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Mulher socorreu ex-companheiro após esfaqueá-lo enquanto ele segurava filho bebê nos braços; homem morreu

Mulher socorreu ex-companheiro após esfaqueá-lo enquanto ele segurava filho bebê nos braços; homem morreu
Crime aconteceu no bairro de Santana, em Jaboatão, na quinta-feira (26). Segundo boletim de ocorrência, mulher foi quem levou homem ferido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde ele morreu. Vídeo mostra homem provocando mulher com faca antes de ser morto por ela com filho bebê
A mulher de 23 anos que foi filmada esfaqueando o ex-companheiro dentro de casa, enquanto ele segurava o filho de 11 meses nos braços, socorreu a vítima depois de agredi-la (veja vídeo acima).
De acordo com o boletim de ocorrência do caso, ao qual o g1 teve acesso, o homem ferido, de 30 anos, chegou acompanhado da agressora à Unidade de Pronto Atendimento de Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A equipe médica tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu e morreu.
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O crime aconteceu no bairro de Santana, em Jaboatão, na quinta-feira (26). Os nomes dos envolvidos não serão divulgados pelo g1 em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
No B.O., consta que o homem chegou à UPA com uma perfuração no tórax. À polícia, a mulher falou que estava em discussão com o ex-companheiro, que tentou agredi-la e tentou pegar uma faca.
"A imputada informou que teve uma discussão com seu ex-companheiro, ocasião em que, segundo ela, o mesmo tentou agredi-la fisicamente e, ainda de acordo com seu relato, tentou se apoderar de uma faca para atacá-la. Diante da situação, afirmou ter se antecipado e, em suposto ato de defesa, apoderou-se de uma faca e desferiu um golpe na vítima", informa o boletim de ocorrência.
A mulher foi presa em flagrante e posta em prisão domiciliar pela Justiça, por ser mãe de crianças com menos de 6 anos.
Crime foi filmado
Nas imagens do momento do crime, é possível ver o ex-casal sentado no sofá e o homem encostando a ponta da faca na ex-companheira. Em outro momento, ambos estão de pé, discutindo na sala. O rapaz está com o filho no braço, e a mulher segura uma faca pequena.
No meio da briga, a mulher dá uma facada no peito do homem. Assustado, ele deixa o bebê no berço e corre para fora de casa. Minutos depois, a jovem retorna e pega a criança no braço.
Agressões e legítima defesa
A família do homem morto disse que ele havia contado para amigos e familiares que estava em um relacionamento conturbado, e que a mulher chegou a quebrar um telefone no rosto dele. Outra vez, ela puxou uma faca para ele.
Relatos de agressões foram frequentes ao longo de quase dois anos de relacionamento, de acordo com a irmã do homem, que contou que ele e a jovem começaram a morar juntos pouco tempo depois de se conhecerem.
Segundo a mãe do rapaz, ele insistia no relacionamento com a mulher por causa do filho de 11 meses que estava com ele no momento em que foi esfaqueado. O menino está sob cuidados da avó paterna desde a morte do pai.
A mãe e a irmã também contaram que, mesmo com brigas e rompimentos recorrentes, o homem continuava frequentando a casa da jovem. As filmagens do dia do homicídio mostram, inclusive, os dois sentados lado a lado no sofá, cerca de uma hora antes de o crime acontecer. Porém, pelas imagens, é possível ver o homem provocando a mulher com uma faca.
Vídeo mostra homem provocando mulher com uma faca
Reprodução/Whatsapp
A jovem presa pelo crime alegou que agiu em legítima defesa. A advogada Creuza Almeida, que assumiu a defesa inicialmente, havia informado que a mulher sofria ameaças de morte do ex-companheiro e que esfaqueou o homem porque ele queria levar o bebê embora.
Além disso, afirmou que a ação dela foi "sem qualquer intenção de provocar a morte do rapaz".
No termo de audiência de custódia, a juíza Mirna dos Anjos Gusmão informou que a mulher presa "declarou que nunca pretendeu matar a vítima e que o golpe de faca foi desferido em legítima defesa própria e de seu filho menor, temendo pela vida de ambos, informando ter sido um relacionamento conturbado".
Após uma mudança na defesa da jovem, a nova advogada que assumiu o caso, Emilly Amaral, divulgou nota nesta quarta-feira (2) dizendo que:
"o relacionamento do casal durou aproximadamente dois anos, com períodos de separações e reconciliações, sendo que, na data do ocorrido, já estavam separados há cerca de seis meses";
"ainda assim, era habitual que o ex-companheiro frequentasse e pernoitasse na residência para visitas ao filho do casal, convivência esta que sempre foi incentivada" pela jovem;
a mulher foi "vítima de reiterada violência psicológica ao longo do relacionamento, marcado por episódios de controle e ciúmes por parte do ex-companheiro";
a violência doméstica era "praticada de forma silenciosa, sem registros prévios de denúncia por medo e constrangimento";
no dia do crime, a jovem contato com os canais de emergência da Lei Maria da Penha por WhatsApp e ligou para a Polícia Militar;
"tais tentativas não foram concluídas em razão da presença do ex-companheiro no local, circunstâncias que poderão ser devidamente comprovadas por meio dos registros e prints das conversas, que já estão à disposição das autoridades competentes";
a jovem "encontra-se profundamente abalada emocionalmente, lamenta profundamente o desfecho dos fatos e reforça que não teve qualquer intenção de cometê-los";
ela é "uma vítima silenciada de ameaças e de violência psicológica no relacionamento, onde muitas mulheres não tem coragem de dar o primeiro passo e denunciá-las";
após o assassinato "passou a temer por sua segurança e de seus três filhos, pois foi alvo de ameaças";
a jovem coloca-se à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários.
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