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Chacina das Cajazeiras: primeiro acusado de crime com 14 mortes é condenado a 790 anos de prisão

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Chacina das Cajazeiras: primeiro acusado de crime com 14 mortes é condenado a 790 anos de prisão
Crime ocorreu em janeiro de 2018 e se tornou a maior chacina do Ceará. Chacina deixou 14 pessoas mortas na casa de show 'Forró do Gago', no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza
SVM
A Justiça condenou Ednardo dos Santos Lima a 790 anos e 4 meses de reclusão por matar 14 pessoas e deixar outra 15 baleadas no crime que ficou conhecido como ''Chacina das Cajazeiras''. O julgamento começou na quinta-feira (8) e terminou na madrugada desta sexta-feira (9), após 15 horas de sessão.
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Ednardo foi o primeiro a ser julgado pelo crime que ocorreu em janeiro de 2018, na casa de show "Forró do Gago". O episódio de violência se tornou a maior chacina já ocorrida no Ceará, sendo destaque até na imprensa internacional.
Conforme o Tribunal de Justiça, após analisar os argumentos e materiais apresentados durante o julgamento, o Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, formado por sete jurados, considerou Ednardo culpado pelos crimes de:
homicídio consumado (14 vezes),
tentativa de homicídio (15 vezes), sendo uma delas cometida contra um menor de 14 anos,
além de participação em organização criminosa.
Os trabalhos foram conduzidos pelo juiz Antônio Josimar Almeida Alves, titular da 2ª Vara do Júri de Fortaleza e presidente da sessão.
Chefe de grupo criminoso
Na denúncia do Ministério Público do Ceará, Ednardo é apontado como uma das lideranças da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e um dos mandantes da chacina. Como chefe do grupo, ele teria concordado com a execução e ordenado o crime.
A chacina ocorreu mediante uma disputa de territórios entre a facção criminosa de Ednardo e o Comando Vermelho.
A ideia, conforme a investigação, era promover um ataque massivo a um local "emblemático" do grupo rival, no caso, o Forró do Gago, e dominar o bairro Cajazeiras, onde ficava o clube e onde aconteceu a matança.
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Ao todo, 15 pessoas foram denunciadas por participação na chacina. Destes, oito foram pronunciados, isto é, a Justiça decidiu submetê-los ao julgamento pelo Tribunal do Júri - que analisa crimes contra a vida.
Dos sete denunciados restantes, um morreu e seis foram impronunciados - decisão que considera que não há indícios suficientes para levar o suspeito ao Tribunal do Júri, o que não significa, contudo, que a pessoa foi absolvida.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), o processo da Chacina das Cajazeiras possui mais de seis mil páginas e é considerado de alta complexidade. Para dar celeridade aos julgamentos, o caso foi desmembrado em outros processos, o que possibilitou antecipar o julgamento de alguns envolvidos, como Ednardo.
Além dele, os outros réus pronunciados devem ser levados a júri popular, depois do julgamento dos recursos apresentados pela defesa. Ainda não há, porém, prazo para isso acontecer.
Crime
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Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2018 membros de uma facção criminosa invadiram o "Forró do Gago" e dispararam contra pessoas que se divertiam ou trabalhavam no local. Ao todo, foram 14 mortos, sendo 12 adultos e 2 adolescentes, e outras 15 pessoas baleadas na ação.
O ataque foi motivado pela localização do Forró do Gago, que ficava no bairro Cajazeiras, então ocupada pelo Comando Vermelho. A facção que encomendou o ataque, a GDE, queria tomar o território para traficar drogas, segundo a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Inicialmente, o ataque iria ocorrer em outra casa de show no bairro Messejana, também em Fortaleza, mas foi transferido para o Forró do Gago por ser considerado um local mais vulnerável.
Na época, o delegado titular do 13º Distrito Policial, Hélio Marques, afirmou que todos os mortos "estavam no local errado e na hora errada", pois os tiros foram disparados a ermo, sem que os homicidas se importassem quem seria alvejado.
Confira a identificação dos 14 mortos na 'Chacina das Cajazeiras':
Maíra Santos da Silva, 15 anos
José Jefferson de Souza Ferreira, 21 anos
Raquel Martins Neves, 22 anos
Luana Ramos Silva, 22 anos
Wesley Brendo Santos Nascimento, 24 anos
Natanael Abreu da Silva, 25 anos
Antônio Gilson Ribeiro Xavier, 31 anos
Renata Nunes de Sousa, 32 anos
Mariza Mara Nascimento da Silva, 37 anos
Raimundo da Cunha Dias, 48 anos
Antônio José Dias de Oliveira, 55 anos
Maria Tatiana da Costa Ferreira, 17 anos
Brenda Oliveira de Menezes, 19 anos
Edneusa Pereira de Albuquerque, 38 anos
Os principais chefes da facção criminosa que comandou os ataques foram presos e denunciados por estes homicídios ainda em 2018.
Em julho de 2021, a 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza confirmou o recebimento de denúncia contra 13 suspeitos de serem os autores chacina, antes disso, um dos mandantes já havia sido denunciado e no decorrer do processo um outro suspeito teve a ação extinta pela Justiça após falecer por complicações de saúde em 2019.
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