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Funcionário de hospital descobre compatibilidade, inicia processo para doação de medula e reforça campanha para novos doadores

Funcionário de hospital descobre compatibilidade, inicia processo para doação de medula e reforça campanha para novos doadores
Vinicius Baptista tem 26 anos, trabalha no setor de oncologia da Santa Casa de Itapeva (SP) e iniciou o processo para ajudar um paciente. Vinícius Baptista, 26 anos, recebeu a mensagem de que era doador de medula óssea em Itapeva
Vinícius Baptista/Arquivo pessoal
Um funcionário da Santa Casa de Itapeva (SP) que foi chamado para doar medula óssea após descobrir que é compatível com um paciente participa de uma campanha do hospital para incentivar o cadastro de novos doadores.
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Vinícius Baptista, de 26 anos, trabalha há cinco anos na Santa Casa e há dois atua como escriturário no setor de oncologia. Ele contou ao g1 que ficou surpreso ao receber a mensagem do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
"Quando recebi a mensagem do Redome, fiquei com medo pela novidade e hesitei em responder. Mas, após pensar e conversar com profissionais da Santa Casa, vi que era o certo e topei! Ainda está no início do processo, que, segundo fui informado pelo Redome, leva algum tempo", explica.
No dia 9 de junho, ele fez a coleta de sangue no próprio hospital, uma das etapas do processo de confirmação da compatibilidade. "É o início de todo o processo, que exige cuidado, principalmente com quem vai receber a medula."
O estado de São Paulo concentra mais de 59% dos pacientes que aguardam na fila por um transplante de medula óssea na região sudeste. Eram 681 pessoas em 2024, de acordo com dados do Redome.
Diante desses números, especialistas destacam a importância de aumentar o número de cadastros. A chance de compatibilidade é baixa, o que torna cada novo doador essencial. Foi isso que motivou Vinícius a se inscrever.
"Eu me inscrevi como doador de medula em 2024, durante a campanha da Santa Casa. No começo, não imaginava que seria possível uma compatibilidade, porque a chance é muito pequena. Mas o que me motivou foi pensar que, se eu pudesse ajudar alguém a ter esperança, isso já seria o suficiente."
Vinícius Baptista recebeu apoio da equipe da Santa Casa de Itapeva para realizar a doação
Vinícius Baptista/Arquivo pessoal
? Intervalo entre a notificação e a doação
Vanessa Cardoso Fernandez, biomédica responsável pelo Banco de Sangue de Itapeva, está acompanhando o processo de doação de Vinícius.
"A recuperação do doador é tranquila. Geralmente o receptor volta às atividades normais em alguns dias e a sua medula se recupera em sua totalidade cerca de dez a 15 dias após o procedimento", destaca.
Após a doação, o material é entregue no próprio hospital onde irá transplantar para o próprio receptor e, automaticamente, o receptor recebe a medula e o organismo começa a reconhecer a identidade correta da produção de células e começa a produzir células saudáveis, explica a biomédica.
Em média, pode levar entre 30 dias e 180 dias desde o momento em que o doador é notificado até quando a doação de fato é realizada, com possibilidade de maiores ou menores prazos.
É possível fazer o cadastro para ser doador de medula óssea na Santa Casa de Itapeva, que fica na Rua Santos Dumont, 433, no Centro.
Santa Casa de Itapeva (SP)
Reprodução/TV TEM
❤️ Também quero ser doador de medula óssea
O Redome disponibiliza todas as informações necessárias sobre como ser um doador no site. No caso de quem já é voluntário, o órgão reforça os passos que Vinícius comentou: de entrar em contato e fazer a avaliação clínica.
Após a compatibilidade com um paciente que aguarda na fila, a doação só é realizada após a certeza de que o voluntário esteja em bom estado de saúde. O Redome custeia, por meio de recursos do Ministério da Saúde, todas as despesas necessárias, como passagem aérea, transporte de táxi, hotel e alimentação do doador e do acompanhante, se for o caso.
Segundo a Associação da Medula Óssea (AMEO), o Transplante de Medula Óssea (TMO) é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças auto-imunes, sendo a leucemia o caso mais conhecido.
Campanha Junho Vermelho conscientiza a população sobre a importância da doação de sangue
Reprodução/TV TEM
? E como é feita a doação?
Qualquer pessoa entre 18 e 35 anos, com boa saúde, pode ser doadora. Ainda conforme o Redome, a doação de medula óssea para transplante corresponde à coleta ou retirada das células da medula óssea do doador, que pode ser realizada de duas formas:
Coleta por aférese: método mais comum e semelhante à doação de sangue. O doador toma um medicamento por alguns dias para estimular a produção de células-tronco, que são retiradas do sangue pelo equipamento chamado aférese de sangue periférico;
Coleta por punção: feita sob anestesia, quando é retirada a medula diretamente do osso da bacia. O procedimento é seguro e a medula se regenera naturalmente em poucas semanas.
Todo o processo é feito de forma voluntária e anônima, mas que pode colaborar positivamente com a saúde de alguém. O doador não sabe para quem está doando e o paciente também não tem as informações pessoais do voluntário.
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