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Arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon é sepultada em jardim no quintal de casa, no Sul do Piauí

Arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon é sepultada em jardim no quintal de casa, no Sul do Piauí
Enterro restrito a familiares e amigos foi realizado na manhã desta quinta-feira (5). Fundadora do Parque Nacional da Serra da Capivara faleceu na quarta (4), aos 92 anos, vítima de um infarto. Enterro de Niède Guidon: arqueóloga mudou entendimento sobre o homem nas Américas
A arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon, fundadora do Parque Nacional da Serra da Capivara, foi sepultada na manhã desta quinta-feira (5), em um jardim no quintal de sua casa, em São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí.
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Segundo a diretora do parque, Marian Rodrigues, o enterro foi restrito a familiares e amigos após o velório aberto ao público, na quarta-feira (4), no Museu do Homem Americano, na mesma cidade.
Niède faleceu na madrugada de quarta, vítima de um infarto, aos 92 anos. Em homenagem à arqueóloga, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), decretou luto oficial de três dias.
Enterro de Niède Guidon é restrito a familiares e amigos no Sul do Piauí
Fernando Cardoso/TV Clube
Quem foi Niède Guidon?
Niède nasceu em 12 de março de 1933, em Jaú (SP), filha de pai francês e mãe brasileira. Ela se formou em história pela Universidade de São Paulo (USP) em 1959.
Lecionou na França e voltou ao Brasil em 1970, quando conheceu as pinturas rupestres de Coronel José Dias, no Sul do Piauí.
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Pesquisadora franco-brasileira Niède Guidon morre aos 92 anos
Jornal Nacional/Reprodução
A pesquisadora encontrou desenhos datados de até quase 30 mil anos e obteve o doutorado em pré-história pela Universidade de Paris em 1975.
O g1 preparou um perfil da arqueóloga que revolucionou a história do "homem americano" e cujo trabalho levou a Unesco a declarar a Serra da Capivara como patrimônio cultural da humanidade.
Berço do homem americano
O sítio da Serra da Capivara, escavado pela pesquisadora em 1973, ofereceu achados inéditos sobre a ocupação humana nas Américas.
As pinturas rupestres indicam a presença humana anterior à teoria do Estreito de Bering, que datam de 13 mil anos o povoamento das Américas pelo Homo sapiens, vindo da Ásia.
Detalhe de pintura pré-histórica no Parque Nacional da Serra da Capivara
Celso Tavares/G1
O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado em 1979. A Fundação do Homem Americano surgiu logo depois, em 1980, para facilitar e financiar as pesquisas na região.
O trabalho de Niède revelou mais de 800 sítios pré-históricos, com pinturas rupestres, ferramentas e outros vestígios dos primeiros habitantes humanos da América, descobertos em escavações arqueológicas.
Graças às descobertas da arqueóloga, a Unesco reconheceu o Parque Nacional da Serra da Capivara como patrimônio cultural da humanidade em 1991.
Reconhecimento e homenagens
A importância do trabalho de Niède foi reconhecida por todo o mundo, e ela recebeu homenagens de todo tipo: desde documentários aos nomes de um pássaro e uma ópera.
Em 2020, Niède tomou posse na cadeira de número 24 na Academia Piauiense de Letras (APL), em uma solenidade virtual por conta da pandemia de Covid-19.
Quatro anos depois, em 2024, Niède recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Piauí (UFPI), pelas cinco décadas de trabalho à frente das pesquisas arqueológicas no estado.
UFPI concede título de Doutora Honoris Causa à arqueóloga Niède Guidon
Renan Nunes/TV Clube
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