Aluno denuncia ter sido advertido por academia ao usar bermuda considerada inadequada: ‘Extremamente constrangido’

Após o ocorrido, Marcus Andrade, de 42 anos, cancelou a matrícula no local que treinava há quase dois anos. Em nota, a academia afirmou ser 'um ambiente acolhedor, respeitoso e seguro para todos'. Aluno denuncia ter sido advertido por academia ao usar bermuda considerada inadequada
O tamanho da bermuda de um aluno de uma academia de Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi considerado “inadequado”. O administrador de empresas e produtor, Marcus Andrade, de 42 anos, denunciou ter se sentido constrangido com a situação e cancelou a matrícula no local que treinava há quase dois anos. O caso ganhou repercussão na web após ele relatar em vídeo o que aconteceu (veja acima).
“Eu postei nas redes sociais, porque eu me senti extremamente constrangido. Me senti como uma pessoa que não tinha o direito de estar ali”, contou ao g1.
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Em nota divulgada no Instagram na quinta-feira (3), a academia afirmou ser “um ambiente acolhedor, respeitoso e seguro para todos”. A empresa, considerada uma "academia de boutique", pontuou que a roupa do aluno era apropriada para corridas ao ar livre, mas “inadequada” para determinados movimentos de musculação.
“Foi gentilmente sugerido o uso de uma bermuda de compressão por baixo, como forma de garantir maior conforto e segurança para todos os envolvidos”, disse a nota. Após a repercussão do caso, a academia limitou os comentários da publicação com o pronunciamento.
Denúncia
Aluno denuncia ter se sentido constrangido após academia considerar bermuda de treino "inadequada"
Arquivo pessoal/Marcus Andrade
Em entrevista ao g1, Marcus contou que foi abordado na manhã de segunda-feira (30), após ter finalizado o seu treino de costas. Ele estava sentado em um espaço, que é integrado com o local de treino, e aguardava uma carona do marido, quando foi abordado por um funcionário da academia e conduzido até uma sala de vidro.
“Ele relatou que um dos alunos havia reportado a ele que estava incomodado com o meu vestuário, porque a minha bermuda, meu short, era muito pequeno, e a esposa dele que também treinava ali tinha se sentido constrangida”, contou o administrador.
De acordo com ele, o funcionário pediu que ele não usasse mais roupas como aquela, “porque ia contra o código de vestimenta da academia, e que eles prezavam pela moral e pelos bons costumes, que aquilo era um ambiente familiar”, relatou.
O administrador nunca havia tido problema com o local antes do episódio de repreensão. Após o ocorrido, Marcus cancelou o seu plano e o da mãe. A mensalidade no local custa cerca de R$ 1.500 e ele havia pago um ano de treino, que custou aproximadamente R$ 15 mil. Ele contou que a academia reembolsou o valor e pediu desculpas.
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Código de vestimenta
Segundo Marcus, quando foi abordado, o funcionário afirmou que ele estava fazendo exercícios provocativos, mas o aluno alegou não ter feito nenhum agachamento. “Meu treino foi de costas e eu fiz dois exercícios de abdominal. Um sentado em uma cadeira e o outro foi uma prancha”, disse.
“Essa conduta está prevista em nosso contrato e segue as diretrizes da empresa quanto ao uso de roupas que assegurem liberdade de movimento sem causar desconforto a terceiros, sempre com base no respeito mútuo, na empatia e na boa convivência”, escreveu a academia em nota.
O administrador afirma que não havia sido informado sobre o contrato. Marcus destacou que começou a treinar no local após a indicação de um amigo e que não chegou a assinar o documento.
No pronunciamento, a academia escreveu que havia pedido para o administrador colocar uma bermuda de compreensão por baixo da roupa. Entretanto, Marcus diz que isso não aconteceu. “Por que colocaram isso na nota? Eles estão fomentando uma versão de que eu estava sem peça íntima, sem cueca e com uma bermuda supercurta”, questionou.
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“Querem impor para as pessoas o que elas devem vestir ou não, de acordo com o que eles consideram decente. Eu acho isso um absurdo”, denunciou Marcus.
Atualmente, o administrador está viajando para a Espanha, mas pretende realizar uma denúncia formal contra o estabelecimento quando retornar ao Brasil.
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O tamanho da bermuda de um aluno de uma academia de Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi considerado “inadequado”. O administrador de empresas e produtor, Marcus Andrade, de 42 anos, denunciou ter se sentido constrangido com a situação e cancelou a matrícula no local que treinava há quase dois anos. O caso ganhou repercussão na web após ele relatar em vídeo o que aconteceu (veja acima).
“Eu postei nas redes sociais, porque eu me senti extremamente constrangido. Me senti como uma pessoa que não tinha o direito de estar ali”, contou ao g1.
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Em nota divulgada no Instagram na quinta-feira (3), a academia afirmou ser “um ambiente acolhedor, respeitoso e seguro para todos”. A empresa, considerada uma "academia de boutique", pontuou que a roupa do aluno era apropriada para corridas ao ar livre, mas “inadequada” para determinados movimentos de musculação.
“Foi gentilmente sugerido o uso de uma bermuda de compressão por baixo, como forma de garantir maior conforto e segurança para todos os envolvidos”, disse a nota. Após a repercussão do caso, a academia limitou os comentários da publicação com o pronunciamento.
Denúncia
Aluno denuncia ter se sentido constrangido após academia considerar bermuda de treino "inadequada"
Arquivo pessoal/Marcus Andrade
Em entrevista ao g1, Marcus contou que foi abordado na manhã de segunda-feira (30), após ter finalizado o seu treino de costas. Ele estava sentado em um espaço, que é integrado com o local de treino, e aguardava uma carona do marido, quando foi abordado por um funcionário da academia e conduzido até uma sala de vidro.
“Ele relatou que um dos alunos havia reportado a ele que estava incomodado com o meu vestuário, porque a minha bermuda, meu short, era muito pequeno, e a esposa dele que também treinava ali tinha se sentido constrangida”, contou o administrador.
De acordo com ele, o funcionário pediu que ele não usasse mais roupas como aquela, “porque ia contra o código de vestimenta da academia, e que eles prezavam pela moral e pelos bons costumes, que aquilo era um ambiente familiar”, relatou.
O administrador nunca havia tido problema com o local antes do episódio de repreensão. Após o ocorrido, Marcus cancelou o seu plano e o da mãe. A mensalidade no local custa cerca de R$ 1.500 e ele havia pago um ano de treino, que custou aproximadamente R$ 15 mil. Ele contou que a academia reembolsou o valor e pediu desculpas.
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Código de vestimenta
Segundo Marcus, quando foi abordado, o funcionário afirmou que ele estava fazendo exercícios provocativos, mas o aluno alegou não ter feito nenhum agachamento. “Meu treino foi de costas e eu fiz dois exercícios de abdominal. Um sentado em uma cadeira e o outro foi uma prancha”, disse.
“Essa conduta está prevista em nosso contrato e segue as diretrizes da empresa quanto ao uso de roupas que assegurem liberdade de movimento sem causar desconforto a terceiros, sempre com base no respeito mútuo, na empatia e na boa convivência”, escreveu a academia em nota.
O administrador afirma que não havia sido informado sobre o contrato. Marcus destacou que começou a treinar no local após a indicação de um amigo e que não chegou a assinar o documento.
No pronunciamento, a academia escreveu que havia pedido para o administrador colocar uma bermuda de compreensão por baixo da roupa. Entretanto, Marcus diz que isso não aconteceu. “Por que colocaram isso na nota? Eles estão fomentando uma versão de que eu estava sem peça íntima, sem cueca e com uma bermuda supercurta”, questionou.
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“Querem impor para as pessoas o que elas devem vestir ou não, de acordo com o que eles consideram decente. Eu acho isso um absurdo”, denunciou Marcus.
Atualmente, o administrador está viajando para a Espanha, mas pretende realizar uma denúncia formal contra o estabelecimento quando retornar ao Brasil.
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