Frio intenso em SP: entidades que atendem pessoas em situação de rua precisam de doações

O projeto Pão do Povo da Rua e a Cruz Vermelha São Paulo estão recebendo doações de roupas, itens de higiene, agasalhos, cobertores e alimentos; veja os endereços para fazer a doação. Pedestres se protegem do frio e da garoa na região central de São Paulo
Gabriel Silva/E.Fotografia/Estadão Conteúdo
A onda de frio que atingiu a capital paulista nesta semana provocou uma corrida a pontos de entrega de agasalhos, cobertores e alimentos. Na madrugada de quinta-feira (12), os termômetros registraram 10,1°C por volta das 4h, e a sensação térmica para quem vive nas ruas foi ainda mais baixa.
Entidades que atuam com a população em situação de rua relatam aumento na demanda por ajuda e reforçam a necessidade de doações.
O projeto Pão do Povo da Rua, que atua no bairro do Bom Retiro, por exemplo, precisou se mobilizar rapidamente para conseguir recursos.
“A gente sabe que o coração só se move quando o frio chega. Então nós temos que aguardar, infelizmente, o frio chegar para que as pessoas consigam se mobilizar e fazer chegar doações”, afirmou Anselmo Frugoli, diretor-executivo da organização.
Com as doações arrecadadas, a entidade conseguiu preparar sopa para cerca de 150 pessoas na quarta (11). A fila se formou cedo na porta da sede. “A sopa estava uma delícia, uma delícia, eita comida boa. Você come, você se senta, parece comida de bebê”, disse Iracema da Silva, que foi uma das atendidas.
A organização também distribuiu cobertores antes do anoitecer, horário em que as temperaturas caem ainda mais. “Nós trabalhamos com pessoas em extrema vulnerabilidade, pessoas que moram na rua. Nós sabemos que esse cobertor que está sendo doado para elas nessa noite pode fazer a diferença entre a vida ou a morte”, afirmou Frugoli.
Sensação térmica da urgência
Além da sensação térmica tradicional, que leva em conta a temperatura e a velocidade do vento, há outros fatores que tornam o frio ainda mais severo para quem está em situação de rua: a falta de abrigo, alimentação, descanso e proteção adequada.
Pensando nisso, a Cruz Vermelha São Paulo utiliza um índice próprio, desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), chamado de “sensação térmica da urgência”.
O indicador considera não apenas as condições climáticas, mas também aspectos como as roupas que essas pessoas costumam usar, o impacto de doenças, a fome e o tempo que permanecem expostas ao frio.
“A pessoa em situação de rua não sente um frio como aquele que nós, que estamos abrigados, que temos um agasalho, sentimos”, explicou Bruno Semino, diretor-executivo da Cruz Vermelha São Paulo.
Por causa da previsão de queda brusca nas temperaturas, a Cruz Vermelha antecipou uma ação da Campanha do Agasalho que será lançada oficialmente na próxima semana. Foram distribuídos alimentos, kits de higiene e roupas. Em todo o estado, 288 pontos de coleta já estão funcionando.
“Se as pessoas puderem doar, obviamente, calças, camisetas, meias — empresas que queiram doar meias, isso é muito interessante — e agasalhos. Quem puder fazer o favor de atentar para isso prontamente, porque as pessoas estão precisando. Roupa masculina é um desafio, porque os homens utilizam a roupa por mais tempo, mas é essencial que os homens também entrem nesta campanha de doação, peguem as suas boas roupas e dividam com aquele que precisa”, reforçou Semino.
Como doar
Quem quiser contribuir com doações pode levar os itens diretamente às sedes das instituições:
Cruz Vermelha São Paulo: Avenida Moreira Guimarães, 699 – Indianópolis, Zona Sul
Pão do Povo da Rua: Rua Doutor Pedro Arbues, 147 – Bom Retiro, Centro
As entidades pedem a doação de roupas masculinas, agasalhos, cobertores, alimentos não perecíveis e itens de higiene pessoal.
Gabriel Silva/E.Fotografia/Estadão Conteúdo
A onda de frio que atingiu a capital paulista nesta semana provocou uma corrida a pontos de entrega de agasalhos, cobertores e alimentos. Na madrugada de quinta-feira (12), os termômetros registraram 10,1°C por volta das 4h, e a sensação térmica para quem vive nas ruas foi ainda mais baixa.
Entidades que atuam com a população em situação de rua relatam aumento na demanda por ajuda e reforçam a necessidade de doações.
O projeto Pão do Povo da Rua, que atua no bairro do Bom Retiro, por exemplo, precisou se mobilizar rapidamente para conseguir recursos.
“A gente sabe que o coração só se move quando o frio chega. Então nós temos que aguardar, infelizmente, o frio chegar para que as pessoas consigam se mobilizar e fazer chegar doações”, afirmou Anselmo Frugoli, diretor-executivo da organização.
Com as doações arrecadadas, a entidade conseguiu preparar sopa para cerca de 150 pessoas na quarta (11). A fila se formou cedo na porta da sede. “A sopa estava uma delícia, uma delícia, eita comida boa. Você come, você se senta, parece comida de bebê”, disse Iracema da Silva, que foi uma das atendidas.
A organização também distribuiu cobertores antes do anoitecer, horário em que as temperaturas caem ainda mais. “Nós trabalhamos com pessoas em extrema vulnerabilidade, pessoas que moram na rua. Nós sabemos que esse cobertor que está sendo doado para elas nessa noite pode fazer a diferença entre a vida ou a morte”, afirmou Frugoli.
Sensação térmica da urgência
Além da sensação térmica tradicional, que leva em conta a temperatura e a velocidade do vento, há outros fatores que tornam o frio ainda mais severo para quem está em situação de rua: a falta de abrigo, alimentação, descanso e proteção adequada.
Pensando nisso, a Cruz Vermelha São Paulo utiliza um índice próprio, desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), chamado de “sensação térmica da urgência”.
O indicador considera não apenas as condições climáticas, mas também aspectos como as roupas que essas pessoas costumam usar, o impacto de doenças, a fome e o tempo que permanecem expostas ao frio.
“A pessoa em situação de rua não sente um frio como aquele que nós, que estamos abrigados, que temos um agasalho, sentimos”, explicou Bruno Semino, diretor-executivo da Cruz Vermelha São Paulo.
Por causa da previsão de queda brusca nas temperaturas, a Cruz Vermelha antecipou uma ação da Campanha do Agasalho que será lançada oficialmente na próxima semana. Foram distribuídos alimentos, kits de higiene e roupas. Em todo o estado, 288 pontos de coleta já estão funcionando.
“Se as pessoas puderem doar, obviamente, calças, camisetas, meias — empresas que queiram doar meias, isso é muito interessante — e agasalhos. Quem puder fazer o favor de atentar para isso prontamente, porque as pessoas estão precisando. Roupa masculina é um desafio, porque os homens utilizam a roupa por mais tempo, mas é essencial que os homens também entrem nesta campanha de doação, peguem as suas boas roupas e dividam com aquele que precisa”, reforçou Semino.
Como doar
Quem quiser contribuir com doações pode levar os itens diretamente às sedes das instituições:
Cruz Vermelha São Paulo: Avenida Moreira Guimarães, 699 – Indianópolis, Zona Sul
Pão do Povo da Rua: Rua Doutor Pedro Arbues, 147 – Bom Retiro, Centro
As entidades pedem a doação de roupas masculinas, agasalhos, cobertores, alimentos não perecíveis e itens de higiene pessoal.
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