Segundo o levantamento, apenas 48% dos rio-branquenses leram pelo menos um livro no último ano.
A capital acreana também detém o pior índice, entre as capitais, de pessoas que nunca leram um livro na vida: 34%.
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Abordagens em eventos culturais
No estudo, destaca-se ainda que:
86% dos entrevistados elencam acessibilidade como importante para um evento cultural;
77% dos entrevistados acreditam que crenças religiosas devem estar inclusas -- a mesma porcentagem também se aplica sobre a importância de se retratar o lugar onde mora;
75% vê como importante a questão de identidade étnico-racial; e
62%, a identidade de gênero ou orientação sexual.
Outro recorte feito é voltado para doações a projetos ou instituições culturais. Pelo menos 79% dos entrevistados afirmam não terem feito doações para a área no último ano. O percentual aumenta para 81% quando a pergunta aborda sobre trabalho voluntário.
Cine Teatro Recreio, em Rio Branco
Rose Farias/ Arquivo Pessoal
Desafios
O coordenador da pesquisa, João Leiva, comenta que parcerias entre a cultura e a educação podem ajudar a trazer ganhos para uma ampliação no acesso às ferramentas culturais na capital.
“Há desafios relevantes a serem enfrentados pelo setor cultural, tanto público quanto privado, mas há fatores que pesam muito e que estão além das capacidades da área, como a baixa escolaridade. Rio Branco é uma das capitais onde mais gente só estudou até o fundamental – é o caso de mais de um terço dos entrevistados. E escolaridade é um dos fatores que mais influenciam o acesso a atividades culturais”, afirmou.
Arraial Cultural em Rio Branco, no Acre
Consuela Gonzalez/Rede Amazônica Acre
Pesquisa
Segundo a pesquisa Cultura nas Capitais, em todo o Brasil foram ouvidas 19,5 mil pessoas, moradoras de todas as capitais brasileiras, além de Brasília, com idade a partir de 16 anos, de todos os níveis socioeconômicos, abordadas pessoalmente em pontos de fluxo populacional.
Os entrevistados respondiam até 61 perguntas, além das relacionadas a características sociais e econômicas.
A pesquisa conta com patrocínio do Itaú e do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Rouanet, Lei Federal de incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. O projeto também tem a parceria da Fundação Itaú.
VÍDEOS: g1

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