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Médico e influenciador Gabriel Almeida é punido por Conselho de Medicina por quebra de ética profissional

Médico e influenciador Gabriel Almeida é punido por Conselho de Medicina por quebra de ética profissional
Gabriel Almeida tem mais de 500 mil seguidores no Instagram e possui clínicas em Salvador e Feira de Santana, além de outras duas cidades fora da Bahia. Ele afirma que foi condenado injustamente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). Médico e influenciador Gabriel Almeida é punido pelo Conselho de Medicina por quebrar ética profissional
Reprodução/Redes sociais
O cirurgião-geral e influenciador Gabriel da Silva Almeida foi penalizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) após o Tribunal Superior de Ética Médica reconhecer infrações ao Código de Ética Médica. Um aviso oficial foi exposto pela Cremeb na segunda-feira (30), mas a decisão assinada pelo presidente Otávio Marambaia dos Santos foi assinada em 16 de junho.
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Conforme o aviso, o influenciador foi penalizado por quebrar os artigos 11, 21, 80 e 87 do Código de Ética Médica. Os artigos correspondem às sessões sobre responsabilidade profissional e documentos médicos. Confira o que diz cada tópico ⬇️
➡️ O artigo 11 detalha que os médicos não podem receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de número de registro do Conselho Regional de Medicina.
➡️ O artigo 21 aponta que os profissionais não podem deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou infligir a legislação pertinente.
➡️ Os artigos 80 e 87 falam sobre os documentos oficiais expedidos pelos profissionais. Os itens indicam que os médicos não podem expedir um documento médico sem ter praticado ato profissional, que seja tendencioso ou não corresponda à verdade. Além disso, previnem para a forma correta de elaborar um prontuário para cada paciente atendido.
Gabriel Almeida mantém uma clínica em Salvador, localizada no Edifício CEO Empresarial, na Avenida Tancredo Neves. O médico também possui pontos de atendimento em Feira de Santana, São Paulo e Petrolina. Ele atende pacientes famosos.
No Instagram, onde acumula 566 mil seguidores, exerce o papel de influenciador. Almeida foi notícia quando desembolsou R$ 450 mil e arrematou uma partida de pôquer com o jogador Neymar, em junho do ano passado. Três meses depois, protagonizou uma discussão o nutricionista Daniel Cady, marido de Ivete Sangalo, nas redes sociais.
O cirurgião-geral é conhecido também por recomendar abertamente o uso de medicamentos como Mounjaro e Ozempic — indicados para o tratamento de diabetes tipo 2 — como estratégia para o emagrecimento. No caso do Mounjaro, que tem como substância a tirzepatida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também aprovou o uso como tratamento para obesidade.
Em publicação feita na segunda-feira (30), o médico destacou estudos sobre o tema. Um dos trabalhos apontados por ele indica que o Mounjaro pode ainda proteger o cérebro contra doenças como demência e Alzheimer.
"Isso ainda está sendo estudado, mas é uma descoberta promissora, principalmente para quem tem histórico de Alzheimer na família", apontou o médico.
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➡️ O que diz o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia
Ao g1, o Cremeb-BA pontuou que o processo ético-profissional permanece em sigilo e as informações só podem ser acessadas pelas partes envolvidas. Ainda assim, a entidade destacou que a censura pública em publicação oficial é uma das punições previstas nos Conselhos de Medicina.
"As sanções são estabelecidas como forma de fazer com que o médico entenda o erro cometido e mude o seu comportamento, atendo-se àquilo que consta no Código de Ética Médica. Com relação à pena pública de advertência, essa significa que o dano possível de ser causado pela atitude que compromete o Código de Ética, na prática do profissional, precisa ser conhecido de toda sociedade, para que ela, inclusive, se resguarde", pontuou o órgão.
O conselho detalhou ainda que tem o dever de mostrar à população que trabalha pelo exercício ético da Medicina, "fiscalizando o trabalho dos médicos e separando o "joio do trigo", daqueles profissionais que agem eticamente".
O Cremeb destacou ainda que em todo o processo há um amplo espaço para a defesa e que quando uma sanção é colocada para conhecimento público é porque já transitou em julgado no conselho.
➡️ O que o médico diz sobre o caso
Por meio de nota enviada ao g1, Gabriel Almeida afirmou que a penalidade em questão não está relacionada com queixas apresentadas pelos pacientes ou denúncias sobre sua conduta médica. Ele ressaltou que a sanção aplicada é injusta, pois seria decorrente da falsificação de sua assinatura.
"A sanção aplicada decorre exclusivamente de decisão equivocada e injusta do Cremeb que, ciente de que criminosos falsificaram a minha assinatura, ainda assim resolveram injustamente me prejudicar; inclusive de forma difamatória", aponta o médico.
No Instagram, Almeida divulgou um parecer técnico de uma pesquisa grafotécnica que aponta que a assinatura dele foi falsificada. O profissional apresentou ainda um documento como prova de que não foi responsável por assinar documentos que teriam sido analisados pelo Cremeb.
Gabriel Almeida divulgou um parecer técnico de uma pesquisa grafotécnica para apontar que teve a assinatura falsificada.
Reprodução/Redes sociais
Ele disse que nunca respondeu a processo judicial relacionado ao exercício da medicina e foi pego de surpresa com a divulgação da penalização.
"Causa surpresa e desconforto que, em contraste com outros casos julgados no mesmo dia — inclusive com aplicação de sanções de suspensão por 30 dias a outros profissionais — tenha havido divulgação pública desproporcional e isolada exclusivamente quanto ao meu nome, o que transmite percepção distorcida à sociedade. Mais do que isso, difamatórias", enfatizou o profissional. (confira a nota na íntegra no fim da reportagem).
Ainda na nota, Almeida reiterou o compromisso com a ética, a legalidade e a medicina responsável, pontuando o respeito às instituições e à transparência. Ele contou que solicitou direito de reposta para provar que foi "condenado injustamente".
Confira nota de Gabriel Almeida na íntegra:
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
Diante da repercussão gerada por recente sanção administrativa de censura pública aplicada pelo CREMEB, venho esclarecer e declarar, com o devido respeito, que:
1. A penalidade em questão não guarda relação com qualquer queixa apresentada por pacientes, tampouco envolve denúncias sobre condutas médicas que tenham causado dano, efeitos adversos ou qualquer tipo de prejuízo à saúde de terceiros.
2. A sanção aplicada decorre exclusivamente de decisão equivocada e injusta do CREMEB que, ciente de que criminosos falsificaram a minha assinatura, ainda assim resolveram injustamente me prejudicar; inclusive de forma difamatória.
3. Nunca respondi qualquer processo judicial relacionado ao exercício da medicina. Em mais de 20 anos de atuação, jamais houve uma única queixa de paciente perante este Conselho ou qualquer outro órgão fiscalizador.
4. Causa surpresa e desconforto que, em contraste com outros casos julgados no mesmo dia — inclusive com aplicação de sanções de suspensão por 30 dias a outros profissionais — tenha havido divulgação pública desproporcional e isolada exclusivamente quanto ao meu nome, o que transmite percepção distorcida à sociedade. Mais do que isso, difamatórias.
Reitero meu compromisso com a ética, a legalidade e a medicina responsável, e manifesto meu respeito às instituições e à transparência, desde que assegurado o tratamento isonômico a mim e colegas.
Como se verifica, fui vítima de uma decisão injusta e, mais do que isso, publicamente exposta com o objetivo de prejudicar a minha imagem.
Diante disso, eu solicito direito de resposta e poderei provar que fui condenado injustamente."
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