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Laudo descarta sinal de violência, mas polícia mantém versão de lesões sobre morte de menina de 11 anos no RS

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Laudo descarta sinal de violência, mas polícia mantém versão de lesões sobre morte de menina de 11 anos no RS
Izabelly Carvalho Brezzolin morreu no dia 8 de maio, na UTI em Santa Maria. IGP aponta que a causa do óbito foi "por complicações sépticas de pneumonia". Izabelly Carvalho Brezzolin, de 11 anos, morreu nesta quarta-feira (8) no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM)
Divulgação/Secretaria Estadual de Saúde do RS
O laudo pericial da morte de Izabelly Carvalho Brezzolin, de 11 anos, descartou que ela tenha sofrido violência quando precisou ser hospitalizada no município de São Gabriel, na Fronteira Oeste do RS. A menina morreu no dia 8 de maio, na UTI do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (HUSM).
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Segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), a causa do morte foi "por complicações sépticas de pneumonia sem nenhum sinal de trauma por violência sofrida e nenhum sinal de violência sexual".
No dia 7, os pais de Izabelly, um homem de 55 anos e uma mulher de 36 anos foram presos em flagrante, por suspeita de estupro de vulnerável e maus-tratos contra a própria filha, segundo a polícia.
No entanto, em nota compartilhada na segunda-feira (12), o hospital Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, que prestou o primeiro atendimento, destacou que "nenhum dos exames realizados no momento da admissão apontou fraturas de costelas ou indícios de violência sexual".
De acordo com a primeira nota divulgada pela Polícia na última semana, Izabelly foi internada em estado grave na Santa Casa de São Gabriel, na noite de quarta, com duas costelas quebradas, perfuração no pulmão e diversos hematomas e lesões no corpo, inclusive na região genital.
Em nova manifestação nesta terça-feira (13), a Polícia Civil mantém versão de "lesões, inclusive genitais, que precisavam ser esclarecidas. Para além disso, a mãe da vítima relatou ter flagrado seu companheiro realizando carícias indevidas na filha, o que ocasionou discussão entre o casal".
A reportagem entrou em contato com o Conselho Tutelar de São Gabriel, que informou não poder fornecer informações, "por se tratar de atendimento sendo sigiloso".
A morte foi confirmada pelo Husm, que não compartilha boletins sobre estado de saúde ou informações de pacientes. De acordo com a instituição, "todas as informações pertinentes ao caso serão repassadas aos órgãos responsáveis pela investigação das causas do óbito".
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) informou, na segunda-feira (12), que os responsáveis pela criança seguem presos.
O g1 busca as defesas do homem e da mulher e atualizará a matéria assim que conseguir contato.
Por causa da gravidade dos ferimentos, Izabelly precisou ser transferida para Santa Maria, mas teve duas paradas cardíacas e morreu na manhã da última quinta (8).
Segundo a Polícia Civil, os pais da criança justificaram que ela teria caído da cama, o que teria causado as lesões. De acordo com o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, não havia registro anterior de agressões na família.
Pai e mãe são presos por suspeita de estupro e maus-tratos após morte de filha de 11 anos
Notas oficiais
Polícia Civil
"Em relação ao caso Izabelly, informamos que a prisão em flagrante efetuada ocorreu à luz dos elementos de informação colhidos no momento em que a Polícia Civil teve conhecimento dos fatos.
3 Conselheiras Tutelares se encontravam no Hospital, a pedido de funcionários da instituição, diante de possível caso de lesões, inclusive genitais, e de notícias de fraturas. Foi chamada a guarnição da BM que, tomando ciência da situação, solicitou a presença da Polícia Civil. A vítima já se encontrava com dreno no peito e intubada.
Documentos da evolução da paciente e depoimentos davam conta da chegada da vítima em estado de choque, com lesões, inclusive genitais, que precisavam ser esclarecidas. Para além disso, a mãe da vítima relatou ter flagrado seu companheiro realizando carícias indevidas na filha, o que ocasionou discussão entre o casal.
Diante disso, foi lavrado APF, pelo crime de maus-tratos, na modalidade de privação de cuidados indispensáveis, qualificado pelas lesões graves, e majorado pela idade da vítima (art. 136, §§1º, e 3º, do CP), haja vista que a vítima estava acamada desde domingo, e que desde terça-feira não mais falava, e também pelo crime de estupro de vulnerável, diante dos relatos da mãe e dos documentos até então existentes.
Em relação ao laudo pericial, causa estranheza o fato de os veículos de comunicação terem tido acesso a ele antes que esse órgão policial.
Não obstante, independentemente das conclusões periciais, que, inclusive, podem ser objeto de questionamento, o crime de maus-tratos, agora qualificado pela morte, ostenta materialidade inequívoca. A vítima chegou em choque clínico, devido à sonegação de busca de atendimento médico pelos pais. Em relação ao possível estupro, lembra-se que ele não se consuma apenas com penetração, mas com qualquer ato libidinoso, e os elementos de informação, tanto no momento do flagrante, quanto no andamento da investigação, apontam para a sua existência.
A Polícia Civil atua com responsabilidade como primeiro garantidor das liberdades e garantias franqueadas pela CF. No entanto, diante de elementos de convicção que façam concluir a respeito da culpabilidade, deve agir para evitar a impunidade e preservar a investigação criminal."
Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel
""A Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel informa que a paciente Isabelly Carvalho Bresolin foi imediatamente e exemplarmente atendida pelo plantonista e por toda a equipe envolvida no atendimento, sendo realizados todos os procedimentos necessários com agilidade e responsabilidade. Após avaliação clínica e realização de exames de imagem, foi identificado um quadro de pneumotórax, sendo imediatamente acionada a equipe de cirurgia geral, que realizou a colocação de dreno torácico, procedimento essencial para estabilização do quadro respiratório da paciente. Diante da necessidade de cuidados intensivos especializados, foi providenciado o encaminhamento de Isabelly para a UTI Pediátrica em Santa Maria, por meio de ambulância disponibilizada pelo Município. Esclarecemos que nenhum dos exames realizados no momento da admissão apontou fraturas de costelas ou indícios de violência sexual. A Santa Casa não possui qualquer relação com as informações que vêm sendo divulgadas sobre o caso e reforça que não divulga dados clínicos de pacientes, especialmente nos casos que envolvem menores de idade, em estrito cumprimento ao sigilo médico, conforme previsto no Código de Ética Médica, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e demais legislações vigentes.
Todas as informações clínicas e documentações pertinentes foram encaminhadas exclusivamente aos órgãos competentes responsáveis pela investigação.
A instituição reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na prestação do atendimento, sempre com foco no cuidado, na vida e no respeito aos pacientes e seus familiares."
Dr. Paulo Almeida
Diretor Técnico
Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel
São Gabriel, 12 de maio de 2025"
Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria
""O Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (HUSM UFSM), vinculado à Rede Ebserh, confirma a morte de uma paciente de 11 anos na UTI pediátrica da instituição, na manhã desta quinta-feira (08). A paciente chegou transferida da cidade de São Gabriel, na noite de ontem. O HUSM pautado pelo Código de Ética e Conduta da Ebserh e pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), não compartilha boletins sobre estado de saúde ou informações de pacientes. Todas as informações pertinentes ao caso serão repassadas aos órgãos responsáveis pela investigação das causas do óbito."
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