Free Fire: jogo onde menina de 12 anos conheceu adulto e sumiu é sucesso entre jovens na internet

Jogo tem mais de um bilhão de downloads em celulares. Polícia Civil investiga caso de menina de 12 anos que ficou desaparecida por cinco dias após conversar com homem que conheceu no Free Fire. Menina ficou desaparecida por cinco dias após conversar com homem em jogo online
Reprodução e Divulgação/Free Fire
O jogo Free Fire é um sucesso entre o público jovem e conecta pessoas na internet. O aplicativo gratuito já foi baixado mais de um bilhão de vezes em aparelhos mobile. O assunto, porém, passou a ser citado em um caso investigado pela Polícia Civil, após uma menina de 12 anos ficar desaparecida por cinco dias em Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo Maria Patrícia Melo de Menezes, mãe da adolescente, a filha começou a conversar com um homem que conheceu por meio do jogo pouco antes de sumir. Diante da repercussão do caso, o g1 reuniu as principais informações sobre o Free Fire.
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A adolescente desapareceu no dia 6 de julho e foi encontrada em São Bernardo do Campo (SP), na casa de um homem de 18 anos. Ela voltou para Santos (SP) na sexta-feira (11) e prestou depoimento junto com a mãe à Polícia Civil. A menina disse não ter sofrido nenhum crime violento.
Segundo o site da Garena Free Fire, dona do aplicativo, trata-se de um jogo de batalha online pelo celular "feito para oferecer aos jogadores uma experiência social agradável". Ele pode ser baixado por qualquer pessoa, tendo classificação indicativa de 12 anos na App Store e 14 no Google Play.
O g1 não conseguiu contato com a companhia até a publicação desta reportagem.
Apesar disso, um campo com perguntas frequentes sobre o jogo, que está disponível no site da empresa, mostra uma série de cuidados com o uso do app por menores de idade.
Free Fire
TV Globo/Reprodução
O jogo é seguro para crianças?
A empresa declara estar comprometida a fornecer uma experiência positiva, segura e agradável para todos os jogadores de Free Fire.
"Conforme declarado em nossos Termos de Serviço, os jogadores que não atingiram a maioridade (crianças) devem solicitar o consentimento dos pais antes de se registrarem para jogar", afirmou.
Quem pode falar com os menores?
Segundo a companhia, os usuários podem conversar com jogadores que foram adicionados à lista de amigos e também podem falar durante o jogo. Apesar disso, avisos são deixados aos responsáveis.
"Certifique-se de que os menores pelos quais você é responsável saibam que nunca devem compartilhar informações pessoais ou de identidade, nem compartilhar suas senhas ou dados de login com ninguém. Incentive-os a ter cuidado ao conversar com qualquer pessoa que conhecerem online", afirmou a empresa.
O que fazer em casos de comunicação inapropriada?
Segundo a Garena, os usuários são aconselhados a relatar qualquer comportamento inadequado por meio das funções de denúncia no jogo, pelas plataformas de mídia social, ou enviando os detalhes para a página de suporte.
"Respondemos a todas as denúncias e agimos sempre que necessário, incluindo o banimento de jogadores do nosso jogo. Quaisquer contas que consideramos terem sido usadas para fins legais, fraudulentos, ofensivos, difamatórios, ameaçadores ou abusivos poderão ser encaminhadas às autoridades da lei", declarou.
O que diz a polícia
Adolescente de 12 anos que estava desaparecida retorna para casa em Santos
A adolescente e a mãe prestaram esclarecimentos à Polícia Civil, também em Santos, na sexta-feira. O delegado Thiago Nemi Bonametti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Investigação sobre Homicídios, relatou o que a menor disse no depoimento às autoridades.
"Ela, a princípio, não alega nenhum crime violento, nada mais grave. Porém, existe a circunstância legal, que é a idade dela, uma questão da lei em que se presume que menores de 14 anos não podem ter relações afetivas", explicou o delegado.
Segundo ele, a menina foi encaminhada para serviços de saúde do município para assegurar que não houve algo mais grave com ela. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade dará continuidade às investigações.
Menina de 12 anos desapareceu após sair de casa em Santos
Reprodução e Arquivo Pessoal
Homem será ouvido
De acordo com Bonametti, a menina passou quase uma semana na casa do rapaz com o conhecimento dos familiares dele. Por isso, tanto o jovem quanto a mãe dele serão ouvidos pela Polícia Civil.
"[Ele] deve ser ouvido para esclarecer o que aconteceu, dar a versão dele do ocorrido. A família dele também porque tinha conhecimento de que a menina estava lá, então por que não fez mais nada?", disse o delegado.
Ida e retorno espontâneo
Bonametti disse que uma familiar do homem teria ido buscar a menina e a levado até a casa dele. A polícia ainda não sabe se ele estava junto, mas disse que a adolescente foi espontaneamente. "Foi consensual, apesar de ela ser uma criança praticamente, uma adolescente tecnicamente".
"Ela foi porque quis, obviamente algumas circunstâncias têm que ser verificadas exatamente. Ela não tem vontade ainda, não pode decidir sobre tudo da vida dela ainda, mas ela queria ir. Não foi forçada a ir, assim como quando quis voltar, voltou", complementou o delegado.
Delegado da (3º DEIC), Thiago Nemi Bonametti, concedeu entrevista coletiva na quarta-feira (24)
Reprodução/TV Ttribuna
Áudio um dia antes do aparecimento
A adolescente enviou um áudio à mãe na quinta-feira (11) dizendo que estava bem e na casa de uma amiga. "Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa. Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar", disse a menina à mãe, Maria Patricia, na quinta-feira (10) - veja a transcrição do áudio na íntegra abaixo:
"Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa.
Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar.
Eu não vou ter mais WhatsApp, vou desinstalar lá o WhatsApp.
Ah, e o menino acabou de me ligar aqui, ficou me ligando a noite toda, perguntando onde que eu tava, que você tava mandando mensagem pra ele. Ele tá aqui, ó, mandando eu ir pra casa. É só que eu não quero.
Dia 23 eu tô em casa, mãe. E para de mandar mensagem pra ele, que eu não tô com ele. Eu tô com minha amiga. E ele fica me ligando aqui, está me incomodando hoje.
Eu tô bem. Não precisa se preocupar, tua filha tá bem, tá bom?
Guarda compartilhada
De acordo com o delegado Bonametti, a menina estava morando há 15 dias com a mãe, que tem guarda compartilhada com a avó. Segundo ele, o fato da adolescente ter saído de casa pode indicar problemas familiares que precisam ser resolvidos.
Para a investigação, ainda não está confirmada a informação de que a menor conheceu o rapaz por meio do jogo online. "A mãe fala isso né? (que conheceu no jogo), mas a gente não tem certeza porque ela já tinha o WhatsApp do contato dele como 'amorzinho'. A gente não sabe exatamente como que eles se conheceram", disse Bonametti.
Última imagem
Vídeo mostra última vez em que adolescente desaparecida foi vista em Santos
Imagens de câmeras de monitoramento de imóveis no bairro Marapé, obtidas pelo repórter Mozarth Dias, da TV Tribuna, afiliada da Globo, flagraram a menina caminhando na calçada da Rua Nove de julho, no dia do desaparecimento (assista acima).
A adolescente estava vestindo roupas pretas e carregando uma mochila nas costas, além do celular e uma sacola branca nas mãos. No vídeo, ela aparece caminhando rapidamente.
Em determinado momento, a menina olha para trás enquanto segue caminhando, como se tivesse visto algo. Porém, ela logo volta a olhar para frente e segue o trajeto. Em outro trecho das imagens, a adolescente aparenta mexer no celular enquanto caminha.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Reprodução e Divulgação/Free Fire
O jogo Free Fire é um sucesso entre o público jovem e conecta pessoas na internet. O aplicativo gratuito já foi baixado mais de um bilhão de vezes em aparelhos mobile. O assunto, porém, passou a ser citado em um caso investigado pela Polícia Civil, após uma menina de 12 anos ficar desaparecida por cinco dias em Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo Maria Patrícia Melo de Menezes, mãe da adolescente, a filha começou a conversar com um homem que conheceu por meio do jogo pouco antes de sumir. Diante da repercussão do caso, o g1 reuniu as principais informações sobre o Free Fire.
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A adolescente desapareceu no dia 6 de julho e foi encontrada em São Bernardo do Campo (SP), na casa de um homem de 18 anos. Ela voltou para Santos (SP) na sexta-feira (11) e prestou depoimento junto com a mãe à Polícia Civil. A menina disse não ter sofrido nenhum crime violento.
Segundo o site da Garena Free Fire, dona do aplicativo, trata-se de um jogo de batalha online pelo celular "feito para oferecer aos jogadores uma experiência social agradável". Ele pode ser baixado por qualquer pessoa, tendo classificação indicativa de 12 anos na App Store e 14 no Google Play.
O g1 não conseguiu contato com a companhia até a publicação desta reportagem.
Apesar disso, um campo com perguntas frequentes sobre o jogo, que está disponível no site da empresa, mostra uma série de cuidados com o uso do app por menores de idade.
Free Fire
TV Globo/Reprodução
O jogo é seguro para crianças?
A empresa declara estar comprometida a fornecer uma experiência positiva, segura e agradável para todos os jogadores de Free Fire.
"Conforme declarado em nossos Termos de Serviço, os jogadores que não atingiram a maioridade (crianças) devem solicitar o consentimento dos pais antes de se registrarem para jogar", afirmou.
Quem pode falar com os menores?
Segundo a companhia, os usuários podem conversar com jogadores que foram adicionados à lista de amigos e também podem falar durante o jogo. Apesar disso, avisos são deixados aos responsáveis.
"Certifique-se de que os menores pelos quais você é responsável saibam que nunca devem compartilhar informações pessoais ou de identidade, nem compartilhar suas senhas ou dados de login com ninguém. Incentive-os a ter cuidado ao conversar com qualquer pessoa que conhecerem online", afirmou a empresa.
O que fazer em casos de comunicação inapropriada?
Segundo a Garena, os usuários são aconselhados a relatar qualquer comportamento inadequado por meio das funções de denúncia no jogo, pelas plataformas de mídia social, ou enviando os detalhes para a página de suporte.
"Respondemos a todas as denúncias e agimos sempre que necessário, incluindo o banimento de jogadores do nosso jogo. Quaisquer contas que consideramos terem sido usadas para fins legais, fraudulentos, ofensivos, difamatórios, ameaçadores ou abusivos poderão ser encaminhadas às autoridades da lei", declarou.
O que diz a polícia
Adolescente de 12 anos que estava desaparecida retorna para casa em Santos
A adolescente e a mãe prestaram esclarecimentos à Polícia Civil, também em Santos, na sexta-feira. O delegado Thiago Nemi Bonametti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Investigação sobre Homicídios, relatou o que a menor disse no depoimento às autoridades.
"Ela, a princípio, não alega nenhum crime violento, nada mais grave. Porém, existe a circunstância legal, que é a idade dela, uma questão da lei em que se presume que menores de 14 anos não podem ter relações afetivas", explicou o delegado.
Segundo ele, a menina foi encaminhada para serviços de saúde do município para assegurar que não houve algo mais grave com ela. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade dará continuidade às investigações.
Menina de 12 anos desapareceu após sair de casa em Santos
Reprodução e Arquivo Pessoal
Homem será ouvido
De acordo com Bonametti, a menina passou quase uma semana na casa do rapaz com o conhecimento dos familiares dele. Por isso, tanto o jovem quanto a mãe dele serão ouvidos pela Polícia Civil.
"[Ele] deve ser ouvido para esclarecer o que aconteceu, dar a versão dele do ocorrido. A família dele também porque tinha conhecimento de que a menina estava lá, então por que não fez mais nada?", disse o delegado.
Ida e retorno espontâneo
Bonametti disse que uma familiar do homem teria ido buscar a menina e a levado até a casa dele. A polícia ainda não sabe se ele estava junto, mas disse que a adolescente foi espontaneamente. "Foi consensual, apesar de ela ser uma criança praticamente, uma adolescente tecnicamente".
"Ela foi porque quis, obviamente algumas circunstâncias têm que ser verificadas exatamente. Ela não tem vontade ainda, não pode decidir sobre tudo da vida dela ainda, mas ela queria ir. Não foi forçada a ir, assim como quando quis voltar, voltou", complementou o delegado.
Delegado da (3º DEIC), Thiago Nemi Bonametti, concedeu entrevista coletiva na quarta-feira (24)
Reprodução/TV Ttribuna
Áudio um dia antes do aparecimento
A adolescente enviou um áudio à mãe na quinta-feira (11) dizendo que estava bem e na casa de uma amiga. "Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa. Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar", disse a menina à mãe, Maria Patricia, na quinta-feira (10) - veja a transcrição do áudio na íntegra abaixo:
"Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa.
Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar.
Eu não vou ter mais WhatsApp, vou desinstalar lá o WhatsApp.
Ah, e o menino acabou de me ligar aqui, ficou me ligando a noite toda, perguntando onde que eu tava, que você tava mandando mensagem pra ele. Ele tá aqui, ó, mandando eu ir pra casa. É só que eu não quero.
Dia 23 eu tô em casa, mãe. E para de mandar mensagem pra ele, que eu não tô com ele. Eu tô com minha amiga. E ele fica me ligando aqui, está me incomodando hoje.
Eu tô bem. Não precisa se preocupar, tua filha tá bem, tá bom?
Guarda compartilhada
De acordo com o delegado Bonametti, a menina estava morando há 15 dias com a mãe, que tem guarda compartilhada com a avó. Segundo ele, o fato da adolescente ter saído de casa pode indicar problemas familiares que precisam ser resolvidos.
Para a investigação, ainda não está confirmada a informação de que a menor conheceu o rapaz por meio do jogo online. "A mãe fala isso né? (que conheceu no jogo), mas a gente não tem certeza porque ela já tinha o WhatsApp do contato dele como 'amorzinho'. A gente não sabe exatamente como que eles se conheceram", disse Bonametti.
Última imagem
Vídeo mostra última vez em que adolescente desaparecida foi vista em Santos
Imagens de câmeras de monitoramento de imóveis no bairro Marapé, obtidas pelo repórter Mozarth Dias, da TV Tribuna, afiliada da Globo, flagraram a menina caminhando na calçada da Rua Nove de julho, no dia do desaparecimento (assista acima).
A adolescente estava vestindo roupas pretas e carregando uma mochila nas costas, além do celular e uma sacola branca nas mãos. No vídeo, ela aparece caminhando rapidamente.
Em determinado momento, a menina olha para trás enquanto segue caminhando, como se tivesse visto algo. Porém, ela logo volta a olhar para frente e segue o trajeto. Em outro trecho das imagens, a adolescente aparenta mexer no celular enquanto caminha.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
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