Linnpy

G
G1
5h

Estudante alagoano é convidado para seminário sobre equidade racial no RJ: 'Minhas expectativas são as melhores'

Estudante alagoano é convidado para seminário sobre equidade racial no RJ: 'Minhas expectativas são as melhores'
Érick Santos da Silva, aluno do curso de filosofia da UFAL, comemorou convite do Ministério da Igualdade Racial. Estudante da Ufal celebra sua ida a seminário à convite do MIR
Érick Santos da Silva, estudante de filosofia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) participará do Seminário Caminho Ameafricanos, no Rio de Janeiro. O convite foi feito pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR). Em entrevista ao g1 AL, ele comemorou o convite.
? Participe do canal do g1 AL no WhatsApp
"Representa não apenas um reconhecimento pessoal, mas também a importância de afirmarmos a presença negra na filosofia . Representa também a urgência de lutarmos por uma educação que enfrente o racismo estrutural e valorize outras formas de produzir conhecimento", destaca o universitário.
O estudante participará do Seminário Caminhos Amefricanos: Promoção da Igualdade Racial a Partir da Cooperação Sul-Sul, nos dias 4 e 5 de junho, na capital do Rio de Janeiro. Érick é o único representante do estado a participar do evento este ano.
O seminário faz parte do programa Caminhos Amefricanos, que tem como objetivo firmar alianças, promover o reconhecimento diversos feitos e colaborar na construção de políticas e práticas para a equidade racial no mundo.
Especialistas, gestores públicos e organizações se reunirão para compartilhar feitos na África e na Diáspora Africana nas Américas e avaliar impactos das experiências em países que sediaram edições anteriores como Moçambique, Cabo Verde e Colômbia.
Trajetória de Érick
Intercâmbio para Cabo Verde é destaque na trajetória de Érick
Arquivo pessoal
Segundo Érick, seu percurso acadêmico é marcado por discussões a partir do combate racial no campo da educação, com ênfase nos estudos filosóficos a partir de epistemologias negras.
O pesquisador participou de um intercâmbio para Cabo Verde do programa Caminhos Amefricanos promovido pelo MIR, em parceria Ministério da Educação (MEC), em outubro de 2024.
No local, Érick aprofundou seus estudos, dialogando com os desafios do enfrentamento ao racismo no campo educacional. Outros 50 estudantes e pesquisadores brasileiros participaram da ação.
O universitário foi convidado pelo Ministério da Igualdade Racial no início de junho. Ele conta que o evento é um espaço para ampliar discussões raciais dentro e fora da instituição de ensino.
"Acredito que esse espaço é uma oportunidade fundamental para fortalecer redes, compartilhar experiências e ampliar as discussões que temos construído dentro e fora da universidade", disse o estudante de filosofia.
Pesquisas e estudos na universidade
Na Ufal, Érick participa do Grupo de Estudos sobre Educação Antirracista (Gear), coordenado pela professora Juliele Sievers. Orientadora de Érick, ela destaca a participação do estudante nas aulas e atividades acadêmicas.
"Em uma disciplina em que fui sua professora, buscamos trabalhar a escrita de artigos científicos, cujo conteúdo filosófico eu costumo deixar à escolha dos alunos. Nisso, Érick propôs uma temática muito interessante e inovadora, e acabamos aprofundando o assunto e desenvolvendo um artigo em colaboração", fala Juliele Sievers.
O grupo tem a finalidade de investigar dinâmicas de racismo no campo da educação, principalmente filosofia; desenvolvendo estratégias pedagógicas que enaltecem produções intelectuais negras e buscam assegurar uma prática filosófica plural.
O artigo "Os Atravessamentos entre a Necropolítica e o Pacto Narcísico da Branquitude", escrito por Érick e Juliele Sievers, traz reflexões sobre os dois campos de estudo. Confira trecho do artigo abaixo:
"Pelo olhar de Achille Mbembe, necropolítica é o poder exercido pelo soberano, no qual este usa uma política de aniquilamento e inimizade, decidindo quais corpos devem morrer e quais devem viver. Entendemos que tal perspectiva em grande medida se relaciona com o Pacto Narcísico da Branquitude que, de acordo com Cida Bento, atua de modo a colocar o sujeito branco como o ponto de referência em todas as esferas e estruturas sociais, perpetuando seus privilégios e tornando as demais raças e formas de existência inferiorizadas, inclusive política e socialmente. Nesse sentido, através dessa lógica, os corpos negros que devem, dentre os demais, morrer, pois são considerados o “Outro” – do sujeito branco – e o inimigo do Estado".
O artigo de Érick foi publicado em uma revista científica e também pode ser lido na íntegra no site da Revista Ideação, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Filosofia da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Erk dos Santos, alagoas, Amefricanos
Arquivo Pessoal
Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL
Veja mais notícias da região no g1 AL

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar