Menino que sobreviveu a incêndio provocado pela irmã recebe alta da UTI após duas semanas

Adolescente de 14 anos incendeia apartamento e mata a irmã de 11 meses
O menino de dois anos que sobreviveu ao incêndio provocado pela irmã, de 14, no apartamento onde moravam em Guarujá, no litoral de São Paulo, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Conforme apurado pelo g1, ele segue internado no Hospital Santo Amaro (HSA), também na cidade.
O caso aconteceu no dia 14 de julho, em um conjunto habitacional localizado no bairro Cantagalo. A menina de 14 anos foi apreendida, e a irmã deles, de apenas 11 meses, morreu no local.
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Além dos dois bebês, que estavam no apartamento, uma outra irmã, de cinco anos, estava na área comum do conjunto habitacional. Segundo o delegado Glaucus Vinicius Silva, a menor apreendida disse que não fez nada de mal porque ela "não dava trabalho", ao contrário dos demais.
O menino chegou a ficar em estado grave após inalar fumaça. Em comunicado anterior, o HSA informou à equipe de reportagem que a criança estava respirando sem a ajuda de aparelhos, mas seguia na UTI pediátrica.
A alta da UTI ocorreu na última quarta-feira (30), mas a informação foi confirmada na terça-feira (5). De acordo com a unidade de saúde, o menino segue estável, em leito de enfermaria e sob cuidados da equipe médica.
O g1 questionou a Prefeitura de Guarujá se a assistência social foi acionada, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Investigação concluída
Menina ateou fogo em apartamento onde morava com pais e irmãos em Guarujá (SP)
Reprodução
Conforme apurado pela equipe de reportagem, a investigação concluiu que a menor é a única responsável porque houve prova da materialidade e indício de autoria do incêndio. Segundo a Polícia Civil, a adolescente agiu sem auxílio intelectual ou material por parte de qualquer outra pessoa, ou seja, ninguém ajudou ou instigou a jovem a atear fogo no apartamento.
O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio pela Delegacia de Guarujá. Em depoimento à polícia, a menina disse que não queria mais cuidar dos irmãos, levou tapas da mãe antes do crime e pesquisou na internet quanto tempo levaria para explodir um botijão de gás.
As declarações não mudaram a investigação da polícia, pois elas não interferem na prática do ato infracional e nas medidas socioeducativas aplicadas à adolescente, já que não há justificativa para a ação.
Sendo assim, a competência da Polícia Civil se encerrou e a autoridade policial deve encaminhar as informações da ocorrência ao Ministério Público.
O MP vai avaliar se oferece a chamada representação (equivalente à denúncia no caso de maiores de 18 anos) ou se haverá arquivamento ou remissão (extinção) do processo. Oferecida representação, a Justiça decidirá se aplicará medida socioeducativa.
Vídeo
Vídeo revela cenário de destruição em apartamento incendiado por menina que matou irmã
Um vídeo feito após o crime, obtido pela TV Tribuna, afiliada da Globo, mostra o cenário de destruição dentro do apartamento. É possível ver um colchão e paredes cobertos por marcas pretas do fogo, além de fuligem [resíduo gerado pela combustão] espalhada por todo o chão.
Nas imagens, aparecem dois quartos, a sala, o banheiro e a cozinha do imóvel, além de diversos pertences da família, como caixas de papelão, sacolas e roupas espalhados pelo chão.
Frieza
Em entrevista à TV Tribuna, o delegado Glaucus Vinicius Silva classificou o caso como "aterrorizante" e "sombrio".
"Ela chegou a relatar, de uma maneira muito tranquila, falando até baixo e olhando nos meus olhos. Falou que já não aguentava mais ficar cuidando dos irmãos e queria se ver livre daquilo", disse Glaucus.
Menina é apreendida após incendiar apartamento com irmãos bebês dentro em Guarujá (SP)
Reprodução e Daniela Rucio
Prefeitura
Na ocasião, a Prefeitura de Guarujá lamentou o ocorrido e se solidarizou com os familiares das vítimas.
"Por determinação do prefeito Farid Madi, as secretarias de Saúde (Sesau), Desenvolvimento e Assistência Social (Sedeas) e Fundo Social de Solidariedade estão monitorando o caso, colocando-se à disposição do que for necessário", afirmou a administração municipal, por meio de nota.
Por fim, a prefeitura disse que casos dessa natureza reforçam o compromisso da atual gestão na "expansão do programa de saúde mental para as famílias e para as crianças".
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
O menino de dois anos que sobreviveu ao incêndio provocado pela irmã, de 14, no apartamento onde moravam em Guarujá, no litoral de São Paulo, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Conforme apurado pelo g1, ele segue internado no Hospital Santo Amaro (HSA), também na cidade.
O caso aconteceu no dia 14 de julho, em um conjunto habitacional localizado no bairro Cantagalo. A menina de 14 anos foi apreendida, e a irmã deles, de apenas 11 meses, morreu no local.
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Além dos dois bebês, que estavam no apartamento, uma outra irmã, de cinco anos, estava na área comum do conjunto habitacional. Segundo o delegado Glaucus Vinicius Silva, a menor apreendida disse que não fez nada de mal porque ela "não dava trabalho", ao contrário dos demais.
O menino chegou a ficar em estado grave após inalar fumaça. Em comunicado anterior, o HSA informou à equipe de reportagem que a criança estava respirando sem a ajuda de aparelhos, mas seguia na UTI pediátrica.
A alta da UTI ocorreu na última quarta-feira (30), mas a informação foi confirmada na terça-feira (5). De acordo com a unidade de saúde, o menino segue estável, em leito de enfermaria e sob cuidados da equipe médica.
O g1 questionou a Prefeitura de Guarujá se a assistência social foi acionada, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Investigação concluída
Menina ateou fogo em apartamento onde morava com pais e irmãos em Guarujá (SP)
Reprodução
Conforme apurado pela equipe de reportagem, a investigação concluiu que a menor é a única responsável porque houve prova da materialidade e indício de autoria do incêndio. Segundo a Polícia Civil, a adolescente agiu sem auxílio intelectual ou material por parte de qualquer outra pessoa, ou seja, ninguém ajudou ou instigou a jovem a atear fogo no apartamento.
O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio pela Delegacia de Guarujá. Em depoimento à polícia, a menina disse que não queria mais cuidar dos irmãos, levou tapas da mãe antes do crime e pesquisou na internet quanto tempo levaria para explodir um botijão de gás.
As declarações não mudaram a investigação da polícia, pois elas não interferem na prática do ato infracional e nas medidas socioeducativas aplicadas à adolescente, já que não há justificativa para a ação.
Sendo assim, a competência da Polícia Civil se encerrou e a autoridade policial deve encaminhar as informações da ocorrência ao Ministério Público.
O MP vai avaliar se oferece a chamada representação (equivalente à denúncia no caso de maiores de 18 anos) ou se haverá arquivamento ou remissão (extinção) do processo. Oferecida representação, a Justiça decidirá se aplicará medida socioeducativa.
Vídeo
Vídeo revela cenário de destruição em apartamento incendiado por menina que matou irmã
Um vídeo feito após o crime, obtido pela TV Tribuna, afiliada da Globo, mostra o cenário de destruição dentro do apartamento. É possível ver um colchão e paredes cobertos por marcas pretas do fogo, além de fuligem [resíduo gerado pela combustão] espalhada por todo o chão.
Nas imagens, aparecem dois quartos, a sala, o banheiro e a cozinha do imóvel, além de diversos pertences da família, como caixas de papelão, sacolas e roupas espalhados pelo chão.
Frieza
Em entrevista à TV Tribuna, o delegado Glaucus Vinicius Silva classificou o caso como "aterrorizante" e "sombrio".
"Ela chegou a relatar, de uma maneira muito tranquila, falando até baixo e olhando nos meus olhos. Falou que já não aguentava mais ficar cuidando dos irmãos e queria se ver livre daquilo", disse Glaucus.
Menina é apreendida após incendiar apartamento com irmãos bebês dentro em Guarujá (SP)
Reprodução e Daniela Rucio
Prefeitura
Na ocasião, a Prefeitura de Guarujá lamentou o ocorrido e se solidarizou com os familiares das vítimas.
"Por determinação do prefeito Farid Madi, as secretarias de Saúde (Sesau), Desenvolvimento e Assistência Social (Sedeas) e Fundo Social de Solidariedade estão monitorando o caso, colocando-se à disposição do que for necessário", afirmou a administração municipal, por meio de nota.
Por fim, a prefeitura disse que casos dessa natureza reforçam o compromisso da atual gestão na "expansão do programa de saúde mental para as famílias e para as crianças".
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