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Cenas da vida silvestre: câmeras registram filhote de tamanduá, de gato-maracajá e gavião

Cenas da vida silvestre: câmeras registram filhote de tamanduá, de gato-maracajá e gavião
Pesquisadora explica que imagens não são inéditas para a ciência, mas são raras na região em que foram obtidas. Projeto tem mais de 70 câmeras para estudar o comportamento de animais silvestres. Câmeras registram filhote de tamanduá, de gato maracajá e de gavião
Um tamanduá com seu filhote se deparando com três cachorros, um gato-maracajá arranhando as garras em um tronco de árvore e um gavião pousando na vegetação do Cerrado (veja o vídeo acima). Essas são algumas das imagens registradas pelo projeto Bandeiras no Corredor, em Caldas Novas e Água Limpa, região sul de Goiás.
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Coordenado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), o projeto é um monitoramento da fauna de mamíferos e aves terrestres, que ocorre desde julho de 2023. Registros recentes mostraram interações curiosas da vida silvestre.
Em uma das imagens, um tamanduá é visto andando tranquilamente pela mata com seu filhote. Pouco tempo depois, os animais voltam pelo mesmo caminho ao se depararem com três cachorros que latem para a mãe e o pequeno tamanduá.
Tamanduá e avião flagrados no monitoramento
— Fotos: Arquivo/Projeto Bandeiras no Corredor
De acordo com os pesquisadores, uma cena inédita na região foi a imagem do gavião, que pousa no chão. O verde da vegetação do Cerrado contrastam com as penas pretas e brancas da ave, que parece olhar curiosa para a câmera.
Em outra imagem interessante, um gato-maracajá é visto arranhando suas garras em um tronco próximo dali. Quando termina, vai pulando elegantemente de galho em galho.
Gato-maracajá e jaguatirica
— Fotos: Arquivo/Projeto Bandeiras no Corredor
Alessandra Bertassoni, pesquisadora e coordenadora do projeto, explica que os animais registrados não são raros para a ciência, mas os registros compartimentais são raros para a região que foram coletados.
“Não são inéditos para a ciência, mas são animais inéditos ali para aquela região que nós estamos coletando. Então, isso tem sido super legal”, explica.
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Bandeiras no Corredor
O projeto Bandeiras no corredor é uma parceria da UFG com a Aliança da Terra e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad). O monitoramento acontece há dois anos e conta com mais de 70 câmeras espalhadas pela região.
As imagens recentes foram feitas nos Parques Estaduais da Serra de Caldas Novas (Pescan) e da Mata Atlântica (Pema). Além dos registros do tamanduá, do maracajá e do gavião, também foram flagrados um tucano, quatis, jaguatiricas e outros bichos.
Tucano flagrado pelas câmeras do projeto
— Foto: Arquivo/Projeto Bandeiras no Corredor
Paulo Marco Júnior, outro coordenador do projeto, diz que a ação tem o objetivo de entender e observar o comportamento dos animais da fauna de Goiás, que ainda são pouco conhecidos.
“É uma riqueza que às vezes é desconhecida. Nesse projeto, nós estamos focando principalmente no conhecimento de vertebrados, mas também uma fauna vasta de invertebrados que ocorrem no Estado de Goiás e que nós ainda conhecemos muito pouco”, explicou.
Conhecendo os comportamentos cotidianos dos bichos, os pesquisadores conseguem traçar planos de conservação para cada uma das espécies com mais assertividade. Maurício Vianna Tambellini, coordenador de Unidade de Conservação da Semad, reforça que é importante entender esses animais para que eles possam continuar existindo ali.
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“Assim como nós temos animais de estimação em casa e sabemos o comportamento e as preferências deles, para fazer com que esse animal se sinta bem e confortável, a gente pode fazer também com os animais silvestres, né? Perceber esse comportamento para que a gente possa atuar na preservação”, ressaltou.
Em fevereiro deste ano, o projeto anunciou um trabalho de campo para a revisão de 74 armadilhas fotográficas para garantir o monitoramento. Segundo o texto publicado na página oficial do Bandeiras no Corredor, “cada vídeo gerado representa um passo a mais no nosso conhecimento sobre os mamíferos que habitam essa região e reforça a importância da conservação desses ambientes”.
Uma das câmeras de monitoramento instaladas pelo projeto Bandeiras no Corredor
Acervo/Projeto Bandeiras no Corredor
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