Delegado é afastado em Santa Cruz do Sul por suspeita de desvio de recursos de associação de apoio à polícia

Luciano Menezes é delegado de polícia há 26 anos e já foi diretor regional no interior. Luciano Menezes, delegado
Félix Zucco/Agência RBS
O delegado de Polícia Civil Luciano Menezes foi afastado de suas funções, na quinta-feira (26), por suspeita de desvio de recursos destinados à polícia, apurado em duas investigações sigilosas, feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. O afastamento do delegado, lotado em Santa Cruz do Sul, na Região dos Vales e integrante da polícia há 26 anos, foi confirmado em nota pelo MP e também pela Corregedoria da Polícia Civil.
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A RBS TV tenta contato com a defesa do delegado.
As duas instituições afirmaram apenas que “as investigações são sigilosas” e que mais informações não poderiam ser repassadas. A reportagem da RBS TV, no entanto, conversou com fontes ligadas ao caso que confirmaram o conteúdo da apuração.
O celular de Menezes foi apreendido durante o cumprimento do mandado de afastamento cautelar, no final da tarde de quinta-feira (26). O aparelho terá os dados extraídos para a investigação.
A investigação contra Menezes começou ainda em novembro de 2024, a partir de uma queixa feita por outro delegado da Polícia Civil.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MP, em parceria com a promotoria local, apura se Menezes teria desviado recursos de uma associação montada por empresários de Santa Cruz do Sul, chamada Grupo de Apoio à Polícia (GAP).
Os valores, que deveriam ser destinados à polícia, estariam, em tese, saindo de contas ligadas a este grupo e não teriam chegado na integralidade para a polícia. Menezes seria o responsável por controlar os cartões desta associação e teria acesso a oito contas bancárias. O valor supostamente desviado não foi revelado.
Além da quebra de sigilo, 15 pessoas foram ouvidas e teriam confirmado às autoridades o suposto desvio de recursos.
O principal crime investigado é peculato — que consiste na apropriação ou desvio, por funcionário público, de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.
Menezes é delegado desde 1999 e já foi diretor regional da polícia em Santa Cruz do Sul. Ganhou notoriedade na polícia em investigações contra o tráfico de drogas na região e no combate a facções. Em 2024, foi presidente da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul.
No início de 2025, Menezes foi removido do cargo por decisão da chefia da Polícia Civil, após declarações consideradas inadequadas durante uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires. Em 31 de março, ele criticou o número de policiais na região e os recursos repassados pelo Estado. Na ocasião, afirmou: “Se nós dependermos do Estado, nós não temos nem papel higiênico para limpar a bunda numa delegacia.” Em 4 de abril, foi oficialmente afastado da função de diretor.
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Félix Zucco/Agência RBS
O delegado de Polícia Civil Luciano Menezes foi afastado de suas funções, na quinta-feira (26), por suspeita de desvio de recursos destinados à polícia, apurado em duas investigações sigilosas, feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. O afastamento do delegado, lotado em Santa Cruz do Sul, na Região dos Vales e integrante da polícia há 26 anos, foi confirmado em nota pelo MP e também pela Corregedoria da Polícia Civil.
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As duas instituições afirmaram apenas que “as investigações são sigilosas” e que mais informações não poderiam ser repassadas. A reportagem da RBS TV, no entanto, conversou com fontes ligadas ao caso que confirmaram o conteúdo da apuração.
O celular de Menezes foi apreendido durante o cumprimento do mandado de afastamento cautelar, no final da tarde de quinta-feira (26). O aparelho terá os dados extraídos para a investigação.
A investigação contra Menezes começou ainda em novembro de 2024, a partir de uma queixa feita por outro delegado da Polícia Civil.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MP, em parceria com a promotoria local, apura se Menezes teria desviado recursos de uma associação montada por empresários de Santa Cruz do Sul, chamada Grupo de Apoio à Polícia (GAP).
Os valores, que deveriam ser destinados à polícia, estariam, em tese, saindo de contas ligadas a este grupo e não teriam chegado na integralidade para a polícia. Menezes seria o responsável por controlar os cartões desta associação e teria acesso a oito contas bancárias. O valor supostamente desviado não foi revelado.
Além da quebra de sigilo, 15 pessoas foram ouvidas e teriam confirmado às autoridades o suposto desvio de recursos.
O principal crime investigado é peculato — que consiste na apropriação ou desvio, por funcionário público, de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.
Menezes é delegado desde 1999 e já foi diretor regional da polícia em Santa Cruz do Sul. Ganhou notoriedade na polícia em investigações contra o tráfico de drogas na região e no combate a facções. Em 2024, foi presidente da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul.
No início de 2025, Menezes foi removido do cargo por decisão da chefia da Polícia Civil, após declarações consideradas inadequadas durante uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires. Em 31 de março, ele criticou o número de policiais na região e os recursos repassados pelo Estado. Na ocasião, afirmou: “Se nós dependermos do Estado, nós não temos nem papel higiênico para limpar a bunda numa delegacia.” Em 4 de abril, foi oficialmente afastado da função de diretor.
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