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Da dor à reinvenção: conheça a história da mãe santarena que deixou o emprego para cuidar do filho e começou a empreender

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Da dor à reinvenção: conheça a história da mãe santarena que deixou o emprego para cuidar do filho e começou a empreender
Sem poder voltar ao mercado de trabalho após o diagnóstico de autismo do filho, Darlanny Efigênio encontrou nos doces uma forma de gerar renda e construir uma nova vida. Daylanny Efigênio conta um pouco da história dela
Ser mãe solo ainda é um desafio imenso e quando essa maternidade vem acompanhada de um diagnóstico de autismo, a realidade se torna ainda mais dura. Essa é a história da santarena Daylanny Efigênio, que deixou a antiga carreira para cuidar do filho, enfrentou o preconceito, e deu a volta por cima através do empreendedorismo.

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Uma gravidez marcada pelo abandono
Quando soube que estava grávida, Daylanny sentiu muito medo. Ainda jovem, ela viu sua vida mudar da noite para o dia, principalmente quando o pai da criança decidiu que não acompanharia a gestação. Sem apoio e com uma gestação complicada, ela precisou se manter firme, mesmo estando sozinha.
“Com cinco meses tive um sangramento. Foi desesperador. Mas eu pedia muito a Deus para não perder meu filho”, relembra.
Apesar das dificuldades, Anthony nasceu com saúde. Mas aos poucos, Daylanny começou a notar que havia algo diferente no comportamento do filho.
O diagnóstico e o impacto emocional
Muito amor envolvido entre mãe e filho
Kamila Andrade/g1
Anthony não reagia como outras crianças da mesma idade. Era mais quieto, evitava contato visual, não falava. Ao buscar ajuda médica, Daylanny foi inicialmente desacreditada, acusada de "comparar" o filho com outros. Mas sua insistência falou mais alto. Em dois meses veio o diagnóstico: autismo.
“Foi um choque. Eu não sabia nem o que era autismo. Tive que começar do zero. Estudei, pesquisei, chorei muito. Não foi fácil aceitar, principalmente com tanta gente dizendo que era exagero, invenção, até coisa do demônio”, contou.
Da dor à reinvenção
Doces feitos por ela
Arquivo Pessoal
Antes da maternidade, Daylanny trabalhava como despachante de veículos e passava o dia no escritório e também entre ida e vindas ao Departamento de Trânsito do Estado (Detran). Com as terapias intensivas de Anthony e a ausência de rede de apoio, ela precisou abandonar o emprego para cuidar do filho em tempo integral.
Com as contas se acumulando e a necessidade urgente de gerar renda, ela viu uma oportunidade na época da Páscoa: comprou chocolates e carrinhos de brinquedo e montou kits para vender. O primeiro lote foi comprado por um amigo.
“Ele comprou todos os kits. Aquilo me deu coragem. Comecei a fazer trufas, mais chocolates, e as encomendas foram surgindo.”
Atualmente, Daylanny trabalha em casa com encomendas de doces artesanais e revenda de produtos de sexy shop. Com criatividade e esforço, ela adaptou sua rotina ao cuidado com o filho.
“Só consigo trabalhar quando ele está na escola ou dormindo. É a única forma de conciliar.”
Os desafios de ser mãe atípica
O amor supera os desafios
Arquivo Pessoal
Ser mãe de uma criança autista exige tempo, energia e, principalmente, resiliência. Daylanny acompanha Anthony em terapias quatro vezes por semana. Vive uma rotina intensa, com pouco tempo para si mesma. “É uma luta diária. Mas eu estou aqui por ele. E por mim também”, afirmou.
Ela também enfrentou crises emocionais, depressão e julgamentos. “As pessoas não entendem o autismo. Me chamaram de louca, disseram que eu inventei doença. Precisei fazer terapia para não desmoronar.”
Pequenas vitórias, grandes conquistas
Anthony com a mãe
Arquivo Pessoal
Hoje, com 5 anos, Anthony está aprendendo a ler e começou a falar. Cada palavra dita, cada nova descoberta, é uma vitória celebrada com orgulho. “Ver ele se desenvolvendo é a maior recompensa. A gente teve que aceitar, buscar tratamento cedo, e isso fez diferença”, disse.
Além disso, o negócio de trufas cresceu: já enviou encomendas para outros estados e ganhou novos clientes através das redes sociais e do boca a boca.
Além de vender seus próprios produtos, a mãe do Anthony também começou a divulgar itens de outras empreendedoras. Com cada venda realizada através da sua indicação, ela recebe uma comissão, ampliando assim sua fonte de renda e fortalecendo uma rede de apoio entre mulheres.
Um recado para outras mães
Neste Dia das Mães, Daylanny deixa um conselho sincero: “Não desistam. Não se culpem. Não é culpa da mãe. Aceite o diagnóstico, procurem ajuda, estudem, e vão atrás de algo que vocês gostem de fazer. Eu comecei do zero, e hoje consigo sustentar minha casa e cuidar do meu filho", aconselhou.
Ela acredita que toda mãe carrega dentro de si uma força que nem sabe que tem. “Tem dias que a gente acha que não vai aguentar, mas a gente aguenta. A força vem de Deus. E do nosso filho também.”
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