Empresária morta em frente ao próprio salão de beleza dá nome a projeto de lei sobre prevenção à violência

Brenda Bulhões foi morta a tiros em Guarujá (SP)
Arquivo Pessoal e Reprodução
Brenda Bulhões, a empresária morta a tiros em frente ao próprio salão de beleza em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi a inspiração de um projeto de lei (PL) que pretende criar o Programa Estadual de Prevenção à Violência contra Crianças e Adolescentes no Ambiente Escolar.
A proposta, com foco na prevenção da violência doméstica familiar e de gênero, foi apresentada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) pela deputada estadual Solange Freitas (União Brasil), que recebeu a sugestão de Elisangela da Silva, mãe da empresária.
Brenda foi morta no bairro Paecará em novembro de 2024, dias antes de completar 27 anos. O principal suspeito, Bruno dos Santos Campos, foi preso dois meses depois na fronteira com o Paraguai.
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“Ela [Elisangela, mãe da vítima] tem usado a dor para lutar contra esse tipo de violência, para que outras famílias não sofram o que ela está sofrendo, a dor de perder uma filha”, justificou Solange Freitas.
O PL 577/2025, intitulado PL Brenda Bulhões, busca criar um programa que faça ações com crianças e adolescentes dentro das escolas para que reconheçam qualquer tipo de violência e denunciem.
“O Estado não consegue estar dentro das casas. Então vamos ajudar quem está lá. Vamos ajudar as crianças e os adolescentes a reconhecerem a violência, a saberem o que fazer quando identificar a violência, a ter um caminho também para denunciar. E o PL prevê também uma escuta sigilosa dentro das escolas”, explicou a parlamentar.
Deputada Solange Freitas (à esq.) apresentou projeto de lei de prevenção à violência a pedido de Elisangela da Silva (à dir.)
Arquivo Pessoal
De acordo com Solange Freitas, o projeto está tramitando nas comissões da Alesp. “Está na Comissão de Constituição e Justiça e o relator já deu parecer favorável. Deve ir para votação nessa comissão nos próximos dias”, disse.
Ao g1, a cabeleireira Elisangela da Silva contou que espera que o projeto seja aprovado e o programa comece a fazer parte das rotinas das escolas o quanto antes, pois deve fazer a diferença na vida de muitas famílias.
“Minha filha foi tirada de mim, mas ela deixou um legado, que a gente vai conseguir salvar outras vidas. É o que eu mais espero nesse momento”, disse Elisangela.
Idealização do PL
Segundo Solange Freitas, o projeto foi um pedido de Elisangela, mas representa um apelo feito por diversas pessoas. “Todos os dias eu recebo inúmeros pedidos de ajuda de mulheres vítimas de violência, de mães que tiveram problemas com seus filhos nas escolas", disse.
O Programa Estadual de Prevenção à Violência contra Crianças e Adolescentes no Ambiente Escolar foi inspirado e propõe uma união entre escolas, guardas civis, Polícia Militar e Conselho Tutelar.
Brenda Bulhões (à esq.) criou a filha (à dir.) com a mãe Elisangela (ao centro)
Arquivo Pessoal
De acordo com Elisangela, a ideia do programa surgiu em meio à preocupação com o futuro da filha deixada por Brenda, uma menina de 10 anos. “Mesmo a gente conversando em casa, como eu fazia com a Brenda, parece que não entrava muito na cabeça dela. Então, eu lembrei do Proerd [Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência]”, explicou.
Elisangela pensou que, assim como a PM dava aulas sobre prevenção às drogas, guardas municipais poderiam ajudar a conscientizar estudantes sobre a violência doméstica familiar e de gênero. “Para falar sobre agressão, feminicídio, toques que não podem acontecer”, disse a cabelereira.
“Às vezes a criança vê o pai batendo na mãe dentro de casa e acaba achando normal aquilo, e quando cresce faz a mesma coisa. Então, eu fico pensando em tudo isso”, afirmou a mulher, que apresentou o projeto para vários políticos de Guarujá antes de chegar em Solange.
Elisangela da Silva é mãe de Brenda Bulhões, morta a tiros em Guarujá (SP)
Reprodução/TV Tribuna
Relembre o caso
O assassinato de Brenda aconteceu na Rua Pará, no bairro Paecará, por volta das 8h20 do dia 29 de novembro de 2024.
Imagens mostram o momento em que Brenda estacionou uma motocicleta em frente ao estabelecimento. Instantes depois, um homem com um capacete caminhou na direção dela. O criminoso atirou e fugiu, deixando a vítima caída no chão. A ação durou menos de um minuto (veja abaixo).
Vídeo mostra execução de jovem empresária em frente ao próprio comércio no litoral de SP
De acordo com a prefeitura, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e fez manobras de reanimação cardiopulmonar na vítima, mas sem sucesso. A morte dela foi constatada no local.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Arquivo Pessoal e Reprodução
Brenda Bulhões, a empresária morta a tiros em frente ao próprio salão de beleza em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi a inspiração de um projeto de lei (PL) que pretende criar o Programa Estadual de Prevenção à Violência contra Crianças e Adolescentes no Ambiente Escolar.
A proposta, com foco na prevenção da violência doméstica familiar e de gênero, foi apresentada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) pela deputada estadual Solange Freitas (União Brasil), que recebeu a sugestão de Elisangela da Silva, mãe da empresária.
Brenda foi morta no bairro Paecará em novembro de 2024, dias antes de completar 27 anos. O principal suspeito, Bruno dos Santos Campos, foi preso dois meses depois na fronteira com o Paraguai.
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“Ela [Elisangela, mãe da vítima] tem usado a dor para lutar contra esse tipo de violência, para que outras famílias não sofram o que ela está sofrendo, a dor de perder uma filha”, justificou Solange Freitas.
O PL 577/2025, intitulado PL Brenda Bulhões, busca criar um programa que faça ações com crianças e adolescentes dentro das escolas para que reconheçam qualquer tipo de violência e denunciem.
“O Estado não consegue estar dentro das casas. Então vamos ajudar quem está lá. Vamos ajudar as crianças e os adolescentes a reconhecerem a violência, a saberem o que fazer quando identificar a violência, a ter um caminho também para denunciar. E o PL prevê também uma escuta sigilosa dentro das escolas”, explicou a parlamentar.
Deputada Solange Freitas (à esq.) apresentou projeto de lei de prevenção à violência a pedido de Elisangela da Silva (à dir.)
Arquivo Pessoal
De acordo com Solange Freitas, o projeto está tramitando nas comissões da Alesp. “Está na Comissão de Constituição e Justiça e o relator já deu parecer favorável. Deve ir para votação nessa comissão nos próximos dias”, disse.
Ao g1, a cabeleireira Elisangela da Silva contou que espera que o projeto seja aprovado e o programa comece a fazer parte das rotinas das escolas o quanto antes, pois deve fazer a diferença na vida de muitas famílias.
“Minha filha foi tirada de mim, mas ela deixou um legado, que a gente vai conseguir salvar outras vidas. É o que eu mais espero nesse momento”, disse Elisangela.
Idealização do PL
Segundo Solange Freitas, o projeto foi um pedido de Elisangela, mas representa um apelo feito por diversas pessoas. “Todos os dias eu recebo inúmeros pedidos de ajuda de mulheres vítimas de violência, de mães que tiveram problemas com seus filhos nas escolas", disse.
O Programa Estadual de Prevenção à Violência contra Crianças e Adolescentes no Ambiente Escolar foi inspirado e propõe uma união entre escolas, guardas civis, Polícia Militar e Conselho Tutelar.
Brenda Bulhões (à esq.) criou a filha (à dir.) com a mãe Elisangela (ao centro)
Arquivo Pessoal
De acordo com Elisangela, a ideia do programa surgiu em meio à preocupação com o futuro da filha deixada por Brenda, uma menina de 10 anos. “Mesmo a gente conversando em casa, como eu fazia com a Brenda, parece que não entrava muito na cabeça dela. Então, eu lembrei do Proerd [Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência]”, explicou.
Elisangela pensou que, assim como a PM dava aulas sobre prevenção às drogas, guardas municipais poderiam ajudar a conscientizar estudantes sobre a violência doméstica familiar e de gênero. “Para falar sobre agressão, feminicídio, toques que não podem acontecer”, disse a cabelereira.
“Às vezes a criança vê o pai batendo na mãe dentro de casa e acaba achando normal aquilo, e quando cresce faz a mesma coisa. Então, eu fico pensando em tudo isso”, afirmou a mulher, que apresentou o projeto para vários políticos de Guarujá antes de chegar em Solange.
Elisangela da Silva é mãe de Brenda Bulhões, morta a tiros em Guarujá (SP)
Reprodução/TV Tribuna
Relembre o caso
O assassinato de Brenda aconteceu na Rua Pará, no bairro Paecará, por volta das 8h20 do dia 29 de novembro de 2024.
Imagens mostram o momento em que Brenda estacionou uma motocicleta em frente ao estabelecimento. Instantes depois, um homem com um capacete caminhou na direção dela. O criminoso atirou e fugiu, deixando a vítima caída no chão. A ação durou menos de um minuto (veja abaixo).
Vídeo mostra execução de jovem empresária em frente ao próprio comércio no litoral de SP
De acordo com a prefeitura, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e fez manobras de reanimação cardiopulmonar na vítima, mas sem sucesso. A morte dela foi constatada no local.
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