Minha Casa, Minha Vida impulsiona mercado imobiliário no 1º trimestre, apesar de Selic alta; entenda

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Com uma taxa básica de juros em 14,75% ao ano — e um crédito consequentemente mais caro —, o programa habitacional tem sido o principal motor do setor. Dados da CBIC mostram que o mercado imobiliário avançou 15% no primeiro trimestre na comparação anual. Prédios em construção na cidade de São Paulo
Luiz Franco/g1
O mercado imobiliário cresceu 15% no primeiro trimestre deste ano, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (19) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A alta foi observada tanto na venda de casas e apartamentos quanto em lançamentos no mercado.
Segundo a CBIC, foram vendidas 102.485 unidades residenciais entre janeiro e março de 2025, avanço de 15,7% frente ao mesmo período de 2024. Já os lançamentos (novos empreendimentos colocados à venda) totalizaram 84.924 unidades, subindo 15,1% na mesma comparação.
? Os dados foram puxados, principalmente, pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal, que tem sido um importante alicerce para compensar o atual contexto de crédito mais caro no mercado. (leia mais abaixo)
Em relação ao último trimestre de 2024, no entanto, o cenário é de retração: as vendas recuaram 4,2%, enquanto os novos lançamentos diminuíram 28,2%. Os dados consideram apenas imóveis novos, em uma amostragem de 221 cidades em todo o país.
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Protagonismo do Minha Casa, Minha Vida
Segundo a CBIC, o MCMV foi o grande protagonista dos resultados no primeiro trimestre deste ano. O programa habitacional respondeu por 53% dos lançamentos e 47% das vendas no período.
Isso significa que praticamente metade dos empreendimentos lançados e de imóveis vendidos contaram com os incentivos do programa, que oferece juros subsidiados e, portanto, taxas mais baixas.
Ao oferecer incentivos e juros de 7,66% a 8,16% ao ano, o MCMV se tornou uma importante alternativa em meio ao encarecimento do crédito. Com a taxa básica de juros do país, a Selic, em 14,75% ao ano — maior patamar em quase 20 anos —, o custo do financiamento imobiliário está em torno de 12%.
Nesse sentido, a CBIC destaca que a maior presença do programa habitacional ocorre justamente por conta das "condições de crédito mais acessíveis, com juros reais [ou seja, descontada a inflação] próximos de zero, e ao aumento da participação de estados e municípios com subsídios adicionais".
“Mesmo em um cenário de crédito caro, o brasileiro segue acreditando no investimento em moradia. A força do MCMV, aliada ao crescimento da renda e à estabilidade no emprego, sustenta esse desempenho positivo”, afirma Renato Correia, presidente da CBIC.
O levantamento mostra que os bons resultados se concentram em regiões onde o programa é dominante, como o Norte e o Nordeste. Houve destaque também nos lançamentos do programa no Sudeste — especialmente em São Paulo.
Mudanças no MCMV
O governo federal anunciou no mês passado novas regras para o Minha Casa, Minha Vida. As normas passaram a valer no dia 5 de maio e, portanto, ainda não interferiram nos resultados do mercado imobiliário.
O novo modelo inclui a criação da "Faixa 4", com a ampliação do financiamento habitacional para famílias com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil. Essas famílias poderão financiar imóveis que tenham um valor total de até R$ 500 mil.
Segundo a Caixa, as condições de financiamento para a nova faixa do programa oferecem:
Prazo para pagamento de até 420 meses.
Taxa de juros nominal de 10% ao ano.
Cota de financiamento de 80% para imóveis novos, independentemente da região do país.
Cota de financiamento de 60% para imóveis usados nas regiões Sul e Sudeste e de 80% para as demais localidades.
Valor máximo de compra e venda do imóvel podendo chegar a R$ 500 mil.
Além disso, também houve reajuste no teto da renda familiar para as demais faixas do Minha Casa, Minha Vida.
Faixa 1: famílias com renda de até R$ 2.850 mensais (eram R$ 2.640);
Faixa 2: famílias com renda de até R$ 4,7 mil mensais (eram R$ 4,4 mil);
Faixa 3: famílias com renda de até R$ 8,6 mil mensais (eram R$ 8 mil).
Ao considerar as três faixas, o valor máximo de compra de imóvel com financiamento pelo programa é de R$ 350 mil para de imóveis novos. Para usados, o limite é de R$ 270 mil, na Faixa 3.
De acordo com o Ministério das Cidades, 100 mil famílias serão beneficiadas com a recente mudança nos limites das faixas de renda.
Governo amplia 'Minha Casa, Minha Vida' para famílias com renda até R$ 12 mil
Otimismo à frente
Com as mudanças do MCMV, a CBIC disse estar otimista de que o mercado imobiliário irá se manter em um "patamar elevado ao longo de 2025, especialmente com a consolidação da Faixa 4" do programa.
O ânimo vem mesmo diante da retração de 5,5% na oferta geral de imóveis no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três últimos meses de 2024. Segundo a CBIC, o dado reflete uma combinação entre aumento nas vendas e redução no ritmo de lançamentos fora do MCMV.
“Mesmo assim, o setor opera com estoque equilibrado, suficiente para atender à demanda pelos próximos oito meses, caso não haja novos lançamentos”, diz o vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC e presidente da Comissão de Indústria Imobiliária da entidade, Ely Wertheim.
Para o cenário otimista, a entidade também cita a continuidade dos financiamentos via FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e poupança.
“A despeito da Selic elevada e das incertezas macroeconômicas, o desejo do brasileiro pela casa própria continua movendo o setor”, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e conselheiro da CBIC.
Luiz Franco/g1
O mercado imobiliário cresceu 15% no primeiro trimestre deste ano, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (19) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A alta foi observada tanto na venda de casas e apartamentos quanto em lançamentos no mercado.
Segundo a CBIC, foram vendidas 102.485 unidades residenciais entre janeiro e março de 2025, avanço de 15,7% frente ao mesmo período de 2024. Já os lançamentos (novos empreendimentos colocados à venda) totalizaram 84.924 unidades, subindo 15,1% na mesma comparação.
? Os dados foram puxados, principalmente, pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal, que tem sido um importante alicerce para compensar o atual contexto de crédito mais caro no mercado. (leia mais abaixo)
Em relação ao último trimestre de 2024, no entanto, o cenário é de retração: as vendas recuaram 4,2%, enquanto os novos lançamentos diminuíram 28,2%. Os dados consideram apenas imóveis novos, em uma amostragem de 221 cidades em todo o país.
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Segundo a CBIC, o MCMV foi o grande protagonista dos resultados no primeiro trimestre deste ano. O programa habitacional respondeu por 53% dos lançamentos e 47% das vendas no período.
Isso significa que praticamente metade dos empreendimentos lançados e de imóveis vendidos contaram com os incentivos do programa, que oferece juros subsidiados e, portanto, taxas mais baixas.
Ao oferecer incentivos e juros de 7,66% a 8,16% ao ano, o MCMV se tornou uma importante alternativa em meio ao encarecimento do crédito. Com a taxa básica de juros do país, a Selic, em 14,75% ao ano — maior patamar em quase 20 anos —, o custo do financiamento imobiliário está em torno de 12%.
Nesse sentido, a CBIC destaca que a maior presença do programa habitacional ocorre justamente por conta das "condições de crédito mais acessíveis, com juros reais [ou seja, descontada a inflação] próximos de zero, e ao aumento da participação de estados e municípios com subsídios adicionais".
“Mesmo em um cenário de crédito caro, o brasileiro segue acreditando no investimento em moradia. A força do MCMV, aliada ao crescimento da renda e à estabilidade no emprego, sustenta esse desempenho positivo”, afirma Renato Correia, presidente da CBIC.
O levantamento mostra que os bons resultados se concentram em regiões onde o programa é dominante, como o Norte e o Nordeste. Houve destaque também nos lançamentos do programa no Sudeste — especialmente em São Paulo.
Mudanças no MCMV
O governo federal anunciou no mês passado novas regras para o Minha Casa, Minha Vida. As normas passaram a valer no dia 5 de maio e, portanto, ainda não interferiram nos resultados do mercado imobiliário.
O novo modelo inclui a criação da "Faixa 4", com a ampliação do financiamento habitacional para famílias com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil. Essas famílias poderão financiar imóveis que tenham um valor total de até R$ 500 mil.
Segundo a Caixa, as condições de financiamento para a nova faixa do programa oferecem:
Prazo para pagamento de até 420 meses.
Taxa de juros nominal de 10% ao ano.
Cota de financiamento de 80% para imóveis novos, independentemente da região do país.
Cota de financiamento de 60% para imóveis usados nas regiões Sul e Sudeste e de 80% para as demais localidades.
Valor máximo de compra e venda do imóvel podendo chegar a R$ 500 mil.
Além disso, também houve reajuste no teto da renda familiar para as demais faixas do Minha Casa, Minha Vida.
Faixa 1: famílias com renda de até R$ 2.850 mensais (eram R$ 2.640);
Faixa 2: famílias com renda de até R$ 4,7 mil mensais (eram R$ 4,4 mil);
Faixa 3: famílias com renda de até R$ 8,6 mil mensais (eram R$ 8 mil).
Ao considerar as três faixas, o valor máximo de compra de imóvel com financiamento pelo programa é de R$ 350 mil para de imóveis novos. Para usados, o limite é de R$ 270 mil, na Faixa 3.
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Governo amplia 'Minha Casa, Minha Vida' para famílias com renda até R$ 12 mil
Otimismo à frente
Com as mudanças do MCMV, a CBIC disse estar otimista de que o mercado imobiliário irá se manter em um "patamar elevado ao longo de 2025, especialmente com a consolidação da Faixa 4" do programa.
O ânimo vem mesmo diante da retração de 5,5% na oferta geral de imóveis no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três últimos meses de 2024. Segundo a CBIC, o dado reflete uma combinação entre aumento nas vendas e redução no ritmo de lançamentos fora do MCMV.
“Mesmo assim, o setor opera com estoque equilibrado, suficiente para atender à demanda pelos próximos oito meses, caso não haja novos lançamentos”, diz o vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC e presidente da Comissão de Indústria Imobiliária da entidade, Ely Wertheim.
Para o cenário otimista, a entidade também cita a continuidade dos financiamentos via FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e poupança.
“A despeito da Selic elevada e das incertezas macroeconômicas, o desejo do brasileiro pela casa própria continua movendo o setor”, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e conselheiro da CBIC.
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