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Testemunha vira investigado em CPI que apura esquema de grilagem de terras em Roraima

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Testemunha vira investigado em CPI que apura esquema de grilagem de terras em Roraima
Produtor rural Jairo Mesquita de Lima prestava depoimento como testemunha quando passou a ser investigado. CPI investiga denúncias sobre a atuação de uma organização criminosa na grilagem de terras públicas, rurais e urbanas, envolvendo o governo estadual de Roraima. Jairo Mesquita de Lima passou à condição de investigado, por suspeita de contribuir com o esquema
Divulgação/ALE-RR
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), decidiu nessa segunda-feira (19) investigar o produtor rural Jairo Mesquita de Lima, que figurava como testemunha.
A CPI investiga denúncias sobre a atuação de uma organização criminosa na grilagem de terras públicas, rurais e urbanas, envolvendo o governo estadual de Roraima. Nesta semana, chegou à 12ª reunião.
Jairo Mesquita foi ouvido por mais de uma hora e questionado sobre a origem das propriedades e bens em seu nome. Também foi questionado sobre a atuação como procurador de mais de 40 imóveis em vários municípios do estado junto ao Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), e a relação com proprietários rurais, entre eles pessoas que constam na lista de testemunhas, mas não compareceram à CPI.
Jairo afirmou que as terras são herança familiar e que começou a atuar no ramo ao perceber que os imóveis herdados estavam sem regularização. O g1 tenta contato com Jairo Mesquita.
“Sem regularização, eles não têm valor. Então corri atrás e aprendi a fazer isso. A partir daí, conhecidos e vizinhos passaram a me procurar para ajudá-los com a documentação”, declarou.
? A criação da CPI das Terras foi motivada por denúncia encaminhada pelo Ministério Público de Contas (MPC) solicitando o afastamento da então presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Dilma Lindalva Pereira da Costa. Ela é suspeita de integrar um esquema de grilagem de terras públicas e favorecimento indevido na regularização fundiária da Gleba Baliza, no sul de Roraima.
? A grilagem, também chamada de roubo de terras, é a ocupação ilegal e fraudulenta de terras públicas, que em alguns casos ocorre por meio de documentos falsos para a obtenção de títulos de propriedade.
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Depoimento
Testemunha vira investigado por suspeita de envolvimento em esquema de sobreposição de terras em Roraima
Divulgação/Ale-RR
Jairo foi questionado pelo relator da CPI, deputado Renato Silva (Podemos), sobre a atuação como procurador de áreas vinculadas às famílias Braga e Paludo, na Gleba Ereu, região localizada entre os municípios de Amajari e Pacaraima. Durante a oitiva, o parlamentar exibiu um mapa que mostra a sobreposição de terras e o fracionamento de áreas entre membros de uma mesma família.
O agora investigado alegou desconhecer se todas as áreas fracionadas pertenciam à mesma pessoa. Já o presidente da comissão, deputado Jorge Everton (União), afirmou que há indícios claros de grilagem.
Ao ser questionado sobre a veracidade das informações prestadas pelos clientes nos processos de regularização — como função social e uso produtivo das áreas —, Lima disse que não as contesta. Para o relator, a declaração foi suficiente para determinar o início da investigação formal.
“Estamos tratando de mais de 16 mil hectares fracionados. Isso é uma tentativa clara de burlar a legislação, o que configura crime. Tenho elementos para pedir ao presidente que delibere seu indiciamento por organização criminosa, fraude processual, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro”, anunciou o deputado Renato Silva.
Ainda durante a reunião, o engenheiro agrônomo e topógrafo Washington Pereira de Carvalho também foi ouvido. Ele explicou como funciona o serviço de georreferenciamento, seus custos e para quem já trabalhou.
O engenheiro confirmou que prestou serviços às famílias citadas e ao próprio Jairo Mesquita, com pagamentos efetuados pelo escritório do senhor Ermilo Paludo.
“Recebi por meio de transferências bancárias. Os pagamentos foram feitos diretamente pelo escritório do senhor Ermilo Paludo”, afirmou.
Ao ser questionado, declarou que, na época da medição, não havia cercas delimitando as áreas.
O presidente da CPI, deputado Jorge Everton, afirmou que a atuação do engenheiro reforça os indícios de irregularidade no fracionamento de terras.
“Tudo que foi dito será juntado às provas documentais que já temos. A investigação segue, e outras pessoas ainda serão ouvidas. Algumas estão tentando se esconder, mas, com o material que temos, o relator poderá inclusive solicitar novos indiciamentos diretamente”, concluiu.
CPI das Terras
Dilma Lindalva Pereira da Costa estava no cargo desde 2023
Samantha Rufino/g1 RR
Moradores da região Sul de Roraima relataram durante a primeira reunião da CPI que chegaram a ter casas queimadas, plantações destruídas e foram até agredidos por conta de conflitos com grileiros na região. Os relatos foram colhidos pelos deputados que integram a comissão.
Pequenos produtores da região Gleba Baliza já indicavam preocupação com a regularização fundiária na região durante um audiência pública realizada em maio do ano passado. À época, denunciaram a demora na regularização das terras. A gleba tem um total de 904 mil hectares e abrange áreas nos municípios de Caroebe, São João da Baliza e São Luiz.
A atuação de Dilma Lindalva como presidente do Iteraima foi colocada no centro das suspeitas. Dilma passou a ser investigada pela CPI da Assembleia Legislativa de Roraima no dia 31 de março de 2025. Segundo a Ale-RR, ela tentou obstruir as investigações.
Já as suspeitas do MPC contra Dilma incluem favorecimento indevido na regularização fundiária da Gleba Baliza, estimada em 904 mil hectares, além de grilagem e prejuízos que podem chegar a R$ 1,3 bilhão para os cofres públicos.
Em março deste ano, o governador chegou a defender Dilma das acusações e classificou as denúncias como "improcedentes". Já a ex-presidente classificou as acusações como "informações bastante truncadas" e que as denúncias levadas ao MPC "não condizem com a verdade".
Denarium chegou a destacar a carreira de Dilma como servidora efetiva do estado e que a escolheu como presidente do órgão. Segundo ele, as denúncias mostram que há pessoas "tentando desconstruir o trabalho do governo do estado". Questionado sobre quem seriam as pessoas, ele não respondeu.
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