Empresário achado sem vida em buraco no autódromo de SP teve morte violenta por asfixia, diz laudo pericial

Laudo necroscópico aponta asfixia como causa da morte de Adalberto Junior. Foram encontradas escoriações no pescoço dele, que sugerem uma possível esganadura cometida por outra pessoa. Corpo de empresário foi encontrado em buraco no Autódromo de Interlagos.
Reprodução
O empresário encontrado sem vida no buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo teve uma morte violenta por asfixia, aponta laudo pericial. A informação foi confirmada nesta terça-feira (17) pela TV Globo.
Os resultados dos exames necroscópicos feitos pela Polícia Técnico-Científica sobre a morte de Adalberto Amarilio júnior foram entregues à Polícia Civil, que investigava o caso como morte suspeita a esclarecer.
Procurada para comentar o assunto, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) ainda não respondeu se o caso passará a ser apurado como homicídio, em razão da descoberta de que o empresário teve uma morte violenta.
Ainda segundo a apuração da equipe de reportagem, os testes não detectaram a presença de álcool ou drogas no corpo de Adalberto. E que também não houve lesões traumáticas e nem indícios de violência sexual no empresário.
Adalberto havia sumido em 30 de maio depois de ir a um evento sobre motociclismo no autódromo. Seu corpo foi encontrado em 3 de junho por um funcionário da obra dentro do buraco. Câmeras de segurança gravaram o últimos momentos do empresário caminhando no estacionamento do lugar (veja vídeo abaixo).
Polícia colhe novos depoimentos sobre morte de empresário em Interlagos
Segundo a perícia do Instituto Médico Legal (IML), o laudo necroscópico apontou que a causa da morte do empresário foi mesmo asfixia, provocada provavelmente pela compressão do pulmão dele dentro do buraco. Também foram encontradas escoriações no pescoço de Adalberto, que sugerem uma possível esganadura cometida por outra pessoa.
Uma das hipóteses investigadas pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é a de que alguém o colocou no espaço de 3 metros de profundidade por 70 centímetros de diâmetro. O corpo foi encontrado sem calça e sem tênis. Ele tinha 35 anos e era dono de ótica.
De acordo com o IML, o laudo do DNA sobre o sangue encontrado dentro do carro de Adalberto, estacionado numa área proibida do kartódromo anexo ao autódromo, ainda não ficou pronto. A expectativa é a de que ele seja divulgado nesta terça-feira (17). Segundo a polícia, no entanto, as marcas já poderiam estar ali previamente, assim o sangue não estaria diretamente relacionado à morte.
Câmeras de segurança gravaram quando o empresário chegou ao evento e depois foi ao estacionamento onde deixou seu veículo.
Outro laudo que também está sendo feito é o toxicológico, que irá apontar se ele consumiu algum tipo de droga ou álcool antes de morrer. Rafael Aliste, amigo de Adalberto, que se encontrou com ele no dia do evento, havia dito que os dois tomaram cerveja e fumaram maconha.
Possibilidade de trajeto percorrida por empresário morto no autódromo de Interlagos
Reprodução/TV Globo
Mais um laudo que está sendo elaborada é o do local onde o corpo foi achado. Esse será produzido pelo Instituto de Criminalística (IC). E servirá como um mapa da região onde o corpo foi achado, mostrando o trajeto feito do estacionamento até o buraco.
A partir dos depoimentos colhidos, os investigadores preparam um croqui em 3D, por meio da técnica conhecida como espelhamento, para reconstituir a possível trajetória do empresário entre o evento, o local seu carro estava estacionado e o buraco da obra onde o corpo foi encontrado.
O DHPP investiga o caso como morte suspeita a esclarecer. Por isso que os testes da Polícia Científica são importantes para ajudar a investigação da Polícia Civil a esclarecer o mistério sobre a morte do empresário: se ela foi acidental ou criminosa.
Na primeira hipótese, Adalberto poderia ter tido um mal súbito, caído no buraco e morrido. Na segunda possibilidade, que segundo policiais seria mais plausível, ele pode ter sido colocado no local onde morreu por alguém que o teria agredido.
O empresário também mandou uma mensagem para a mulher dizendo que iria jantar em casa. "Posso dizer que, com certeza, ele foi uma vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum. Meu marido estava indo para o carro para vir embora. Alguém pegou ele nesse trajeto", afirmou Fernanda, de 34 anos, esposa de Adalberto, em entrevista à TV Globo.
Policiais apuram se o empresário se envolveu em alguma briga quando foi buscar seu carro num local proibido para ir embora.
"Nesse confronto, especula-se que a pessoa poderia ter pressionado Adalberto com o joelho ou sentado nas costas dele, causando uma compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse. Em seguida, ele teria sido jogado no buraco", disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, em entrevista à TV Globo, na semana passada.
Essa linha de investigação leva em conta que Adalberto teria tentado atravessar uma área restrita, fechada para circulação, e, assim, poderia ter sido barrado por algum segurança, por exemplo.
Alguns seguranças e chefes de segurança — sete pessoas no total — que trabalharam no local na noite em que Adalberto foi morto já prestaram depoimento. Entre homens e mulheres, considerando profissionais do autódromo, do kartódromo e os especialmente contratados para o evento, 188 profissionais trabalharam naquela noite. A polícia pretende ouvir ao menos metade desse grupo.
Hipótese é a de que empresário se envolveu em briga quando ia para o estacionamento.
Reprodução
Reprodução
O empresário encontrado sem vida no buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo teve uma morte violenta por asfixia, aponta laudo pericial. A informação foi confirmada nesta terça-feira (17) pela TV Globo.
Os resultados dos exames necroscópicos feitos pela Polícia Técnico-Científica sobre a morte de Adalberto Amarilio júnior foram entregues à Polícia Civil, que investigava o caso como morte suspeita a esclarecer.
Procurada para comentar o assunto, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) ainda não respondeu se o caso passará a ser apurado como homicídio, em razão da descoberta de que o empresário teve uma morte violenta.
Ainda segundo a apuração da equipe de reportagem, os testes não detectaram a presença de álcool ou drogas no corpo de Adalberto. E que também não houve lesões traumáticas e nem indícios de violência sexual no empresário.
Adalberto havia sumido em 30 de maio depois de ir a um evento sobre motociclismo no autódromo. Seu corpo foi encontrado em 3 de junho por um funcionário da obra dentro do buraco. Câmeras de segurança gravaram o últimos momentos do empresário caminhando no estacionamento do lugar (veja vídeo abaixo).
Polícia colhe novos depoimentos sobre morte de empresário em Interlagos
Segundo a perícia do Instituto Médico Legal (IML), o laudo necroscópico apontou que a causa da morte do empresário foi mesmo asfixia, provocada provavelmente pela compressão do pulmão dele dentro do buraco. Também foram encontradas escoriações no pescoço de Adalberto, que sugerem uma possível esganadura cometida por outra pessoa.
Uma das hipóteses investigadas pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é a de que alguém o colocou no espaço de 3 metros de profundidade por 70 centímetros de diâmetro. O corpo foi encontrado sem calça e sem tênis. Ele tinha 35 anos e era dono de ótica.
De acordo com o IML, o laudo do DNA sobre o sangue encontrado dentro do carro de Adalberto, estacionado numa área proibida do kartódromo anexo ao autódromo, ainda não ficou pronto. A expectativa é a de que ele seja divulgado nesta terça-feira (17). Segundo a polícia, no entanto, as marcas já poderiam estar ali previamente, assim o sangue não estaria diretamente relacionado à morte.
Câmeras de segurança gravaram quando o empresário chegou ao evento e depois foi ao estacionamento onde deixou seu veículo.
Outro laudo que também está sendo feito é o toxicológico, que irá apontar se ele consumiu algum tipo de droga ou álcool antes de morrer. Rafael Aliste, amigo de Adalberto, que se encontrou com ele no dia do evento, havia dito que os dois tomaram cerveja e fumaram maconha.
Possibilidade de trajeto percorrida por empresário morto no autódromo de Interlagos
Reprodução/TV Globo
Mais um laudo que está sendo elaborada é o do local onde o corpo foi achado. Esse será produzido pelo Instituto de Criminalística (IC). E servirá como um mapa da região onde o corpo foi achado, mostrando o trajeto feito do estacionamento até o buraco.
A partir dos depoimentos colhidos, os investigadores preparam um croqui em 3D, por meio da técnica conhecida como espelhamento, para reconstituir a possível trajetória do empresário entre o evento, o local seu carro estava estacionado e o buraco da obra onde o corpo foi encontrado.
O DHPP investiga o caso como morte suspeita a esclarecer. Por isso que os testes da Polícia Científica são importantes para ajudar a investigação da Polícia Civil a esclarecer o mistério sobre a morte do empresário: se ela foi acidental ou criminosa.
Na primeira hipótese, Adalberto poderia ter tido um mal súbito, caído no buraco e morrido. Na segunda possibilidade, que segundo policiais seria mais plausível, ele pode ter sido colocado no local onde morreu por alguém que o teria agredido.
O empresário também mandou uma mensagem para a mulher dizendo que iria jantar em casa. "Posso dizer que, com certeza, ele foi uma vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum. Meu marido estava indo para o carro para vir embora. Alguém pegou ele nesse trajeto", afirmou Fernanda, de 34 anos, esposa de Adalberto, em entrevista à TV Globo.
Policiais apuram se o empresário se envolveu em alguma briga quando foi buscar seu carro num local proibido para ir embora.
"Nesse confronto, especula-se que a pessoa poderia ter pressionado Adalberto com o joelho ou sentado nas costas dele, causando uma compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse. Em seguida, ele teria sido jogado no buraco", disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, em entrevista à TV Globo, na semana passada.
Essa linha de investigação leva em conta que Adalberto teria tentado atravessar uma área restrita, fechada para circulação, e, assim, poderia ter sido barrado por algum segurança, por exemplo.
Alguns seguranças e chefes de segurança — sete pessoas no total — que trabalharam no local na noite em que Adalberto foi morto já prestaram depoimento. Entre homens e mulheres, considerando profissionais do autódromo, do kartódromo e os especialmente contratados para o evento, 188 profissionais trabalharam naquela noite. A polícia pretende ouvir ao menos metade desse grupo.
Hipótese é a de que empresário se envolveu em briga quando ia para o estacionamento.
Reprodução
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
3 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0