Mulher que teve dentes quebrados por cantor de forró em Manaus explica por que retirou queixa: 'ele corria risco na prisão'

Em uma rede social, a promotora de eventos Kaline Milena, de 30 anos, relatou que entre temia pela integridade física do ex, descartou reconciliação e pediu desculpas às mulheres que se sentiram traídas. Cantor é suspeito de agredir namorada no Amazonas
A promotora de eventos Kaline Milena, de 30 anos, agredida pelo namorado e cantor de forró, Diego Damasceno, em abril deste ano, na Zona Centro-Sul de Manaus, retirou a queixa contra o agressor na quarta-feira (22). Em uma rede social, a mulher relatou que entre os motivos que a fizeram voltar atrás na denúncia está o medo pela integridade física do então companheiro: 'ele corria risco na prisão'.
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Kaline teve três dentes quebrados e precisou ser hospitalizada após Diego Damasceno agredi-la com socos durante uma discussão motivada por ciúmes na saída de um bar na capital amazonense. Ele foi preso dois dias depois, após se entregar à polícia. Desde então, respondia ao processo em regime fechado.
Em uma nota publicada na sua conta no Instagram, a vítima assume ter escrito uma carta a próprio punho, entregue à Justiça, onde nega a denúncia inicial. Ela justifica que, ao escrever o documento, estava psicologicamente abalada e convencida de que Diego corria risco de morte dentro do presídio.
"Nos últimos dias, meu nome esteve no centro de uma tempestade pública e emocional. Sim, eu recuei. Sim, eu escrevi aquela carta. Mas o que poucos sabem é que, naquele momento, eu estava emocionalmente esgotada, cercada por pessoas ligadas a ele, que me convenceram de que o pior poderia acontecer com ele, comigo, com todos nós."
"Disseram que ele corria risco na prisão. E eu, ainda confusa, com medo, com sentimentos não resolvidos e uma parte minha tentando encontrar a paz, acreditei que desistir do processo seria menos doloroso para todos", completou.
Na mesma publicação, Kaline pede desculpas à todas as mulheres e pessoas que tenham se sentido traídas pela retirada da denúncia, mas reforçou que não mantém relação com Diego e nem pretende reatar o relacionamento.
"Minha história não muda. Minhas marcas também não. Elas estão no meu rosto e nos dias que precisei reaprender a viver. E para que não reste nenhuma dúvida: não existe reconciliação. Não existe volta, nem convivência, nem relação. O ciclo entre nós está encerrado."
Por fim, ela agradece o apoio recebido e diz ainda estar se reconstruindo após o episódio de violência.
"Obrigada a quem me respeitou e continua respeitando minha tentativa de recomeçar. Eu sigo em reconstrução", finalizou.
A carta redigida por Kaline foi um dos pontos apresentados pela Justiça do Amazonas para a revogação da prisão de Diego Damasceno e da medida protetiva em nome do cantor contra a ex-companheira. Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), ela também não confirmou em juízo as acusações feitas.
O caso
Promotora de eventos é agredida pelo namorado e tem dentes quebrados em Manaus
Raimundo Cardoso, da Rede Amazônica
De acordo com Kaline, as agressões começaram na noite de 6 de abril após o casal sair de um bar. Ainda no carro, Diego iniciou uma discussão por ciúmes, momento em que começaram os ataques.
“Ele voltou a falar sobre uma discussão que já tinha acontecido mais cedo. A briga foi porque eu postei um vídeo trabalhando, dançando com minhas colegas. Ele não gostou, começou a me agredir ainda com o carro em movimento”, contou Kaline.
A vítima relatou que tentou se defender, mas foi atingida com socos na cabeça e no rosto.
“Meu braço está roxo, minha boca estourada. Tentei me proteger com as mãos. Quando chegamos no condomínio, eu estava toda ensanguentada, subi as escadas sozinha, e ele ainda pediu pra eu tomar banho, para esconder o sangue. Eu disse que não e mandei ele embora”, disse a vítima.
Segundo Kaline, essa não foi a primeira vez. Ela afirmou que já havia sido agredida em julho e novamente em outubro do ano passado, em um episódio no município de Manacapuru, onde também teve um dente arrancado.
Prisão e histórico de violência
Cantor suspeito de agredir namorada se entrega à polícia em Manaus
Nainy Castelo Branco, da Rede Amazônica
Diego se entregou à polícia na noite de 9 de abril. Ele chegou à Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul da capital, acompanhado da advogada Leiliane Nobrega. Ao descer do carro, teve o rosto coberto com um casaco para evitar ser reconhecido.
Ao apresentar o suspeito na delegacia, a advogada afirmou que ele decidiu se entregar por vontade própria, demonstrou arrependimento e queria colaborar com as investigações.
Após o crime, o cantor chegou a enviar mensagens de áudio pedindo perdão à vítima e dizendo que deixaria Manaus. O arquivo foi enviado depois da agressão.
No áudio, o suspeito demonstra arrependimento e implora por contato com Kaline. "Meu amor, pelo amor de Deus, me liga, me liga por favor. Nem que seja pra me xingar, me liga”, disse Diego em um dos trechos". Ouça abaixo.
Este não foi o primeiro caso de violência doméstica envolvendo o cantor de forró. Diego já possui medida protetiva contra outra ex-namorada expedida pela Justiça do Amazonas em 2020, após o homem perseguir e difamar a vítima por não aceitar o fim do relacionamento.
Cantor foragido pediu perdão em áudio após agredir namorada em Manaus
Cantor Diego Damasceno foi preso em Manaus.
Reprodução/Redes Sociais
A promotora de eventos Kaline Milena, de 30 anos, agredida pelo namorado e cantor de forró, Diego Damasceno, em abril deste ano, na Zona Centro-Sul de Manaus, retirou a queixa contra o agressor na quarta-feira (22). Em uma rede social, a mulher relatou que entre os motivos que a fizeram voltar atrás na denúncia está o medo pela integridade física do então companheiro: 'ele corria risco na prisão'.
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Kaline teve três dentes quebrados e precisou ser hospitalizada após Diego Damasceno agredi-la com socos durante uma discussão motivada por ciúmes na saída de um bar na capital amazonense. Ele foi preso dois dias depois, após se entregar à polícia. Desde então, respondia ao processo em regime fechado.
Em uma nota publicada na sua conta no Instagram, a vítima assume ter escrito uma carta a próprio punho, entregue à Justiça, onde nega a denúncia inicial. Ela justifica que, ao escrever o documento, estava psicologicamente abalada e convencida de que Diego corria risco de morte dentro do presídio.
"Nos últimos dias, meu nome esteve no centro de uma tempestade pública e emocional. Sim, eu recuei. Sim, eu escrevi aquela carta. Mas o que poucos sabem é que, naquele momento, eu estava emocionalmente esgotada, cercada por pessoas ligadas a ele, que me convenceram de que o pior poderia acontecer com ele, comigo, com todos nós."
"Disseram que ele corria risco na prisão. E eu, ainda confusa, com medo, com sentimentos não resolvidos e uma parte minha tentando encontrar a paz, acreditei que desistir do processo seria menos doloroso para todos", completou.
Na mesma publicação, Kaline pede desculpas à todas as mulheres e pessoas que tenham se sentido traídas pela retirada da denúncia, mas reforçou que não mantém relação com Diego e nem pretende reatar o relacionamento.
"Minha história não muda. Minhas marcas também não. Elas estão no meu rosto e nos dias que precisei reaprender a viver. E para que não reste nenhuma dúvida: não existe reconciliação. Não existe volta, nem convivência, nem relação. O ciclo entre nós está encerrado."
Por fim, ela agradece o apoio recebido e diz ainda estar se reconstruindo após o episódio de violência.
"Obrigada a quem me respeitou e continua respeitando minha tentativa de recomeçar. Eu sigo em reconstrução", finalizou.
A carta redigida por Kaline foi um dos pontos apresentados pela Justiça do Amazonas para a revogação da prisão de Diego Damasceno e da medida protetiva em nome do cantor contra a ex-companheira. Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), ela também não confirmou em juízo as acusações feitas.
O caso
Promotora de eventos é agredida pelo namorado e tem dentes quebrados em Manaus
Raimundo Cardoso, da Rede Amazônica
De acordo com Kaline, as agressões começaram na noite de 6 de abril após o casal sair de um bar. Ainda no carro, Diego iniciou uma discussão por ciúmes, momento em que começaram os ataques.
“Ele voltou a falar sobre uma discussão que já tinha acontecido mais cedo. A briga foi porque eu postei um vídeo trabalhando, dançando com minhas colegas. Ele não gostou, começou a me agredir ainda com o carro em movimento”, contou Kaline.
A vítima relatou que tentou se defender, mas foi atingida com socos na cabeça e no rosto.
“Meu braço está roxo, minha boca estourada. Tentei me proteger com as mãos. Quando chegamos no condomínio, eu estava toda ensanguentada, subi as escadas sozinha, e ele ainda pediu pra eu tomar banho, para esconder o sangue. Eu disse que não e mandei ele embora”, disse a vítima.
Segundo Kaline, essa não foi a primeira vez. Ela afirmou que já havia sido agredida em julho e novamente em outubro do ano passado, em um episódio no município de Manacapuru, onde também teve um dente arrancado.
Prisão e histórico de violência
Cantor suspeito de agredir namorada se entrega à polícia em Manaus
Nainy Castelo Branco, da Rede Amazônica
Diego se entregou à polícia na noite de 9 de abril. Ele chegou à Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul da capital, acompanhado da advogada Leiliane Nobrega. Ao descer do carro, teve o rosto coberto com um casaco para evitar ser reconhecido.
Ao apresentar o suspeito na delegacia, a advogada afirmou que ele decidiu se entregar por vontade própria, demonstrou arrependimento e queria colaborar com as investigações.
Após o crime, o cantor chegou a enviar mensagens de áudio pedindo perdão à vítima e dizendo que deixaria Manaus. O arquivo foi enviado depois da agressão.
No áudio, o suspeito demonstra arrependimento e implora por contato com Kaline. "Meu amor, pelo amor de Deus, me liga, me liga por favor. Nem que seja pra me xingar, me liga”, disse Diego em um dos trechos". Ouça abaixo.
Este não foi o primeiro caso de violência doméstica envolvendo o cantor de forró. Diego já possui medida protetiva contra outra ex-namorada expedida pela Justiça do Amazonas em 2020, após o homem perseguir e difamar a vítima por não aceitar o fim do relacionamento.
Cantor foragido pediu perdão em áudio após agredir namorada em Manaus
Cantor Diego Damasceno foi preso em Manaus.
Reprodução/Redes Sociais
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