Vídeo mostra prisão de médico suspeito de matar esposa envenenada em SP; mãe passou mal na delegacia

Luiz Antonio Garnica e a mãe são suspeitos de matar Larissa Rodrigues em Ribeirão Preto. Laudo apontou substância conhecida como chumbinho no organismo da vítima. Veja momento em que médico suspeito de envenenar esposa é preso em Ribeirão Preto, SP
O médico Luiz Antonio Garnica, preso com a mãe nesta terça-feira (6) por suspeita de matar a esposa envenenada em Ribeirão Preto (SP), recebeu voz de prisão enquanto trabalhava em um consultório na cidade.
As imagens mostram quando o delegado Diógenes Santiago Netto, responsável pelo cumprimento do mandado de prisão, informou ao médico que ele estava preso por causa da investigação de homicídio.
Garnica não reagiu e perguntou se poderia avisar o advogado dele, mas o delegado pediu o celular ao médico e se prontificou a informar a defesa.
Os policiais também informaram a Garnica que ele poderia avisar os familiares quando chegasse à delegacia. Em seguida, o médico, visivelmente surpreso, se sentou em uma cadeira e apontou para o coração, demonstrando dificuldade de respirar.
O médico Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa em Ribeirão Preto, SP
Imagens cedidas pela Polícia Civil
A mãe de Garnica, Elizabete Arrabaça, de 67 anos, que também é suspeita na morte da nora, foi presa no Jardim Irajá, na zona Sul da cidade.
Ao ser levada à delegacia, ela passou mal e foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a polícia, ela foi encaminhada a um hospital particular.
O delegado Fernando Bravo disse que ela vai receber toda assistência necessária.
Presa por suspeita da morte da nora, sogra passa mal em delegacia de Ribeirão Preto, SP
Investigação
Segundo a polícia, Garnica e a mãe são suspeitos de matar Larissa Rodrigues, de 37 anos, em março deste ano. O laudo toxicológico feito no corpo da professora apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como chumbinho.
"Ontem nós conseguimos encontrar uma testemunha que relatou que a sogra estava procurando o chumbinho para comprar, aproximadamente 15 dias antes da morte, então isso nos trouxe uma segurança que ela juntamente com o filho mataram a Larissa", disse o delegado Fernando Bravo, chefe da investigação.
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O médico Luiz Antonio Garnica e a esposa, a professora Larissa Rodrigues, que morreu envenenada em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
De acordo com Bravo, o comportamento do médico no momento em que as autoridades chegaram ao apartamento onde a professora foi achada morta chamou a atenção da polícia.
"A participação dele ficou bem evidente para nós pela forma que ele encontrou a Larissa, ela já estava com rigidez cadavérica e ele tentava limpar o apartamento como se fosse tentar desfazer as provas para a perícia técnica não detectar uma prova contra ele, então isso nos deu segurança pra pedir a prisão dos dois", disse Bravo.
O advogado Júlio Mossin, que defende o médico, disse que não teve acesso ao mandado de prisão, mas afirmou que Garnica é inocente.
O g1 não localizou a defesa de Elizabete até a última atualização desta matéria.
Morte em março
De acordo com o boletim de ocorrência, no dia 22 de março, Garnica relatou que chegou ao apartamento do casal no bairro Jardim Botânico, zona Sul da cidade, e estranhou o fato de Larissa não responder ao seu chamado. Ele disse que, depois de procurá-la por diferentes cômodos da casa, a encontrou no banheiro, caída e desfalecida.
O médico Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Garnica também relatou que, por ser médico, pegou a esposa e a colocou na cama do casal para a realização de procedimentos de urgência, mas que não teve sucesso e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A equipe acionada confirmou a morte da professora no local. O caso inicialmente foi registrado como morte suspeita.
Laudos foram solicitados ao Instituto Médico Legal (IML) e ao Instituto de Criminalística (IC) para apontar as circunstâncias da morte.
Envenenamento
O primeiro exame no corpo da professora foi inconclusivo e apontou que ela tinha lesões patológicas no pulmão e no coração, além de "cogumelo de espuma", termo médico que indica contato do ar com líquido do organismo e que pode ocorrer tanto em situações de morte natural e não natural.
Nesta terça-feira, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão temporária contra o médico e a mãe dele após o laudo toxicológico apontar o chumbinho no organismo de Larissa.
A médica Larissa Rodrigues morreu em Ribeirão Preto, SP, em março deste ano
Arquivo pessoal
De acordo com o delegado, a sogra foi a última pessoa a ver Larissa com vida na véspera da morte. A investigação também apontou que a mulher chegou a ligar para uma amiga perguntando sobre o chumbinho.
"Ela chegou a ligar para uma amiga que é fazendeira para saber se ela tinha essa substância na fazenda. Quando a amiga disse que não, ela pediu indicação de lugar para comprar, mas não foi fornecido ou indicado", afirma.
A polícia trabalha para descobrir como ela conseguiu a substância e a motivação do crime. De acordo com Bravo, há indícios de que Larissa tenha sido envenenada por dias.
"Há indícios de que foram administrados ao longo da semana, até porque a vítima chegou e relatou para amigos que toda vez que a sogra saiu de casa ela passou mal, com diarreia. Ela teve alguns sintomas, que hoje a gente percebe, já estavam indicando o envenenamento", diz o delegado.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca
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O médico Luiz Antonio Garnica, preso com a mãe nesta terça-feira (6) por suspeita de matar a esposa envenenada em Ribeirão Preto (SP), recebeu voz de prisão enquanto trabalhava em um consultório na cidade.
As imagens mostram quando o delegado Diógenes Santiago Netto, responsável pelo cumprimento do mandado de prisão, informou ao médico que ele estava preso por causa da investigação de homicídio.
Garnica não reagiu e perguntou se poderia avisar o advogado dele, mas o delegado pediu o celular ao médico e se prontificou a informar a defesa.
Os policiais também informaram a Garnica que ele poderia avisar os familiares quando chegasse à delegacia. Em seguida, o médico, visivelmente surpreso, se sentou em uma cadeira e apontou para o coração, demonstrando dificuldade de respirar.
O médico Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa em Ribeirão Preto, SP
Imagens cedidas pela Polícia Civil
A mãe de Garnica, Elizabete Arrabaça, de 67 anos, que também é suspeita na morte da nora, foi presa no Jardim Irajá, na zona Sul da cidade.
Ao ser levada à delegacia, ela passou mal e foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a polícia, ela foi encaminhada a um hospital particular.
O delegado Fernando Bravo disse que ela vai receber toda assistência necessária.
Presa por suspeita da morte da nora, sogra passa mal em delegacia de Ribeirão Preto, SP
Investigação
Segundo a polícia, Garnica e a mãe são suspeitos de matar Larissa Rodrigues, de 37 anos, em março deste ano. O laudo toxicológico feito no corpo da professora apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como chumbinho.
"Ontem nós conseguimos encontrar uma testemunha que relatou que a sogra estava procurando o chumbinho para comprar, aproximadamente 15 dias antes da morte, então isso nos trouxe uma segurança que ela juntamente com o filho mataram a Larissa", disse o delegado Fernando Bravo, chefe da investigação.
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O médico Luiz Antonio Garnica e a esposa, a professora Larissa Rodrigues, que morreu envenenada em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
De acordo com Bravo, o comportamento do médico no momento em que as autoridades chegaram ao apartamento onde a professora foi achada morta chamou a atenção da polícia.
"A participação dele ficou bem evidente para nós pela forma que ele encontrou a Larissa, ela já estava com rigidez cadavérica e ele tentava limpar o apartamento como se fosse tentar desfazer as provas para a perícia técnica não detectar uma prova contra ele, então isso nos deu segurança pra pedir a prisão dos dois", disse Bravo.
O advogado Júlio Mossin, que defende o médico, disse que não teve acesso ao mandado de prisão, mas afirmou que Garnica é inocente.
O g1 não localizou a defesa de Elizabete até a última atualização desta matéria.
Morte em março
De acordo com o boletim de ocorrência, no dia 22 de março, Garnica relatou que chegou ao apartamento do casal no bairro Jardim Botânico, zona Sul da cidade, e estranhou o fato de Larissa não responder ao seu chamado. Ele disse que, depois de procurá-la por diferentes cômodos da casa, a encontrou no banheiro, caída e desfalecida.
O médico Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Garnica também relatou que, por ser médico, pegou a esposa e a colocou na cama do casal para a realização de procedimentos de urgência, mas que não teve sucesso e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A equipe acionada confirmou a morte da professora no local. O caso inicialmente foi registrado como morte suspeita.
Laudos foram solicitados ao Instituto Médico Legal (IML) e ao Instituto de Criminalística (IC) para apontar as circunstâncias da morte.
Envenenamento
O primeiro exame no corpo da professora foi inconclusivo e apontou que ela tinha lesões patológicas no pulmão e no coração, além de "cogumelo de espuma", termo médico que indica contato do ar com líquido do organismo e que pode ocorrer tanto em situações de morte natural e não natural.
Nesta terça-feira, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão temporária contra o médico e a mãe dele após o laudo toxicológico apontar o chumbinho no organismo de Larissa.
A médica Larissa Rodrigues morreu em Ribeirão Preto, SP, em março deste ano
Arquivo pessoal
De acordo com o delegado, a sogra foi a última pessoa a ver Larissa com vida na véspera da morte. A investigação também apontou que a mulher chegou a ligar para uma amiga perguntando sobre o chumbinho.
"Ela chegou a ligar para uma amiga que é fazendeira para saber se ela tinha essa substância na fazenda. Quando a amiga disse que não, ela pediu indicação de lugar para comprar, mas não foi fornecido ou indicado", afirma.
A polícia trabalha para descobrir como ela conseguiu a substância e a motivação do crime. De acordo com Bravo, há indícios de que Larissa tenha sido envenenada por dias.
"Há indícios de que foram administrados ao longo da semana, até porque a vítima chegou e relatou para amigos que toda vez que a sogra saiu de casa ela passou mal, com diarreia. Ela teve alguns sintomas, que hoje a gente percebe, já estavam indicando o envenenamento", diz o delegado.
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