Morre homem que ficou em estado vegetativo após receber superdosagem de remédio em hospital de Porto Alegre

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Alexandre Moraes de Lara tinha 28 anos quando recebeu dose 10 vezes maior de medicamento para tratar problema cardíaco. Alexandre Moraes de Lara, de 28 anos, antes e depois de superdosagem em hospital de Porto Alegre
Arquivo pessoal
Morreu no domingo (27), aos 31 anos, Alexandre Moraes de Lara, homem que ficou em estado vegetativo em 2021 após receber a superdosagem de um medicamento no Hospital Humaniza, em Porto Alegre, confirmou a esposa dele, Gabrielle Bressiani, ao g1.
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Conforme a certidão de óbito, a causa da morte foi "intoxicação por medicamento". Gabrielle Bressiani conta que a equipe médica do Hospital Humaniza, onde ele seguia internado desde o suposto erro, havia avisado que ele vinha apresentando dificuldades para respirar e sugeriu aumentar a dose de medicamentos que poderiam deixar ele mais confortável. Mas, no domingo, ele morreu.
"A vida que ele tinha não era vida, era sofrimento. Ele estava com muita dificuldade para respirar, mas a causa da morte foi intoxicação por medicamento. Ele não teria falecido se não fosse a intoxicação", afirma Gabrielle.
A Polícia Civil investigou o caso e concluiu que Alexandre sofreu lesão corporal gravíssima após suposto erro médico. O inquérito foi finalizado em 2023. A médica que determinou a aplicação da medicação foi indiciada. O indicado eram 30 miligramas, mas foram dadas 300 miligramas. Relembre o caso abaixo.
O g1 entrou em contato com a defesa da médica Erika Bastos Schluter, que não havia se manifestado até a mais recente atualização desta reportagem. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) também foi contatado e deve se manifestar posteriormente.
Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Judiciário. O g1 consultou o Tribunal de Justiça do RS, mas não obteve retorno até a mais recente atualização desta reportagem.
A família de Alexandre informou ao g1 que entrou com um processo contra o Hospital Humaniza. O hospital, por meio de nota, disse que "lamenta, com profundo pesar, o falecimento do paciente. Solidariza-se com seus familiares e amigos neste momento de dor e coloca-se à disposição para prestar o apoio necessário".
Como superdosagem de remédio pode levar a estado vegetativo
'A pessoa entra saudável e nunca mais sai', diz tio
Gabrielle e Alexandre têm uma filha de 3 anos. Ela estava grávida de três meses quando ele recebeu a superdosagem e ficou em estado vegetativo.
O velório está previsto para começar às 11h30 desta segunda-feira (28) na Capela G do cemitério Parque Jardim da Paz, no bairro Agronomia, na capital.
Relembre o caso
Relembre: caso de superdosagem deixou jovem em estado vegetativo em Porto Alegre
O caso ocorreu em outubro de 2021. Alexandre tinha 28 anos quando deu entrada no hospital para tratar um problema cardíaco. No entanto, em vez de receber dois comprimidos de propafenona, ele recebeu 20 – 10 vezes mais. O medicamento é indicado para controlar batimentos do coração.
Gabrielle estava junto de Alexandre quando foi aplicada a superdosagem da medicação. Ela disse ter questionado o técnico de enfermagem, que confirmou a dosagem, indicada pela médica. Pouco depois, Alexandre passou mal. O remédio acabou provocando uma parada cardiorrespiratória.
Segundo a família, o médico cardiologista deu a receita correta, e o primeiro erro aconteceu na farmácia do hospital.
"A farmácia, na hora de cadastrar o medicamento, cadastrou errado. Ao invés de cadastrar como 30 miligramas, que era o correto, cadastrou como 300 miligramas. Então, ao invés de tomar os dois comprimidos que ele deveria, ele tomou 20 comprimidos", disse Gabrielle.
Um prontuário assinado pelo diretor-executivo do hospital apontou o erro da equipe. Segundo o documento, "a medicação dispensada pela farmácia do hospital era divergente da dosagem registrada no sistema e da prescrição médica".
Gabrielle recorda que o marido era ativo fisicamente e que gostava de surfar e ir à academia.
Indiciamento
O indiciamento de Erika Bastos Schluter foi por ação culposa, quando há negligência, imprudência ou imperícia. A médica foi afastada do Hospital Humaniza logo após o caso.
"Todas as provas levaram a responsabilização dela porque ela era a médica responsável neste momento. Pela lei, como ela é uma profissional, uma técnica, ela teria teria obrigação de se informar sobre – eu sempre digo que nós não sabemos tudo, mas nós temos que ir atrás para saber daquilo que não entendemos – se ela tinha certeza ou não daquela posologia", disse, na época, a delegada Carla Kuhn.
Durante a investigação, a delegada ouviu farmacêuticos, enfermeiros e técnicos que atenderam Alexandre, mas eles não foram responsabilizados.
"O enfermeiro, inclusive, que estava de plantão no momento dos fatos, quando buscou na farmácia esse remédio, ele conversou com ela e falou: 'olha, doutora, tem uma quantidade exagerada aqui'. Mas parece que houve uma tentativa de falar com o 'cardio', mas que não obteve êxito. Então, dentro disso, ela determinou que se aplicasse aquela medicação toda no paciente", relata a delegada.
Na conclusão do inquérito, a delegada também apontou falhas nos processos administrativos que envolvem o cadastro dos medicamentos na farmácia do hospital.
Médica é suspeita de dar superdosagem a paciente que ficou em estado vegetativo no RS
VÍDEOS: Tudo sobre o RS
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Arquivo pessoal
Morreu no domingo (27), aos 31 anos, Alexandre Moraes de Lara, homem que ficou em estado vegetativo em 2021 após receber a superdosagem de um medicamento no Hospital Humaniza, em Porto Alegre, confirmou a esposa dele, Gabrielle Bressiani, ao g1.
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Conforme a certidão de óbito, a causa da morte foi "intoxicação por medicamento". Gabrielle Bressiani conta que a equipe médica do Hospital Humaniza, onde ele seguia internado desde o suposto erro, havia avisado que ele vinha apresentando dificuldades para respirar e sugeriu aumentar a dose de medicamentos que poderiam deixar ele mais confortável. Mas, no domingo, ele morreu.
"A vida que ele tinha não era vida, era sofrimento. Ele estava com muita dificuldade para respirar, mas a causa da morte foi intoxicação por medicamento. Ele não teria falecido se não fosse a intoxicação", afirma Gabrielle.
A Polícia Civil investigou o caso e concluiu que Alexandre sofreu lesão corporal gravíssima após suposto erro médico. O inquérito foi finalizado em 2023. A médica que determinou a aplicação da medicação foi indiciada. O indicado eram 30 miligramas, mas foram dadas 300 miligramas. Relembre o caso abaixo.
O g1 entrou em contato com a defesa da médica Erika Bastos Schluter, que não havia se manifestado até a mais recente atualização desta reportagem. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) também foi contatado e deve se manifestar posteriormente.
Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Judiciário. O g1 consultou o Tribunal de Justiça do RS, mas não obteve retorno até a mais recente atualização desta reportagem.
A família de Alexandre informou ao g1 que entrou com um processo contra o Hospital Humaniza. O hospital, por meio de nota, disse que "lamenta, com profundo pesar, o falecimento do paciente. Solidariza-se com seus familiares e amigos neste momento de dor e coloca-se à disposição para prestar o apoio necessário".
Como superdosagem de remédio pode levar a estado vegetativo
'A pessoa entra saudável e nunca mais sai', diz tio
Gabrielle e Alexandre têm uma filha de 3 anos. Ela estava grávida de três meses quando ele recebeu a superdosagem e ficou em estado vegetativo.
O velório está previsto para começar às 11h30 desta segunda-feira (28) na Capela G do cemitério Parque Jardim da Paz, no bairro Agronomia, na capital.
Relembre o caso
Relembre: caso de superdosagem deixou jovem em estado vegetativo em Porto Alegre
O caso ocorreu em outubro de 2021. Alexandre tinha 28 anos quando deu entrada no hospital para tratar um problema cardíaco. No entanto, em vez de receber dois comprimidos de propafenona, ele recebeu 20 – 10 vezes mais. O medicamento é indicado para controlar batimentos do coração.
Gabrielle estava junto de Alexandre quando foi aplicada a superdosagem da medicação. Ela disse ter questionado o técnico de enfermagem, que confirmou a dosagem, indicada pela médica. Pouco depois, Alexandre passou mal. O remédio acabou provocando uma parada cardiorrespiratória.
Segundo a família, o médico cardiologista deu a receita correta, e o primeiro erro aconteceu na farmácia do hospital.
"A farmácia, na hora de cadastrar o medicamento, cadastrou errado. Ao invés de cadastrar como 30 miligramas, que era o correto, cadastrou como 300 miligramas. Então, ao invés de tomar os dois comprimidos que ele deveria, ele tomou 20 comprimidos", disse Gabrielle.
Um prontuário assinado pelo diretor-executivo do hospital apontou o erro da equipe. Segundo o documento, "a medicação dispensada pela farmácia do hospital era divergente da dosagem registrada no sistema e da prescrição médica".
Gabrielle recorda que o marido era ativo fisicamente e que gostava de surfar e ir à academia.
Indiciamento
O indiciamento de Erika Bastos Schluter foi por ação culposa, quando há negligência, imprudência ou imperícia. A médica foi afastada do Hospital Humaniza logo após o caso.
"Todas as provas levaram a responsabilização dela porque ela era a médica responsável neste momento. Pela lei, como ela é uma profissional, uma técnica, ela teria teria obrigação de se informar sobre – eu sempre digo que nós não sabemos tudo, mas nós temos que ir atrás para saber daquilo que não entendemos – se ela tinha certeza ou não daquela posologia", disse, na época, a delegada Carla Kuhn.
Durante a investigação, a delegada ouviu farmacêuticos, enfermeiros e técnicos que atenderam Alexandre, mas eles não foram responsabilizados.
"O enfermeiro, inclusive, que estava de plantão no momento dos fatos, quando buscou na farmácia esse remédio, ele conversou com ela e falou: 'olha, doutora, tem uma quantidade exagerada aqui'. Mas parece que houve uma tentativa de falar com o 'cardio', mas que não obteve êxito. Então, dentro disso, ela determinou que se aplicasse aquela medicação toda no paciente", relata a delegada.
Na conclusão do inquérito, a delegada também apontou falhas nos processos administrativos que envolvem o cadastro dos medicamentos na farmácia do hospital.
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