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Professora morta com veneno: sogra presa acumula dívida de R$ 320 mil em financiamentos, diz advogado

Professora morta com veneno: sogra presa acumula dívida de R$ 320 mil em financiamentos, diz advogado
Débitos de Elizabete Arrabaça foram informados à Polícia Civil durante depoimento da filha e ex-marido dela, nesta terça-feira (24). Ex-marido e filha da suspeita são ouvidos pela polícia nas mortes de Larissa e Nathália
Elizabete Arrabaça, suspeita de matar envenenada a nora, a professora de pilates Larissa Rodrigues, em março deste ano em Ribeirão Preto (SP), possui uma dívida de cerca de R$ 320 mil em financiamentos. Elizabete e o filho, o médico Luiz Antonio Garnica, estão presos desde o início de maio.
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A informação da dívida foi divulgada nesta terça-feira (24) pelo advogado da suspeita, Bruno Correa, depois de a filha e o ex-marido dela, Viviane e Antonio Luiz Garnica, prestarem depoimento à Polícia Civil.
"O que ela [Viviane] trouxe é que, com a prisão da mãe, foi administrar as contas da mãe e acabou sendo surpreendida por vários financiamentos, salvo engano, 16 ou 18 financiamentos na conta da mãe que dão um valor de débito de aproximadamente R$ 320 mil", disse Bruno.
Também de acordo com a defesa, ainda não foi possível identificar a origem desses financiamentos.
Já Antonio Garnica, ex-prefeito de Pontal (SP), revelou à polícia que Elizabete chegou a fazer um seguro de vida no nome dele à época em que eram casados. Esse detalhe do depoimento foi passado por Júlio Mossin, advogado do médico Luiz Garnica.
"O senhor Antonio trouxe mais esse elemento, de que, ao tempo em que ele era casado com a senhora Elizabete, ele descobriu, tempos depois, de que ela teria feito um seguro de vida no nome dele. Naquele momento, ele falou: 'ah, ela quis se resguardar'. Hoje, ele entende que poderia até mesmo ser uma vítima dela", pontuou Mossin.
Elizabete Arrabaça, sogra de professora encontrada morta por suspeita de envenenamento em Ribeirão Preto (SP).
Reprodução/EPTV
MP prevê mais de 30 anos de prisão
O Ministério Público (MP) acredita que a Justiça irá condenar a mais de 30 anos de prisão Luiz Garnica e Elizabete Arrabaça.
Segundo o promotor Marcus Túlio Nicolino, a denúncia contra os suspeitos, marido e sogra da vítima, deve ser formalizada à Justiça nos próximos dias.
Ele acredita que uma eventual condenação por feminicídio poderia envolver ao menos três qualificadoras, sendo elas o uso de veneno, recurso que impossibilitou defesa da vítima, motivo torpe.
"Se as qualificadoras forem reconhecidas pelos jurados, ao fixar a pena, o juiz, com certeza, fixará uma pena acima de 30 anos de reclusão para cada um. Alguém pegaria uma pena maior. No caso, acredito que seria a futura ré, Elizabete, porque ela que ministrou diretamente o veneno para Larissa. Há elementos suficientes para denunciar ambos. Só estou esperando a polícia concluir as investigações, isso deve ocorrer nos próximos dias, para poder oferecer denúncia formal contra ambos", destacou.
Na última semana, o diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto, Diógenes Tadeu Cardoso, afirmou que as alegações de Elizabete sobre as possíveis circunstâncias que levaram à morte de Larissa não têm fundamento técnico.
Em uma carta, a suspeita relatou que a professora havia tomado por engano veneno para rato guardado em uma caixa de um remédio para dor de estômago de Nathalia Garnica, filha de Elizabete que morreu em fevereiro.
Mas, segundo ele, as conclusões de um exame toxicológico nos restos mortais de Nathalia, quase um mês após a exumação, apontam que Nathalia e Larissa foram envenenadas por substâncias semelhantes, porém diferentes.
Isso porque o chumbinho, veneno ilegal para ratos, foi detectado no organismo das duas, mas os venenos tinham composições distintas.
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Professora envenenada
Larissa, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que vivia com o médico em Ribeirão Preto em 22 de março deste ano. O laudo toxicológico apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como "chumbinho".
O exame necroscópico descartou sinais de violência, mas apontou que ela teve lesões no pulmão e no coração, assim como a irmã de Garnica, que morreu aos 42 anos em fevereiro deste ano, após um infarto, mesmo não tendo problemas de saúde aparentes. Além disso, a proximidade das mortes chama atenção dos investigadores.
A morte da professora de pilates Larissa Rodrigues é tratada inicialmente como um homicídio qualificado na fase de inquérito policial, procedimento que resultou nas prisões temporárias do médico Luiz Antonio Garnica, marido da vítima, e da mãe dele, Elizabete Arrabaça, de 67 anos.
A Polícia Civil e o Ministério Público suspeitam que um pedido de divórcio de Larissa, que pouco tempo antes havia descoberto uma relação extraconjugal do marido, pode ter motivado o crime.
Além disso, suspeitam da sogra dela, a última pessoa a estar no apartamento da vítima antes da morte da professora. Tanto Garnica quanto Elizabete negam envolvimento na morte de Larissa.

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