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Clandestinidade, simplicidade e presidência do Uruguai: conheça a trajetória de José 'Pepe' Mujica

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Clandestinidade, simplicidade e presidência do Uruguai: conheça a trajetória de José 'Pepe' Mujica
Ícone da esquerda sul-americana tratava um câncer e morreu nesta terça-feira (13). Ele passou 14 anos de sua vida atrás das grades e foi eleito presidente em 2010. Uma vez no cargo, passou a ser conhecido por sua vida simples e por seu Fusca ano 1987. Mujica foi ícone pop da esquerda e referência de vida simples; conheça trajetória
José Alberto Mujica Cordano, morreu nesta terça-feira (13), aos 89 anos. Ele tinha tumor no esôfago em estágio avançado e estava sob cuidados paliativos.
Pepe Mujica nasceu em Montevidéu, em 20 de maio de 1935.
Nos anos 1960, tornou-se membro da guerrilha Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros. O grupo ficou conhecido por assaltar bancos e distribuir comida e dinheiro aos pobres, antes da instalação da ditadura militar, em 1973.
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Durante sua atuação na clandestinidade, Mujica foi ferido quatro vezes em confrontos com a polícia. Escapou duas vezes da prisão até ser recapturado em 1972.
Prisão na ditadura e tortura
Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Secretaria de Comunicação do Uruguai
Durante a ditadura uruguaia, Mujica passou 14 anos preso em condições precárias e foi submetido a tortura.
Ele era considerado um dos presos “sequestrados” pelo regime e poderia ser executado sem julgamento caso os Tupamaros retomassem atividades armadas.
"Primeiro, eu ficava feliz se me davam um colchão. Depois, vivi muito tempo em uma salinha estreita, e aprendi a caminhar por ela de ponta a ponta", lembrou o presidente a uma entrevista ao Fantástico, da TV Globo, em 2012.
Foi libertado em 1985, após um decreto de anistia.
Logo depois, ingressou na política institucional, ajudando a fundar o Movimento de Participação Popular (MPP). Foi eleito deputado em 1994, chegou ao Senado em 1999 e, em 2005, assumiu o Ministério da Agricultura no governo de Tabaré Vázquez.
Presidência com foco social e vida modesta
Encontro de Lula com Pepe Mujica no Uruguai, em 2023
Ricardo Stuckert/PR
Mujica foi eleito presidente do Uruguai em 2010 e governou até 2015.
Durante sua gestão, o gasto social subiu de 60,9% para 75,5% do total do orçamento público. O salário mínimo teve aumento de 250%.
A economia cresceu, em média, 5,4% ao ano durante seu mandato.
Em 2012, Mujica legalizou a maconha e descriminalizou o aborto até a 12ª semana de gestação.
Chamava atenção pelo estilo de vida austero: morava com sua mulher, Lucía Topolansky, em um sítio nos arredores de Montevidéu e dirigia um Fusca azul ano 1987.
Considerado "o presidente mais pobre do mundo", ele se definia como "um velho lutador social, da década de 50, pelo menos, com muitas derrotas nas costas, que queria consertar o mundo e que, com o passar dos anos, ficou mais humilde, e agora tenta consertar um pouquinho alguma coisa".
Quem foi Pepe Mujica
Últimos anos de Mujica
Após deixar a Presidência, Mujica voltou ao Senado, onde permaneceu até 2020.
Afastou-se por questões de saúde durante a pandemia de Covid-19.
Passou os últimos anos cuidando da horta em casa.
Segundo relatos, doava até 90% do salário como ex-presidente a projetos sociais.
Declarava-se ateu, mas dizia admirar a natureza.
“Não tenho religião, mas sou quase panteísta”, afirmou em 2012.
Em 2024, revelou ter um câncer no esôfago, agravado por uma doença autoimune que afetava seus rins, o que impedia tratamentos como quimioterapia ou cirurgia.
Mesmo doente, manteve-se ativo até onde pôde. “Estou morrendo”, declarou em entrevista de julho. “É até aqui que vou.”
Em janeiro, afirmou que se ia “tranquilo e grato” após viver uma vida “muito boa”.
No domingo (11), a esposa e ex-vice-presidente Lucía Topolansky confirmou que ele estava em estado terminal e sob cuidados paliativos. “Sair de casa de carro seria demais para ele”, disse.
"Estou com ele há mais de 40 anos e estarei com ele até o fim", afirmou Topolansky.

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