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Como Trump impulsionou vitória da centro-esquerda no Canadá

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Como Trump impulsionou vitória da centro-esquerda no Canadá
O partido Liberal, de Mark Carney, conseguiu uma vitória nas urnas que antes parecia quase impossível. 'O presidente Trump está tentando nos destruir para que os Estados Unidos possam nos possuir. Isso nunca acontecerá', disse Mark Carney após vitória.
Getty Images via BBC
O Partido Liberal, do atual primeiro-ministro Mark Carney, venceu as eleições do Canadá nesta segunda-feira (28) — e ao que parece, o resultado foi conquistado graças à grande ajuda de Donald Trump.
A constante insistência do presidente dos EUA em relação a seu vizinho a norte e as provocações sobre fazer do Canadá o 51º estado americano coincidiram com uma reversão dramática na sorte do partido de centro-esquerda.
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Carney concentrou sua campanha e suas políticas nos últimos meses quase que exclusivamente em seu vizinho, e isso se refletiu em seu discurso de vitória. "O presidente Trump está tentando nos destruir para que os Estados Unidos possam nos possuir. Isso nunca acontecerá", disse o premiê, afirmando que os EUA querem o território e os recursos do Canadá.
Até o retorno de Trump ao poder, o Partido Conservador de Pierre Poilievre mantinha o que parecia ser uma vantagem grande e insuperável nas pesquisas de opinião, em meio à insatisfação geral com o estado da economia canadense e quase uma década de governo liberal sob o comando do então primeiro-ministro Justin Trudeau.
O ano passado foi devastador para os governos em exercício em todo o mundo, com partidos de todo o espectro político perdendo terreno ou controle absoluto —com os EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha, França e Índia entre os exemplos mais proeminentes.
Mas a eleição geral canadense quebrou essa tendência, após os liberais forçarem Trudeau a renunciar e escolherem um forasteiro político, o ex-chefe dos bancos centrais do Canadá e da Inglaterra, Carney, como líder.
Ele enfrentou duramente o que o partido caracteriza como a ameaça real que Trump representava não apenas para a economia, mas também para a própria soberania do Canadá.
Partido Liberal, o atual primeiro-ministro, vence as eleições no Canadá
Embora Trump não pareça ter o mesmo desgosto por Carney que claramente sentia por Trudeau, os interesses políticos dos EUA e do Canadá parecem destinados a continuar divergindo.
Já existem indícios de que o Canadá está olhando mais para a Europa como um parceiro confiável do que para a América de Trump — uma medida que certamente irritará o líder americano.
Carney prometeu iniciar rapidamente novas negociações comerciais com Trump em uma tentativa de evitar as tarifas dos EUA sobre as exportações de automóveis canadenses, que devem entrar em vigor em 3 de maio.
A economia canadense, que depende fortemente das exportações para os EUA, corre um risco considerável se uma guerra comercial total eclodir, e Carney — economista de formação e banqueiro veterano — prometeu aos eleitores que fará tudo ao seu alcance para impedir que o Canadá entre em recessão.
Enquanto isso, Trump virou tema da política canadense mais uma vez nesta segunda-feira. Enquanto os eleitores votavam, o presidente americano voltou a dizer que a fronteira EUA-Canadá foi "traçada artificialmente" e afirmou que o país estaria melhor como um estado americano "querido".
Carney ascendeu ao poder repentinamente, em um momento em que seu país enfrenta um dos maiores desafios em uma geração com vizinho superpoderoso.
Muitos líderes mundiais ainda estão descobrindo como lidar com Donald Trump em seu segundo mandato, mas poucos enfrentarão um desafio semelhante ao do Canadá.
"Canadá em 1º, nunca 51º", diz faixa em um protesto contra Donald Trump.
Getty Images via BBC
No entanto, não se deve esperar que os liberais agradeçam ao líder americano — ou que Trump suavize sua retórica, embora no mês passado ele tenha dito que preferia um primeiro-ministro liberal. (Posteriormente, ele afirmou que realmente não se importava com quem vencesse.)
Em vez disso, o resultado provável é mais do mesmo: piadas mais incisivas sobre a adesão do Canadá aos EUA, mais ameaças de uma guerra comercial e mais vontade de colocar em dúvida laços e acordos de longa data com o vizinho do norte dos Estados Unidos.
A ironia, no entanto, é que o foco irrisório de Trump no Canadá pode ter negado a ele um vizinho ao norte comandado por um político mais alinhado com suas prioridades conservadoras populistas do que o liberal Carney.
O líder do Partido Conservador canadense, o veterano Pierre Poilievre, tem algumas semelhanças com o presidente americano: é favorável à diminuição do governo, à redução dos impostos e dos serviços sociais e à promoção da produção de combustíveis fósseis. Assim como Trump, ele também critica o que chama de uma cultura esquerdista 'woke'.
Uma vitória conservadora nesta eleição teria sido vista por muitos — nos Estados Unidos e em todo o mundo — como um novo sinal de que a vitória de Trump no ano passado foi mais do que apenas um evento americano isolado.
Teria representado o que muitos na órbita de Trump gostam de acreditar ser um movimento global em direção à sua marca de política culturalmente conservadora, anti-elite, anti-imigração e pró-classe trabalhadora.

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