Cenipa investiga causas do acidente com balão que deixou 8 mortos em Praia Grande (SC)

O acidente aconteceu no começo da manhã deste sábado (21). Doze passageiros e o piloto sobreviveram. Cenipa vai investigar causas de acidente com balão em Santa Catarina
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos vai investigar as causas do acidente com um balão em Praia Grande, Santa Catarina. Oito pessoas morreram e 13 sobreviveram.
Os 13 sobreviventes receberam os primeiros atendimentos ainda no local do acidente. Cinco precisaram ser levados para o hospital a cerca de 8 km de onde caiu o balão. Todos jáforam liberados.
O acidente aconteceu no início da manhã deste sábado (21) e, desde então, a Polícia Civil, as forças de segurança e o Cenipa investigam o que provocou o fogo e a queda do balão.
Uma equipe do Serviço de Investigação Regional da Aeronáutica está se deslocando do Rio Grande do Sul pa,a a cidade de Praia Grande para apurar as circunstâncias do acidente. Todos os voos na cidade foram suspensos até este domingo (22).
A região recebe muitas pessoas atraídas pelos sobrevoos. É um passeio que dura, em média, 45 minutos, mas logo no início da decolagem esse balão já teria apresentado sinais de problemas.
Um vídeo foi gravado antes de o balão subir pela primeira vez. Perto das 7h. Além do piloto, 20 pessoas estavam no cesto para fazer o passeio em Praia Grande, no extremo-sul de Santa Catarina. A estrutura balança para a esquerda. É necessário fazer peso para segurar o balão. A decolagem é comemorada.
Outro vídeo mostra o mesmo balão em chamas. Em poucos segundos, o fogo se espalha. O balão sofre queda livre. Algumas pessoas pulam. Oito morreram — três delas carbonizadas. Outras 13 sobreviveram.
A Polícia Civil informou que o voo durou apenas quatro minutos. Às 8h18, os bombeiros foram chamados.
O repórter Ricardo Von Dorf conversou com o policial civil que ouviu o piloto do balão, logo depois do acidente. O piloto disse para ele que depois da decolagem, já com uma certa altura, os passageiros perceberam fogo no cesto do balão e que usaram os casacos para tentar apagá-lo.
O piloto disse que tentou abaixar o equipamento para tentar pousar. O cesto tocou o solo e, sem controle, se arrastou por uma certa distância. Ele gritou para os passageiros para que todos se atirassem do cesto. Ele estava entre as 13 pessoas que conseguiram sair. Mas que logo depois, o balão voltou a ganhar altura levando os oito passageiros que ainda estavam a bordo.
"Quando o balão estava bem próximo ao solo, ele ordenou para que as pessoas pulassem do cesto, os passageiros. Então elas começaram a pular, algumas não conseguiram pular", diz o agente policial Tiago Luz Lemos.
"Várias pessoas acabaram pulando do balão já numa condição, digamos assim, mais próxima do solo. Ocorre que, com isso, o balão ficou vazio, ficou leve, aliás, e aí subiu novamente, e ali, algumas pessoas depois pularam do balão e outras, lamentavelmente, foram queimados e caíram juntamente com ele", conta o secretário de Segurança Pública de SC, Flavio Graf.
Os sobreviventes receberam atendimento em unidades de saúde da região. Todos estão fora de perigo. A Polícia Civil investiga as causas do acidente.
"Estamos apurando os fatos e verificar se há materialidade e autoria da prática de algum crime. Fizemos o interrogatório do piloto e conseguimos ouvir cinco pessoas que estavam no balão no momento, no início desse incidente. Nós já fizemos recolhimento de várias provas, de documentos que indicam autorização de voo e funcionamento dessa empresa", afirma delegado-geral da Polícia Civil de SC Ulisses Gabriel.
A empresa Sobrevoar, dona do balão que caiu, é cadastrada desde setembro de 2024 em Praia Grande, cidade conhecida como a versão brasileira da Capadócia — um destino turístico na Turquia conhecido pelo balonismo.
A região atrai muitos turistas e várias empresas fazem passeios de balão pelos cânions. A Sobrevoar se manifestou nas redes sociais e disse que se solidariza com as famílias das vítimas, oferecendo total apoio e se colocando à disposição para auxiliar em tudo que for necessário. E que cumpre todas as normas estabelecidas pela Anac e que não tinham registros de acidentes anteriores.
A Sobrevoar também destacou o esforço do piloto, e que ele adotou todos os procedimentos indicados, tentando salvar todos os que estavam a bordo.
A empresa também informou que todas as operações foram imediatamente suspensas por tempo indeterminado, em respeito às vítimas. O piloto Elves Crescêncio é experiente, segundo a empresa Sobrevoar. Nas redes sociais, ele mostra a paixão pelo balonismo e a rotina em Praia Grande.
Em nota, a Anac afirmou que está tomando as providências necessárias para averiguar a situação da aeronave e da tripulação.
A Vânia Scain viu tudo do chão.
"Difícil tirar esse tipo de imagem da cabeça, né? Difícil, acho que vai ser eterno, acho que vai ser eterno".
Cenipa investiga causas do acidente com balão que deixou 8 mortos em Praia Grande (SC)
Reprodução/TV Globo
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Os 13 sobreviventes receberam os primeiros atendimentos ainda no local do acidente. Cinco precisaram ser levados para o hospital a cerca de 8 km de onde caiu o balão. Todos jáforam liberados.
O acidente aconteceu no início da manhã deste sábado (21) e, desde então, a Polícia Civil, as forças de segurança e o Cenipa investigam o que provocou o fogo e a queda do balão.
Uma equipe do Serviço de Investigação Regional da Aeronáutica está se deslocando do Rio Grande do Sul pa,a a cidade de Praia Grande para apurar as circunstâncias do acidente. Todos os voos na cidade foram suspensos até este domingo (22).
A região recebe muitas pessoas atraídas pelos sobrevoos. É um passeio que dura, em média, 45 minutos, mas logo no início da decolagem esse balão já teria apresentado sinais de problemas.
Um vídeo foi gravado antes de o balão subir pela primeira vez. Perto das 7h. Além do piloto, 20 pessoas estavam no cesto para fazer o passeio em Praia Grande, no extremo-sul de Santa Catarina. A estrutura balança para a esquerda. É necessário fazer peso para segurar o balão. A decolagem é comemorada.
Outro vídeo mostra o mesmo balão em chamas. Em poucos segundos, o fogo se espalha. O balão sofre queda livre. Algumas pessoas pulam. Oito morreram — três delas carbonizadas. Outras 13 sobreviveram.
A Polícia Civil informou que o voo durou apenas quatro minutos. Às 8h18, os bombeiros foram chamados.
O repórter Ricardo Von Dorf conversou com o policial civil que ouviu o piloto do balão, logo depois do acidente. O piloto disse para ele que depois da decolagem, já com uma certa altura, os passageiros perceberam fogo no cesto do balão e que usaram os casacos para tentar apagá-lo.
O piloto disse que tentou abaixar o equipamento para tentar pousar. O cesto tocou o solo e, sem controle, se arrastou por uma certa distância. Ele gritou para os passageiros para que todos se atirassem do cesto. Ele estava entre as 13 pessoas que conseguiram sair. Mas que logo depois, o balão voltou a ganhar altura levando os oito passageiros que ainda estavam a bordo.
"Quando o balão estava bem próximo ao solo, ele ordenou para que as pessoas pulassem do cesto, os passageiros. Então elas começaram a pular, algumas não conseguiram pular", diz o agente policial Tiago Luz Lemos.
"Várias pessoas acabaram pulando do balão já numa condição, digamos assim, mais próxima do solo. Ocorre que, com isso, o balão ficou vazio, ficou leve, aliás, e aí subiu novamente, e ali, algumas pessoas depois pularam do balão e outras, lamentavelmente, foram queimados e caíram juntamente com ele", conta o secretário de Segurança Pública de SC, Flavio Graf.
Os sobreviventes receberam atendimento em unidades de saúde da região. Todos estão fora de perigo. A Polícia Civil investiga as causas do acidente.
"Estamos apurando os fatos e verificar se há materialidade e autoria da prática de algum crime. Fizemos o interrogatório do piloto e conseguimos ouvir cinco pessoas que estavam no balão no momento, no início desse incidente. Nós já fizemos recolhimento de várias provas, de documentos que indicam autorização de voo e funcionamento dessa empresa", afirma delegado-geral da Polícia Civil de SC Ulisses Gabriel.
A empresa Sobrevoar, dona do balão que caiu, é cadastrada desde setembro de 2024 em Praia Grande, cidade conhecida como a versão brasileira da Capadócia — um destino turístico na Turquia conhecido pelo balonismo.
A região atrai muitos turistas e várias empresas fazem passeios de balão pelos cânions. A Sobrevoar se manifestou nas redes sociais e disse que se solidariza com as famílias das vítimas, oferecendo total apoio e se colocando à disposição para auxiliar em tudo que for necessário. E que cumpre todas as normas estabelecidas pela Anac e que não tinham registros de acidentes anteriores.
A Sobrevoar também destacou o esforço do piloto, e que ele adotou todos os procedimentos indicados, tentando salvar todos os que estavam a bordo.
A empresa também informou que todas as operações foram imediatamente suspensas por tempo indeterminado, em respeito às vítimas. O piloto Elves Crescêncio é experiente, segundo a empresa Sobrevoar. Nas redes sociais, ele mostra a paixão pelo balonismo e a rotina em Praia Grande.
Em nota, a Anac afirmou que está tomando as providências necessárias para averiguar a situação da aeronave e da tripulação.
A Vânia Scain viu tudo do chão.
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