Preso por morte de grávida em trilha de cachoeira do Paraná premeditou crime para simular acidente, diz juíza

Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, é suspeito de matar Jackeline Liliane dos Santos, de 28 anos. Defesa dele nega o crime. Jackeline Liliane dos Santos tinha 28 anos e morreu na trilha da cachoeira Salto das Orquídeas, que fica em Sapopema (PR)
Prefeitura Municipal - Cedida pela família
Marcione Souza de Oliveira, homem de 44 anos preso suspeito de matar a grávida Jackeline Liliane dos Santos, de 28 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e continua detido desde o dia 27 de abril, quando aconteceu o caso.
Na decisão, baseada nas investigações da Polícia Civil, a juíza Tais Silva Teixeira afirma que "há prova inequívoca de materialidade e indícios de autoria", e aponta considerar que o crime foi premeditado pelo homem.
"Os depoimentos colhidos até o momento também revelam que o investigado premeditou a morte da vítima, insistindo em um passeio em meio a uma cachoeira, local onde poderia simular um acidente", diz.
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A jovem morreu em uma trilha próxima ao Salto das Orquídeas, cachoeira localizada em Sapopema, nos Campos Gerais do Paraná. Inicialmente Marcione alegou que a Jackeline morreu acidentalmente, mas a polícia afirma ter encontrado vestígios que apontam ter se tratado de um assassinato. Relembre detalhes mais abaixo.
O advogado Silvano Cardoso Antunes, que atua na defesa do suspeito, nega que tenha acontecido um crime e contesta as considerações da juíza.
"Estamos analisando os documentos juntados aos autos. Nosso cliente alega inocência; foi uma fatalidade, não existe premeditação. Não existem nos autos provas inequívocas de ter sido um crime", alega.
No documento de conversão da prisão, a juíza também ressalta que os testemunhos de dois amigos de Marcione, que estavam com ele e com Jackeline na trilha, apontam indícios do assassinato.
"Disseram que nos dias que antecederam o tal passeio, Marcione insistiu muito para irem ao local e um deles inclusive brincou com Marcione, ao ver onde seria o passeio, dizendo por mensagem que Marcione estaria planejando matar Jackeline naquele local", diz a juíza.
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Motivo do crime seria gravidez da vítima, segundo polícia
Jackeline Liliane dos Santos tinha 28 anos
Cedida pela família
De acordo com as investigações, Marcione mantinha um relacionamento amoroso com Jackeline, mas soube que ela estava grávida enquanto tentava se reconciliar com a ex-companheira - o que, para a polícia, teria motivado o crime.
Ele é suspeito de, uma semana antes da morte da vítima, ter drogado uma bebida dela com um remédio abortivo.
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO: Preso por morte de grávida em trilha de cachoeira do PR é suspeito de drogar bebida dela com abortivo uma semana antes
Na decisão judicial sobre a prisão do homem, a juíza Tais Silva Teixeira ressaltou que a ex-companheira de Marcione prestou depoimento e confirmou que eles estavam separados há cerca de dois anos, mas ele estava tentando reatar o relacionamento.
Ela disse, ainda, que soube que ele poderia ter engravidado Jackeline e confirmou que ainda não tinha oficializado o divórcio perante à Justiça.
"Disse ainda que depois, ao saber que Marcione estava se relacionando com Jackeline e que ela poderia estar grávida dele, ao seu esposo disse que se a vítima realmente estivesse grávida de Marcione não mais retomaria o relacionamento e que então gostaria de se divorciar", relata a juíza.
Causa da morte
O laudo pericial confirma que Jackeline Liliane dos Santos estava grávida há cerca de 8 semanas (aproximadamente dois meses de gestação), e aponta que a vítima apresentava diversos ferimentos pelo corpo.
Para a equipe da Polícia Científica, a causa da morte da mulher foram "lesões cervicais por traumatismo raquimedular por ação contundente"; ou seja, lesões na medula espinhal causadas por um impacto físico direto, como uma queda ou agressão, sem perfuração da pele.
No documento, não há a informação do que pode ter causado as lesões.
Para a advogada Tais Machinski, que representa a família da vítima, Jackeline foi golpeada pelo homem.
"Foi concluído que a morte foi causada por traumatismo raquimedular por ação contundente, ou seja, ela foi golpeada na nuca com algum objeto, que acreditamos ser pedra, já que havia muitas pedras na parte que eles estavam. Além dessa lesão que resultou na morte, foram encontradas diversas outras, principalmente na região da cabeça", destaca.
Para o advogado do homem, a lesão no pescoço apontada no laudo pode ter sido ocasionada por uma queda, como defende Marcione.
"A instrução criminal irá provar a inocência do nosso cliente. Não há nos autos, até o momento, nenhuma prova inequívoca que ele é o autor dessa tragédia. Reafirmamos que foi uma fatalidade, e os documentos que estão vindo dentro do processo têm demonstrado isso", ressalta.
Mulher morreu em trilha de cachoeira
Homem é preso por morte de grávida em trilha de cachoeira do PR
Jackeline morreu na tarde de 27 de abril, um domingo, por volta das 16h30, em uma trilha localizada a aproximadamente 1,5 km da sede do Salto das Orquídeas. Segundo a polícia, o local é de difícil acesso.
De acordo com a Polícia Militar (PM), ela e o suspeito estavam caminhando na companhia de amigos, quando se afastaram deles e ficaram para trás.
Marcione alegou que a mulher sofreu uma queda e bateu a cabeça contra uma pedra; no entanto, vestígios encontrados no local e no corpo dela pela perícia são incompatíveis com um acidente - indicando tratar-se de homicídio, diz a corporação.
"A vítima apresentava diversos ferimentos que, em juízo preliminar, eram incompatíveis com um simples escorregão. Somado a isso, outros amigos do casal que estavam próximo ao local, atuaram como testemunhas indicando que o autor teria interesse na morte da vítima, em razão de suposta gravidez desta", ressalta o delegado Angelo Oliveira Batista Dias.
O delegado também conta que apreendeu os celulares da vítima e do suspeito, e que a investigação continua.
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Na decisão, baseada nas investigações da Polícia Civil, a juíza Tais Silva Teixeira afirma que "há prova inequívoca de materialidade e indícios de autoria", e aponta considerar que o crime foi premeditado pelo homem.
"Os depoimentos colhidos até o momento também revelam que o investigado premeditou a morte da vítima, insistindo em um passeio em meio a uma cachoeira, local onde poderia simular um acidente", diz.
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A jovem morreu em uma trilha próxima ao Salto das Orquídeas, cachoeira localizada em Sapopema, nos Campos Gerais do Paraná. Inicialmente Marcione alegou que a Jackeline morreu acidentalmente, mas a polícia afirma ter encontrado vestígios que apontam ter se tratado de um assassinato. Relembre detalhes mais abaixo.
O advogado Silvano Cardoso Antunes, que atua na defesa do suspeito, nega que tenha acontecido um crime e contesta as considerações da juíza.
"Estamos analisando os documentos juntados aos autos. Nosso cliente alega inocência; foi uma fatalidade, não existe premeditação. Não existem nos autos provas inequívocas de ter sido um crime", alega.
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"Disseram que nos dias que antecederam o tal passeio, Marcione insistiu muito para irem ao local e um deles inclusive brincou com Marcione, ao ver onde seria o passeio, dizendo por mensagem que Marcione estaria planejando matar Jackeline naquele local", diz a juíza.
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Ele é suspeito de, uma semana antes da morte da vítima, ter drogado uma bebida dela com um remédio abortivo.
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Na decisão judicial sobre a prisão do homem, a juíza Tais Silva Teixeira ressaltou que a ex-companheira de Marcione prestou depoimento e confirmou que eles estavam separados há cerca de dois anos, mas ele estava tentando reatar o relacionamento.
Ela disse, ainda, que soube que ele poderia ter engravidado Jackeline e confirmou que ainda não tinha oficializado o divórcio perante à Justiça.
"Disse ainda que depois, ao saber que Marcione estava se relacionando com Jackeline e que ela poderia estar grávida dele, ao seu esposo disse que se a vítima realmente estivesse grávida de Marcione não mais retomaria o relacionamento e que então gostaria de se divorciar", relata a juíza.
Causa da morte
O laudo pericial confirma que Jackeline Liliane dos Santos estava grávida há cerca de 8 semanas (aproximadamente dois meses de gestação), e aponta que a vítima apresentava diversos ferimentos pelo corpo.
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No documento, não há a informação do que pode ter causado as lesões.
Para a advogada Tais Machinski, que representa a família da vítima, Jackeline foi golpeada pelo homem.
"Foi concluído que a morte foi causada por traumatismo raquimedular por ação contundente, ou seja, ela foi golpeada na nuca com algum objeto, que acreditamos ser pedra, já que havia muitas pedras na parte que eles estavam. Além dessa lesão que resultou na morte, foram encontradas diversas outras, principalmente na região da cabeça", destaca.
Para o advogado do homem, a lesão no pescoço apontada no laudo pode ter sido ocasionada por uma queda, como defende Marcione.
"A instrução criminal irá provar a inocência do nosso cliente. Não há nos autos, até o momento, nenhuma prova inequívoca que ele é o autor dessa tragédia. Reafirmamos que foi uma fatalidade, e os documentos que estão vindo dentro do processo têm demonstrado isso", ressalta.
Mulher morreu em trilha de cachoeira
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Jackeline morreu na tarde de 27 de abril, um domingo, por volta das 16h30, em uma trilha localizada a aproximadamente 1,5 km da sede do Salto das Orquídeas. Segundo a polícia, o local é de difícil acesso.
De acordo com a Polícia Militar (PM), ela e o suspeito estavam caminhando na companhia de amigos, quando se afastaram deles e ficaram para trás.
Marcione alegou que a mulher sofreu uma queda e bateu a cabeça contra uma pedra; no entanto, vestígios encontrados no local e no corpo dela pela perícia são incompatíveis com um acidente - indicando tratar-se de homicídio, diz a corporação.
"A vítima apresentava diversos ferimentos que, em juízo preliminar, eram incompatíveis com um simples escorregão. Somado a isso, outros amigos do casal que estavam próximo ao local, atuaram como testemunhas indicando que o autor teria interesse na morte da vítima, em razão de suposta gravidez desta", ressalta o delegado Angelo Oliveira Batista Dias.
O delegado também conta que apreendeu os celulares da vítima e do suspeito, e que a investigação continua.
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