Sete em cada 10 moradores da região de Campinas compraram pela internet nos últimos 12 meses

Levantamento da Fundação Seade mostra que percentual é ligeiramente superior a média do estado, que foi de 67% no período. Pesquisador diz comprar online já se transformou em hábito de consumo. Foto de arquivo de usuário de computador
Reprodução/NSC TV
Um levantamento da Fundação Seade apontou que sete em cada 10 moradores acima de 18 anos da região de Campinas (SP) fizeram compras pela internet nos últimos 12 meses. O percentual é um pouco maior que a média do estado de São Paulo, que foi de 67%.
Na avaliação de Irineu Barreto, pesquisador da Fundação Seade, os resultados apontam que comprar pela internet virou um hábito de consumo em todo o estado.
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A pesquisa foi realizada a partir dos dados coletados de forma remota, utilizando unidade de resposta audível (URA), entre 2023 e 2025.
Segundo o pesquisador, a pandemia da Covid-19 acelerou parte do processo, com a migração de muitas atividades para o ambiente online, mas questões como localização dos centros de distribuição, substituição de lojas físicas pelo comércio eletrônico e novos métodos de pagamento ajudaram a impulsionar as compras por aplicativos e sites.
Ao analisar os dados regionais, Barreto pontua que o comércio eletrônico já está disseminado por todo o interior do estado, mas que regiões como Campinas e Piracicaba estão em áreas de grandes centros de distribuição, favorecidas por questões logísticas.
"Alguns desses marketplaces já entregam mercadorias no mesmo dia ou no dia seguinte. Nos lugares mais distantes, isso pode levar de dois dias até uma semana. Então, vamos dizer assim, a localização dos centros de distribuição também afeta nesse hábito de adquirir ou não mercadorias via comércio eletrônico", explica.
Eletrônicos e eletrodomésticos
Entre os produtos mais comprados pela internet estão eletrônicos e eletrodomésticos, citados por 86% dos entrevistados. A compra de cursos (54%) aparece na sequência.
Segundo o pesquisador do Seade, o expressivo número de consumidores que recorrem ao comércio eletrônico para comprar produtos de alto valor agregado, como eletrônicos e alguns eletrodomésticos, revela uma confiança construída ao longo das últimas décadas no modelo, mas principalmente pela possibilidade de pesquisa e comparação.
"A compra de eletroeletrônicos online permite a comparação de preços. É possível selecionar uma dessas mercadorias em dois ou três marketplaces ou lojas virtuais das grandes redes e fazer uma comparação de preço em poucos minutos, o que antes, na época das compras majoritariamente presenciais, isso você poderia passar um dia, vários dias, fazendo essa pesquisa", diz.
Barreto lembra ainda que o funcionamento das cadeiras de distribuição gera "um ambiente de confiança entre os consumidores", que "conseguem encontrar o melhor preço, a garantia do recebimento e formas de pagamento seguro".
Público em potencial
Compra pela internet; on-line; Procon; consumidor
Reprodução/EPTV
Embora bastante disseminado, o comércio eletrônico ainda tem sua maior fatia de consumidores entre a população mais jovem.
A pesquisa mostra que em relação a parcela que não adere ao modelo (33% em todo o Estado), isso ocorre, principalmente, devido a relatos de falta de habilidades digitais, sensação de insegurança e ausência de conexão à internet.
Uma barreira que atinge principalmente a população acima dos 60 anos.
"Quando a gente pega por faixa etária, as pessoas de 60 anos e mais, só 37% realizaram compra online, sendo que nas outras faixas todas estão acima de 70%. Claro que o recorte de rendimento familiar é um marcador importante, mas se a pessoa é mais jovem, maneja com habilidade, mesmo que ela seja de uma família mais pobre, ela acaba adquirindo algum item, algum serviço ou mercadoria de menor valor agregado e passa a fazer parte desse comércio", explica Barreto.
O pesquisador ressalta que por meio de outros estudos da Fundação Seade é possível identificar que a população acima dos 60 anos é a aquela que acessa a internet mais pelo celular, que pode se mostrar um limitador em algumas atividades.
Por exemplo, em todo o estado de São Paulo, quase metade (45%) dos que disseram não ter feito compras no período (33%), eles não o fizeram por não saberem lidar com a internet.
"As pessoas de 60 anos e mais, elas não foram letradas no ambiente digital, mas boa parte delas acompanhou a transição no mercado de trabalho. Depois dos 60, elas estão fora do mercado de trabalho, acessam a internet por um dispositivo mais simples, que é o celular, e com o tempo, esse celular vai ficando obsoleto", completa.
Dori Boucault fala sobre cuidados com compras online
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Reprodução/NSC TV
Um levantamento da Fundação Seade apontou que sete em cada 10 moradores acima de 18 anos da região de Campinas (SP) fizeram compras pela internet nos últimos 12 meses. O percentual é um pouco maior que a média do estado de São Paulo, que foi de 67%.
Na avaliação de Irineu Barreto, pesquisador da Fundação Seade, os resultados apontam que comprar pela internet virou um hábito de consumo em todo o estado.
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A pesquisa foi realizada a partir dos dados coletados de forma remota, utilizando unidade de resposta audível (URA), entre 2023 e 2025.
Segundo o pesquisador, a pandemia da Covid-19 acelerou parte do processo, com a migração de muitas atividades para o ambiente online, mas questões como localização dos centros de distribuição, substituição de lojas físicas pelo comércio eletrônico e novos métodos de pagamento ajudaram a impulsionar as compras por aplicativos e sites.
Ao analisar os dados regionais, Barreto pontua que o comércio eletrônico já está disseminado por todo o interior do estado, mas que regiões como Campinas e Piracicaba estão em áreas de grandes centros de distribuição, favorecidas por questões logísticas.
"Alguns desses marketplaces já entregam mercadorias no mesmo dia ou no dia seguinte. Nos lugares mais distantes, isso pode levar de dois dias até uma semana. Então, vamos dizer assim, a localização dos centros de distribuição também afeta nesse hábito de adquirir ou não mercadorias via comércio eletrônico", explica.
Eletrônicos e eletrodomésticos
Entre os produtos mais comprados pela internet estão eletrônicos e eletrodomésticos, citados por 86% dos entrevistados. A compra de cursos (54%) aparece na sequência.
Segundo o pesquisador do Seade, o expressivo número de consumidores que recorrem ao comércio eletrônico para comprar produtos de alto valor agregado, como eletrônicos e alguns eletrodomésticos, revela uma confiança construída ao longo das últimas décadas no modelo, mas principalmente pela possibilidade de pesquisa e comparação.
"A compra de eletroeletrônicos online permite a comparação de preços. É possível selecionar uma dessas mercadorias em dois ou três marketplaces ou lojas virtuais das grandes redes e fazer uma comparação de preço em poucos minutos, o que antes, na época das compras majoritariamente presenciais, isso você poderia passar um dia, vários dias, fazendo essa pesquisa", diz.
Barreto lembra ainda que o funcionamento das cadeiras de distribuição gera "um ambiente de confiança entre os consumidores", que "conseguem encontrar o melhor preço, a garantia do recebimento e formas de pagamento seguro".
Público em potencial
Compra pela internet; on-line; Procon; consumidor
Reprodução/EPTV
Embora bastante disseminado, o comércio eletrônico ainda tem sua maior fatia de consumidores entre a população mais jovem.
A pesquisa mostra que em relação a parcela que não adere ao modelo (33% em todo o Estado), isso ocorre, principalmente, devido a relatos de falta de habilidades digitais, sensação de insegurança e ausência de conexão à internet.
Uma barreira que atinge principalmente a população acima dos 60 anos.
"Quando a gente pega por faixa etária, as pessoas de 60 anos e mais, só 37% realizaram compra online, sendo que nas outras faixas todas estão acima de 70%. Claro que o recorte de rendimento familiar é um marcador importante, mas se a pessoa é mais jovem, maneja com habilidade, mesmo que ela seja de uma família mais pobre, ela acaba adquirindo algum item, algum serviço ou mercadoria de menor valor agregado e passa a fazer parte desse comércio", explica Barreto.
O pesquisador ressalta que por meio de outros estudos da Fundação Seade é possível identificar que a população acima dos 60 anos é a aquela que acessa a internet mais pelo celular, que pode se mostrar um limitador em algumas atividades.
Por exemplo, em todo o estado de São Paulo, quase metade (45%) dos que disseram não ter feito compras no período (33%), eles não o fizeram por não saberem lidar com a internet.
"As pessoas de 60 anos e mais, elas não foram letradas no ambiente digital, mas boa parte delas acompanhou a transição no mercado de trabalho. Depois dos 60, elas estão fora do mercado de trabalho, acessam a internet por um dispositivo mais simples, que é o celular, e com o tempo, esse celular vai ficando obsoleto", completa.
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