Polícia investiga denúncia de estupro dentro de clube militar feita por advogada em Teresina

Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela vítima, ela suspeita que tenha sido dopada e violentada dentro de um alojamento no Clube Social dos Subtenentes e Sargentos, no bairro Cristo Rei. Central de Flagrantes de Gênero de Teresina
Lucas Marreiros/g1
A Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga um caso de suspeita de estupro denunciado pela advogada Sara Ohana Costa em Teresina. Segundo a mulher, ela foi drogada e colocada em um quarto no Clube Social dos Subtenentes e Sargentos, no bairro Cristo Rei, Zona Sul, ao acordar sentiu dores nas partes íntimas, por causa de laceração, e fluidos nas pernas.
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Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela advogada na Central de Flagrantes na noite de quinta-feira (19), ela estava no clube militar com um homem com quem estava se relacionando, e alguns amigos dele, consumindo bebida alcoólica quando se sentiu mal e disse que iria embora.
Procurado pelo g1 e pela TV Clube, o Clube Social dos Subtenentes e Sargentos informou que ainda não sabe sobre o caso e que no domingo (22) vai acionar a assessoria jurídica do estabelecimento. O espaço segue aberto.
O companheiro informou que haviam alojamentos no clube onde ela poderia descansar. Foi levada para um quarto, onde deitou e segundo Sara, rapidamente "apagou". Ao acordar, estava completamente nua, com forte dor pélvica e nas partes intimas e com fluidos corporais nas pernas.
"Sociedade em geral: não condenem uma vitima que denuncia ou arranjem motivos para dizer que ela mereceu ter passado pelo que passou, porque nada justifica um suposto ato sexual sem consentimento estando a vítima desacordada, esteja a vítima bêbada ou mesmo, como muitas vezes acontece, tendo sido drogada em sua bebida para ficar mesmo desacordada e seu corpo ser usado", afirmou Sara em suas redes sociais.
Ainda segundo o BO, a porta do quarto onde ela acordou estava trancada e suas roupas dobradas em uma cadeira. A senha do seu celular havia sido alterada, mas conseguiu desbloquear com a digital do dedo mindinho. A chave do quarto estava no chão, perto das chaves do seu carro. A advogada disse que acha que as chaves foram jogadas por debaixo da porta após ser trancada.
A mulher explicou também à polícia que encontrou seu companheiro e disse que havia sido estuprada. Após uma breve conversa, ele saiu do local e não foi mais visto. Os outros homens que estavam com ele permaneceram no clube, mas ninguém, segundo a advogada, a ajudou, até ela subir no palco e pedir socorro.
"Não tenho medo de morrer. Temo apenas morrer presenciando impunidade. Não tenho vergonha de dizer que passei mal após ter passado o dia ao lado de um ficante, de ter bebido algumas cervejas com ele e do nada ter passado mal e ter pedido pra deitar. Sim, notei algo estranho, como se aquilo não fosse somente cerveja para eu me sentir daquele jeito, mas o exame toxicológico irá mostrar", afirmou Sara.
Uma assistente social que estava no clube a ouviu e a ajudou, acompanhou Sara à Central de Flagrantes para registrar o BO. O delegado de plantão encaminhou a mulher para o Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS).
O caso é investigado pela 6º Delegacia de Polícia (6º DP).
Nota de repúdio da AADPCEPI
A Associação dos Advogados e Defensores Públicos Criminalistas do Estado do Piauí – AADPCEPI manifesta sua mais profunda solidariedade e repúdio diante do relato de violência brutal sofrida por uma colega advogada. Esse ato hediondo e covarde fere gravemente a integridade e a dignidade da vítima, causando-lhe danos irreparáveis.
Comprometemo-nos a acompanhar todas as medidas até que os responsáveis sejam identificados, processados e punidos conforme a lei. Acreditamos que a justiça deve ser feita de forma célere e eficaz, garantindo que a vítima receba o apoio necessário para superar essa traumática experiência.
Nossa entidade se compromete a trabalhar incansavelmente para assegurar que os culpados sejam levados à justiça. A voz da vítima deve ser ouvida e respeitada em todas as etapas do processo. Vamos trabalhar para garantir que suas necessidades sejam atendidas e que ela receba a atenção e o apoio necessários para sua recuperação. Desde o início, estamos ao lado dela, (Dr. Marcus Nogueira e Dr. Albelar Prado) acompanharam, além do apoio emocional, as investigações, exames e diligências na Central de Flagrantes.
Nossa solidariedade não se limita apenas à vítima, mas também a todos os que foram afetados por esse ato de violência. Estamos unidos nessa luta pela verdade, pela justiça e pela proteção dos direitos humanos. Vamos continuar trabalhando juntos para construir uma sociedade mais justa e segura, onde todos possam viver sem medo de violência e abuso.
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A Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga um caso de suspeita de estupro denunciado pela advogada Sara Ohana Costa em Teresina. Segundo a mulher, ela foi drogada e colocada em um quarto no Clube Social dos Subtenentes e Sargentos, no bairro Cristo Rei, Zona Sul, ao acordar sentiu dores nas partes íntimas, por causa de laceração, e fluidos nas pernas.
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Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela advogada na Central de Flagrantes na noite de quinta-feira (19), ela estava no clube militar com um homem com quem estava se relacionando, e alguns amigos dele, consumindo bebida alcoólica quando se sentiu mal e disse que iria embora.
Procurado pelo g1 e pela TV Clube, o Clube Social dos Subtenentes e Sargentos informou que ainda não sabe sobre o caso e que no domingo (22) vai acionar a assessoria jurídica do estabelecimento. O espaço segue aberto.
O companheiro informou que haviam alojamentos no clube onde ela poderia descansar. Foi levada para um quarto, onde deitou e segundo Sara, rapidamente "apagou". Ao acordar, estava completamente nua, com forte dor pélvica e nas partes intimas e com fluidos corporais nas pernas.
"Sociedade em geral: não condenem uma vitima que denuncia ou arranjem motivos para dizer que ela mereceu ter passado pelo que passou, porque nada justifica um suposto ato sexual sem consentimento estando a vítima desacordada, esteja a vítima bêbada ou mesmo, como muitas vezes acontece, tendo sido drogada em sua bebida para ficar mesmo desacordada e seu corpo ser usado", afirmou Sara em suas redes sociais.
Ainda segundo o BO, a porta do quarto onde ela acordou estava trancada e suas roupas dobradas em uma cadeira. A senha do seu celular havia sido alterada, mas conseguiu desbloquear com a digital do dedo mindinho. A chave do quarto estava no chão, perto das chaves do seu carro. A advogada disse que acha que as chaves foram jogadas por debaixo da porta após ser trancada.
A mulher explicou também à polícia que encontrou seu companheiro e disse que havia sido estuprada. Após uma breve conversa, ele saiu do local e não foi mais visto. Os outros homens que estavam com ele permaneceram no clube, mas ninguém, segundo a advogada, a ajudou, até ela subir no palco e pedir socorro.
"Não tenho medo de morrer. Temo apenas morrer presenciando impunidade. Não tenho vergonha de dizer que passei mal após ter passado o dia ao lado de um ficante, de ter bebido algumas cervejas com ele e do nada ter passado mal e ter pedido pra deitar. Sim, notei algo estranho, como se aquilo não fosse somente cerveja para eu me sentir daquele jeito, mas o exame toxicológico irá mostrar", afirmou Sara.
Uma assistente social que estava no clube a ouviu e a ajudou, acompanhou Sara à Central de Flagrantes para registrar o BO. O delegado de plantão encaminhou a mulher para o Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS).
O caso é investigado pela 6º Delegacia de Polícia (6º DP).
Nota de repúdio da AADPCEPI
A Associação dos Advogados e Defensores Públicos Criminalistas do Estado do Piauí – AADPCEPI manifesta sua mais profunda solidariedade e repúdio diante do relato de violência brutal sofrida por uma colega advogada. Esse ato hediondo e covarde fere gravemente a integridade e a dignidade da vítima, causando-lhe danos irreparáveis.
Comprometemo-nos a acompanhar todas as medidas até que os responsáveis sejam identificados, processados e punidos conforme a lei. Acreditamos que a justiça deve ser feita de forma célere e eficaz, garantindo que a vítima receba o apoio necessário para superar essa traumática experiência.
Nossa entidade se compromete a trabalhar incansavelmente para assegurar que os culpados sejam levados à justiça. A voz da vítima deve ser ouvida e respeitada em todas as etapas do processo. Vamos trabalhar para garantir que suas necessidades sejam atendidas e que ela receba a atenção e o apoio necessários para sua recuperação. Desde o início, estamos ao lado dela, (Dr. Marcus Nogueira e Dr. Albelar Prado) acompanharam, além do apoio emocional, as investigações, exames e diligências na Central de Flagrantes.
Nossa solidariedade não se limita apenas à vítima, mas também a todos os que foram afetados por esse ato de violência. Estamos unidos nessa luta pela verdade, pela justiça e pela proteção dos direitos humanos. Vamos continuar trabalhando juntos para construir uma sociedade mais justa e segura, onde todos possam viver sem medo de violência e abuso.
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