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Influenciador que invadiu o Galeão para gravar vídeos de decolagens diz que tomou atitude 'precipitada': 'Vou arcar pelo que fiz'

Influenciador que invadiu o Galeão para gravar vídeos de decolagens diz que tomou atitude 'precipitada': 'Vou arcar pelo que fiz'
A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar as circunstâncias. Grupo pode ser enquadrado no artigo 261 do Código Penal, cuja pena é de reclusão de até cinco anos. PF investiga invasão de jovens à pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim
O influenciador Thiago Jatobá, que aparece em um vídeo invadindo a pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, usou as redes sociais para dizer que cometeu um ato impensado junto com o irmão e um amigo. O esclarecimento foi postado nesta quarta-feira (22).
Nessa semana, viralizou um vídeo em que os jovens aparecem invadindo a área da pista do Galeão para gravar decolagens. A postagem chegou a ser em redes sociais, mas saiu do ar. O caso é investigado pela Polícia Federal (entenda abaixo).
O vídeo é narrado pelo bodyboarder Thiago Jatobá, que também filma o irmão, Gabriel Jatobá, e ao menos um amigo na invasão. O grupo é de Niterói, e Jatobá tem centenas de milhares de seguiores em redes sociais, onde costuma postar aventuras e esportes como o bodyboard e o surfe na pedra (veja reportagem do g1).
"Atitude que eu tomei precipitada, que poderia ter tido consequências, não tinha noção das consequências. A gente não teve nenhuma intenção do que está sendo especulado na internet, não houve nenhum dano, foi um ato precipitado. Vou pagar pelo que eu fiz, arcar com as consequências, tentar extrair o melhor desse episódio", afirma ele no vídeo.
Jatobá pediu desculpas para as autoridades, amigos, familiares e pessoas que se sentiram ofendidas com a atitude do grupo.
"Que sirva de exemplo para a molecadinha que me segue para escutar os pais. Vou melhorar pra mim, pra minha família, pros meus amigos. Peço desculpas a quem eu decepcionei", completa ele.
O g1 enviou mensagens para Thiago e Gabriel Jatobá e aguarda retorno. A equipe de reportagem tenta contato com os outros jovens que aparecem nas imagens.
Thiago Jatobá é um dos que aparece no vídeo
Reprodução
Possíveis crimes
Jovem pula a cerca do Galeão e invade a pista
Reprodução
Em nota, a Polícia Federal informou "que iniciou investigação para apurar as circunstâncias do fato e identificar os envolvidos na possível prática do crime previsto no artigo 261 do Código Penal (atentado contra a segurança do transporte aéreo), sem prejuízo de eventuais outros crimes".
O art. 261 cita: "expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea". A pena é de reclusão, de dois a cinco anos.
Em nota, a concessionária RioGaleão disse está colaborando com a PF, que tomará as medidas cabíveis e que casos de invasão de pista "são violações graves, que podem configurar diversos crimes e infrações, incluindo atentado contra a segurança da aviação".
O advogado Gabriel de Britto Silva, que é especializado em direito do consumidor e aéreo, explicou ao g1 que embora a pena seja de reclusão, possivelmente, pelo fato de ser de dois a cinco anos, pode ser que a prisão seja convertida em outras medidas punitivas.
"Para que tal possibilidade se efetive, será necessário que o Juiz criminal analise o concreto, momento em que levará em consideração fatores, como a gravidade concreta da invasão e as consequências concretas dela no dia específico quanto às operações de tráfego e o histórico dos agentes", explica Britto.
"Caso se demonstre que o agente praticou o crime com intuito de obter vantagem econômica, será também possível a aplicação de multa, a ser fixada pelo juiz", conclui.
Um dos jovens
Redes sociais
PF investiga invasão de jovens à pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim
Redes sociais

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